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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Volta às aulas...

     Atendimento clínico para crianças, adolescentes e adultos com dificuldades na alfabetização, na leitura e escrita ( troca de letras, etc), raciocínio lógico matemático, dislexia, déficit de atenção, hiperatividade, distúrbios e transtornos diversos... 
     Trabalho integrado com a família/escola e com atividades relacionadas ao comportamento humano em situações socioeducativas.
         Av Otto Niemeyer, 2314 sala 303 - Porto alegre-RS
                 Fones:(51) 3273-1412 ou 9944-4557


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Ensinem seus filhos...





Ensinem suas filhas e filhos a pegar ônibus logo cedo, primeiro com vocês, depois sozinhos. Eles vão precisar disso um dia na adolescência ou na vida adulta e mesmo que você seja muito rico e pense que não precisarão, não há como ter certeza. Se nunca andaram, terão tendência a ficarem abobalhados, pouco espertos e mais propensos a sofrerem assaltos ou atropelamentos.
Ensinem seus filhos e filhas a andar a pé, porque só se aprende a atravessar ruas andando a pé. Bicicleta só para recreação, com você carregando o malinha e sua mala rampa acima, não vai dar boa coisa. Molequinhos e molequinhas precisam saber ir e voltar. Carregarem seus casaquinhos, bonequinhas e carrinhos faz parte da missão: mãe e pai não são cabides.
Ensinem suas filhas e filhos desde bebês a descascar bananas, maiorezinhos devem saber comer maçã sem ser picada, devem aprender a espremer um suco no muque, usar garfo e faca, colocar a roupa suja no cesto, lavar, secar e guardar louça. Assim não serão os malas na casa da tia no dia do pijama. No mínimo.
Ensinem seus filhos e filhas adolescentes a lavar o próprio par de tênis, lavar, pendurar, recolher e dobrar roupas, cozinhar algo básico, trocar lâmpadas e resistência do chuveiro. Ensine que isso pode não ser prazeroso como tomar um sorvete ou jogar no celular, mas é importante e necessário.
Ensinem suas filhas e filhos a plantar, colher e entenderem a diferença entre um pé de alface e um pé de couve. Você pode não acreditar, mas por falta de ensinamentos básicos muita criança se cria achando que leite é um produto que nasce em caixas. Isso não é engraçado, é um efeito colateral involutivo do nosso tempo.
Não tema o fogo, o fogão, a chaleira nas mãos dos coitadinhos. Se você não ensinar, eles vão fazer muita bobagem e vão se queimar. Educar é confiar nas capacidades e na inteligência deles. É mostrar perigos e ensinar a lidar com perigos.
Eduquem seus filhos para a vida, para capacidades. Prazer não precisa ser ensinado, é um benefício, um privilégio. Ter empregada doméstica em casa não deve ser visto e sentido como alguém que vem acoplado ao lar, quase uma "coisa" um "objeto humano" de limpar e organizar sem parar.
Essas não são dicas moralistas. Educar para a solidariedade é um ato até egoísta e nada poético. Ao ensinar coisas básicas de sobrevivência aos filhos, estamos promovendo confiança e capacidade, auto-estima, senso de dever e responsabilidade.
Evite produzir e multiplicar pessoas que um dia serão adultos entediados, mimados que acharão eternamente que vieram ao mundo a passeio, sem a menor noção do que é resiliência, inaptos para cuidar de si mesmos e de outros, caso se multipliquem preguiçosamente.
A vida pode ser bela, a vida pode não ser dura para herdeiros, mas ela cobrará sempre, de qualquer um de nós, firmeza e força de vontade. Isso não é nato, depende de adversidades e luta pela sobrevivência e nada tem a ver com capacidade de apertar um botão ou deslizar os dedões no Iphone.
Por Cláudia Rodrigues

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dificuldades de aprendizagem

Quais as principais dificuldades de aprendizagem ?

Para muitos, as expressões “dificuldade” e “transtorno” de aprendizagem têm o mesmo significado. Mas vale enfatizar que são dois problemas diferentes e que se manifestam e devem ser tratadas de maneiras distintas.
dificuldadesAs dificuldades de aprendizagem, normalmente, estão relacionadas a fatores externos que acabam interferindo no processo do aprender do estudante, como a metodologia da escola e dos professores, a influência dos colegas…
Em contrapartida, os transtornos, normalmente, estão intrínsecos e fazem parte do aluno, seja uma disfunção neurológica, química, fatores hereditários, imaturidade…
Partindo do princípio que, para muitos, dificuldades e transtornos têm o mesmo significado, podemos citar quais são as principais dificuldades de aprendizagem:
Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade: é um problema de desatenção com ou sem hiperatividade (quando a criança é agitada e não consegue parar quieta. Elas se machucam com mais frequência, não têm paciência, interrompem conversas…;
Discalculia: dificuldade de aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; dificuldade de entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências; classificar números…;
Dislalia: um distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas;
Disortografia: dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita, é um transtorno específico da grafia que, geralmente, acompanha a dislexia.
Ainda que muitos pensem que transtorno dificuldade de aprendizagem seja o mesmo, é importante ter conhecimento sobre a diferença entre eles. Antes de procurar um professor particular para o seu filho, busque um diagnóstico clínico para saber quais os seus problemas de aprendizagem. Confundir transtorno com dificuldades pode acarretar sérios problemas na vida do sujeito e tratá-los da mesma maneira, provavelmente, não surtirá o efeito desejável.
psicopedagogo é um profissional especializado para diagnosticar os problemas no processo de aprendizagem do estudante, caso você queira descobrir quais os problemas de aprendizagem de seu filho, entre em contato (...)
 Por Anne Mascarenhas

terça-feira, 5 de maio de 2015

Falando sobre DISLEXIA


A aprendizagem é um processo complexo e mesmo as dificuldades associadas a ele envolvem muitos fatores que precisam ser conhecidos. Quando conhecemos causas e funcionamento, conseguimos lidar melhor com os obstáculos. Então, vamos falar um pouco melhor sobre Dislexia?
  • Você sabe o que é Dislexia?
A Dislexia é um transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica e sua principal característica é a dificuldade no reconhecimento (leitura) preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e na soletração.(Definição adotada pela IDA – International Dyslexia Association, em 2002. Essa também é a definição usada pelo National Institute of Child Health and Human Development – NICHD) É importante ressaltar que a Dislexia não está associada à inteligência ou à capacidade de pensar, não significa falta de motivação ou de vontade de aprender, não é um problema psicológico, de comportamento ou social. E também não se trata de uma doença. “É um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem”.
  • Os sinais apresentados:
Cada pessoa é um ser único, individual. E cada pessoa com Dislexia também tem características próprias, nenhuma é exatamente igual à outra e, sendo assim, os sinais podem se mostrar diferentes de um indivíduo para o outro. Mas alguns sinais são mais comuns, como: dificuldade de pronunciar alguns fonemas, dificuldade para rimas, inversão de letras e palavras (como trocar o “p” pelo “q” ou o “d” pelo “b”), dificuldade para separar e sequenciar sons (como: b-o-l-a), dificuldade na compreensão de textos, pode apresentar dificuldade de concentração, entre outros.
  • Toda dificuldade de aprendizagem e/ou concentração é um sinônimo de Dislexia?
A resposta é, sem dúvidas, não!
Precisamos tomar muito cuidado com diagnósticos precipitados, ainda mais considerando a era digital em que vivemos, onde poucas escolas se adequam aos novos interesses e demandas de aprendizagem, onde as crianças são excessivamente expostas a estímulos tecnológicos e excessivamente cobradas em múltiplos afazeres. Muitos fatores podem estar relacionados então a uma dificuldade de concentração em tarefas escolares ou mesmo dentro da sala de aula, por exemplo. Em relação à dificuldade de leitura, escrita e aprendizagem, precisamos levar em conta também possíveis problemas de visão e audição, fatores neurológicos, sociais, familiares, psicológicos, de metodologia de ensino no ambiente escolar e outros. Só depois de uma análise muito cuidadosa, poderemos estabelecer um diagnóstico positivo ou negativo para a Dislexia.
  • Descobrindo a Dislexia:
Desde muito cedo é possível observar alguns sinais da Dislexia, mas um diagnóstico seguro é feito a partir de um tempo considerável de exposição da criança ao aprendizado da leitura e da escrita. E é claro, precisamos respeitar as fases de desenvolvimento da criança, pois cada idade responde de uma forma a estímulos novos e cada criança tem seu ritmo de aprendizagem, que nem sempre será exatamente aquele que a família deseja.
  • Por que algumas pessoas só descobrem a Dislexia na fase adulta?
A Dislexia é um quadro que está presente durante toda a vida do indivíduo, desde o nascimento. O que ocorre nos casos em que só se descobre o transtorno na fase adulta é que o disléxico provavelmente encontrou formas de lidar e compensar a suas dificuldades (mediante a um esforço maior do que pessoas que não tem Dislexia), convivendo com elas até que fosse estabelecido um diagnóstico.
  • Papel da família:
Diante da suspeita de Dislexia, ou mesmo após o diagnóstico e durante o acompanhamento do quadro, o papel da família é fundamental. Às vezes os pais se sentem frustrados em suas expectativas ao verem que o aprendizado do filho segue a passos mais lentos do que eles esperavam. No início isso pode resultar em cobranças até sufocantes para as crianças, o que pode piorar as dificuldades que elas já apresentam. Buscar o auxílio de profissionais (fonoaudiólogo, psicólogo, neuropediatra…) irá ajudar a família a lidar com todo este processo e trabalhar a compreensão e paciência, tão importantes para o disléxico. Acompanhar de forma positiva todas as evoluções, respeitar e também dar apoio nas dificuldades deve ser o papel da família sempre.
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Meu trabalho? PSICOPEDAGOGIA


Quando se fala em educação, rapidamente vem à mente a questão dos problemas de Aprendizagem.
De modo geral, o trabalho do terapeuta Psicopedagogo inicia-se mediante as queixas da escola e pais, em relação à aprendizagem da criança.
O trabalho do Psicopedagogo inicia-se com o processo avaliativo e diagnóstico, através de testes, verificando as possíveis "limitações" de Aprendizagem, diante do contexto:
1. Problemas ambientais – relacionados aos aspectos familiares;
2. Avaliação e sondagem dos sinais e sintomas Neurofisiológicos - TDAH, Autismo, Discalculia e Déficit intelectual;
3. Transtornos Específicos de Aprendizagem - Dislexia, Disortografia, Disgrafia e também Discalculia.
Atenção:
OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM não afeta a inteligência, portanto, não é preciso nenhum tipo de medicamentos, apenas processo de intervenção, por ser uma dificuldade em utilizar a linguagem.
É o Psicopedagogo que faz a avaliação inicial encaminha a outros profissionais quando necessário e faz o tratamento terapêutico mediante o processo de intervenção psicopedagogica, utilizando instrumentos próprios da psicopedagogia para este fim.
A não-aprendizagem na Escola é uma das causas das quais o Professor deve ficar atento, pois há possibilidade dos aspectos:
1.ORGÂNICO;
2.COGNITIVO;
3.EMOCIONAL;
4.SOCIAL;
5.PEDAGÓGICO - Adaptação metodológica


Fonte: consultoria Psicopedagógica

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Volta às aulas!!!

           Um dos momentos mais esperados na vida de uma criança, onde ela sente um misto de curiosidade, entusiasmo e medo...é o inicio do ano letivo!
           Para os veteranos a expectativa é pelas mudanças , novidades...reencontros. Para os que chegam à escola pela primeira vez predomina o temor do desconhecido...não apenas para a criança, mas à todos os envolvidos emocional e familiarmente (nos dias atuais precisamos abranger pais, avós, babás...) Em ambos os casos o mais importante é a fase de readaptação/adaptação.
            Priorizar a afetividade e a socialização no momento de receber os alunos é papel da escola. Cada criança que chega tem seu jeito de ser, sua individualidade...que aliada aos demais colegas que também estão chegando, forma-se um grupo de diferentes. O professor deve estar atento aos desejos das crianças, cabendo-lhe proporcionar um ambiente de integração, onde a aprendizagem flua dinâmica e participativamente. Satisfazer a curiosidade das crianças, apresentar a rotina, regras e combinações , devem ser expostas aos poucos para não acontecer acúmulo de informações, muitas das quais a crianças não consegue registrar e assimilar.
            A aprendizagem quando acontece com prazer, jamais é esquecida. E cabe aos adultos que a cercam, proporcionar esses momentos inesquecíveis.
Aos pais a tarefa de valorizar a escola e incentivar a criança , preparando-a para o reingresso/ingresso, preocupando-se com os detalhes ( materiais, uniforme...) fazendo com que a criança participe dos preparativos. Deixar claro para a criança qual é o papel da escola , do(a) professor(a), dos colegas..para que a confiança e a credibilidade nessa nova etapa da vida estudantil seja realmente aproveitada de maneira intensa e eficaz.
        Os pais devem estar bem informados sobre a metodologia e rotinas da escola, para que não ocorram dúvidas e desencontros . Caso isso ocorra, nunca devem ser questionados na frente das crianças. Deve haver integração entre família/aluno/escola para que haja respaldo e confiança de que todos desejam o melhor para a criança.

Integrar seu filho a escola e permitir que seja educado para a vida é o maior desafio de todos os pais.

domingo, 12 de janeiro de 2014

                                                 

                                                        A televisão e o déficit de atenção

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Transtorno ou Distúrbio de Aprendizagem?

O TRANSTORNO decorre de uma disfunção na região frontal do cérebro, que provoca perturbação na pessoa devido à falha na entrada do estímulo(SINAPSES) e da Integração de informações, comprometendo a atenção seletiva e gerando Impulsividade e dificuldade vísuo-motora. As respostas em tarefas que exigem habilidade de leitura e memória de trabalho são inibitórias. Com isso, esse quadro transtorna a vida da pessoa, em razão do evidente comprometimento comportamental.r
Por serem de origem interna, distúrbios e transtornos independem do desejo que o portador possa ter
de desempenhar atividades da forma que a família, a escola ou a sociedade esperam dele. Ele precisa, portanto, de ajuda especializada, para atingir os objetivos de desempenho social e acadêmico satisfatório...e  CONTRARIANDO ALGUMAS OPINIÕES, NEM TODAS AS PESSOAS ESTÃO FADADAS AO FRACASSO TUDO DEPENDE TAMBÉM DE ESTÍMULOS E AJUDA TERAPÊUTICA.




 DISTÚRBIO pode ser traduzida como "anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural". Assim, o distúrbio é uma disfunção no processo natural da aquisição de aprendizagem, ou seja, na seleção do estímulo, no processamento e no armazenamento da informação e, conseqüentemente, o problema aparece na emissão da resposta. É um problema em nível individual e orgânico, que resulta em déficits nas medidas das habilidades de linguagem: fala, leitura e escrita. É uma disfunção na região parietal (lateral) do cérebro, com falha na atenção sustentada, no processamento do estímulo e na resposta que é dada a ele, causando lentidão no processamento cognitivo e na leitura, sem comprometimento comportamental aparente.





Fonte:  Roneide

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Volta às aulas: o papel da escola e dos pais

 
Um dos momentos mais esperados na vida de uma criança, onde ela sente um misto de curiosidade, entusiasmo e medo...é o inicio do ano letivo!
Para os veteranos a expectativa é pelas mudanças , novidades...reencontros. Para os que chegam à escola pela primeira vez predomina o temor do desconhecido...não apenas para a criança, mas à todos os envolvidos emocional e familiarmente (nos dias atuais precisamos abranger pais, avós, babás...) Em ambos os casos o mais importante é a fase de readaptação/adaptação.
Priorizar a afetividade e a socialização no momento de receber os alunos é papel da escola. Cada criança que chega tem seu jeito de ser, sua individualidade...que aliada aos demais colegas que também estão chegando, forma-se um grupo de diferentes. O professor deve estar atento aos desejos das crianças, cabendo-lhe proporcionar um ambiente de integração, onde a aprendizagem flua dinâmica e participativamente. Satisfazer a curiosidade das crianças, apresentar a rotina, regras e combinações , devem ser expostas aos poucos para não acontecer acúmulo de informações, muitas das quais a crianças não consegue registrar e assimilar.
A aprendizagem quando acontece com prazer, jamais é esquecida. E cabe aos adultos que a cercam, proporcionar esses momentos inesquecíveis.
Aos pais a tarefa de valorizar a escola e incentivar a criança , preparando-a para o reingresso/ingresso, preocupando-se com os detalhes ( materiais, uniforme...) fazendo com que a criança participe dos preparativos. Deixar claro para a criança qual é o papel da escola , do(a) professor(a), dos colegas..para que a confiança e a credibilidade nessa nova etapa da vida estudantil seja realmente aproveitada de maneira intensa e eficaz.
Os pais devem estar bem informados sobre a metodologia e rotinas da escola, para que não ocorram dúvidas e desencontros . Caso isso ocorra, nunca devem ser questionados na frente das crianças. Deve haver integração entre família/aluno/escola para que haja respaldo e confiança de que todos desejam o melhor para a criança.

Integrar seu filho a escola e permitir que seja educado para a vida é o maior desafio de todos os pais.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Transtorno ou Distúrbio de Aprendizagem




DIS + TURBARE = alteração violenta da ordem natural da aprendizagem
No Transtorno de aprendizagem, há a presença de uma disfunção neurológica, que pode envolver imaturidade,lesões específicas do cérebro, fatores hereditários e ou disfunções químicas. Devido à forma irregular que as habilidades mentais se desenvolvem, aparecem discrepâncias marcantes entre a capacidade e a execução nas tarefas acadêmicas.
São características marcantes dos Distúrbios de Aprendizagem:
- início do comportamento ou atraso sempre na infância;
- o transtorno está sempre ligado à maturação biológica do sistema nervoso central;
- curso estável;
- as funções afetadas incluem geralmente a linguagem, habilidades viso-espaciais e/ou condições motora;
- há uma história familiar de transtornos similares e fatores genéticos têm importância na etiologia (conjunto de possíveis causas) em muitos casos.
Segundo estimativas da Organização Psiquiátrica Americana, a prevalência dos Transtornos da Aprendizagem, variam entre 2 a 10% na população, dependendo da natureza da averiguação e das definições aplicadas e estes podem persistir até a idade adulta.

Os principais Transtornos de Aprendizagem são os de Leitura e Escrita, de Cálculo, o Transtorno do Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade e o Transtorno não Verbal de Aprendizagem.
O diagnóstico desses Transtornos deve ser realizado por profissionais especializados e experientes, em uma equipe multiprofissional que garanta também o planejamento e a intervenção objetivando minimizar os efeitos de tais distúrbios sobre a vida da criança.
Essa equipe deve ter necessariamente a presença de um psicopedagogo, profissional habilitado em trabalhar com as questões da Aprendizagem e que partirá de seus conhecimentos transdisciplinares, para trabalhar e promover o desenvolvimento de estratégias cognitivas de aprendizagem, de estudo, as operações mentais para a realização das tarefas de cunho pedagógico, aumentar a autoestima e a motivação intrínseca da criança, etc.
É possível encontrarmos crianças cujo rendimento escolar apresenta-se empobrecido frente aquele esperado por seus pais e professores e que não apresentam transtornos de aprendizagem,porém o fraco desempenho na aprendizagem nunca deve ser desconsiderado ou minimizado pois representa o ponto de partida para o diagnóstico da dificuldade e do transtorno no aprender.
Se uma criança chama a atenção de seu professor pela problemática que apresenta para aprender e se esta dificuldade não demonstrou ter ligação com a prática pedagógica usada, a avaliação desse profissional deve necessariamente ser levada aos pais, no sentido de os alertar a procurarem um trabalho especializado na área da aprendizagem.
O psicopedagogo tem formação multidisciplinar e informação suficiente, para após avaliar a criança, a encaminhar para outra especialidade se assim for necessário. E, no mínimo, no final da avaliação psicopedagógica, os pais já terão afastado a maior parte das possibilidades de diagnósticos prováveis em dificuldades e transtornos de aprendizagem.

Por Maria Irene Maluf

domingo, 30 de setembro de 2012



Sobre o encaminhamento ao Psicopedagogo....

Muito discutida e ainda não totalmente resolvida é a questão do encaminhamento de crianças com problemas escolares a profissionais especializados em dificuldades de aprendizagem, os psicopedagogos. Quer por haver diferentes profissionais com múltiplas especialidades, quer pela dificuldade da escola em avaliar a quem encaminhar cada caso, o que se vê é que existe uma certa dúvida nessas conduções, o que em nada beneficia a criança e a sua família. (...)
As dificuldades e os transtornos de aprendizagem que se apresentam na infância tem sempre forte impacto sobre a vida da criança, de sua família e sobre o seu entorno, pelos prejuízos que acarretam em todas as áreas do desenvolvimento pessoal, assim como de sua aceitação e participação social.
A Aprendizagem é um processo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta por uma mudança de comportamento relativamente permanente.


Segundo Silvia Ciasca, a Dificuldade de Aprendizagem é compreendida como uma “forma peculiar e complexa de comportamentos que não se deve necessariamente a fatores orgânicos e que são por isso, mais facilmente removíveis”. Ela ocorre em razão da presença de situações negativas de interação social. Caracteriza-se fundamentalmente pela presença de dificuldades no aprender, maiores do que as naturalmente esperadas para a maioria das crianças e por seus pares de turma e é em boa parte das vezes, resistente ao esforço pessoal e ao de seus professores, gerando um aproveitamento pedagógico insuficiente e autoestima negativa.
Essa dificuldade é relacionada a questões psicopedagógicas e/ou sócio-culturais, ou seja, não é centrada exclusivamente no aluno e somente pode ser diagnosticada em crianças cujos déficits na aprendizagem não se devam a problemas cognitivos.
A dificuldade de aprendizagem, DA, não tem causa única que a determine, mas há uma conjugação de fatores que agem frente a uma predisposição momentânea da criança. Alguns estudiosos enfatizam os aspectos afetivos, outros preferem apontar os aspectos perceptivos, muitos justificam esse quadro alegando existir uma imaturidade funcional do sistema nervoso. Ainda há os que sustentam que essas crianças apresentam atrasos no desempenho escolar por fatores como a falta de interesse, perturbação emocional ou inadequação metodológica.
De modo mais pontual, acredita-se que as dificuldades de aprendizagem surgem por exemplo a partir de:
- Mudanças repentinas de escola, de cidade, de separações;
- Problemas sócio culturais e emocionais;
- Desorganização na rotina familiar, excesso de atividades extra curriculares, pais muito ou pouco exigentes);
- Envolvimento com drogas, separações;
- Efeitos colaterais de medicações que causam hiperatividade ou sonolência, diminuindo a atenção da criança;
- encontramos assim crianças com baixo rendimento em decorrência de fatores isolados ou em interação.
Pode ser percebida pela professora e diagnosticada por profissionais especializados já na pré-escola. Pode ser evitada tomando-se cuidado em respeitar o nível cognitivo da criança e permitindo que esta possa interagir com o conhecimento: observar, compreender, classificar, analisar, etc.
O diagnóstico e a intervenção das dificuldades de aprendizagem envolvem interdisciplinaridade em pelo menos três áreas: neurologia, psicopedagogia e psicologia, para possibilitar a eliminação de fatores que não são relevantes e a identificação da causa real do problema.
Alguns sintomas podem ajudar os profissionais da escola a perceberem os sinais da Dificuldade de Aprendizagem, a partir da pré escola e durante todo trajeto escolar da criança:
- Persistentes problemas na área da Linguagem: de articulação, aquisição lenta de vocabulário, restrito interesse em ouvir histórias ,dificuldade em seguir instruções orais, soletração empobrecida,dificuldade em argumentar,problemas em redigir e resumir,etc;
- Problemas com a Memória: dificuldades na aprendizagem de números, dos dias da semana,em recordar fatos, em adquirir novas habilidades,em recordar conceitos, na memória imediata e de longo tempo, etc;
- Atenção: dificuldade em concentrar-se em algo que não seja de seu interesse pessoal, de planejar, de autocontrole, impulsividade, atenção inconstante, etc;
- Problemas com a Motricidade: problemas na aquisição de comportamentos de autonomia (ex. amarrar os cordões do tênis); relutância para desenhar; problemas grafo-motores da escrita (forma da letra, pressão do traço, etc); escrita ilegível, lenta ou inconsistente; relutância em escrever;
- Lentidão na aquisição das noções de espaço e tempo, domínio pobre de conceitos abstratos; dificuldade na planificação de tarefas; dificuldades na realização de tarefas acadêmicas, provas, etc; dificuldade de aquisição de novas aprendizagens cognitivas; problemas sociais.

Maria Irene Maluf

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O cérebro e a aprendizagem



Garantir a aprendizagem dos alunos é o desejo de todo professor. Capacitá-los de fato para enfrentar os desafios não é tarefa fácil. Conhecer bem o conteúdo de sua disciplina e trabalhar com os recursos tecnológicos pode não ser o suficiente. Entender um pouco do funcionamento do cérebro e como ocorre a aprendizagem pode ajudar nesta tarefa. Com esse conhecimento é possível desenvolver metodologias mais eficientes, capazes de despertar no aluno o interesse pela matéria e pelo aprendizado.

O cérebro armazena fatos separadamente, entre neurônios, e a aprendizagem ocorre quando esses fatos, associados através das sinapses, são propagados. “O ato de aprender é inato do ser humano. O aprender é biológico, mas a relação de aprendizagem é afetiva. É preciso que exista uma motivação, um interesse”, explica a psicopedagoga e psicanalista Marta Relva Pires, coordenadora do curso de neurociência pedagógica da Faculdade Integrada AVM-Candido Mendes.
A especialista, que é mestre em Anatomia e Fisiologia Humana, explica que existe a aprendizagem mecânica — aquela que passa pelos estímulos — e a emocional — que está relacionada à afetividade. “O aprender é biológico, ou seja, nascemos com essa capacidade, mas a relação de aprendizagem é afetiva. O aprender significa mudar de comportamento. A informação para ser processada precisa ter coerência para o aluno”, ressalta.
O cérebro possui uma grande plasticidade e, por isso, sofre alterações constantes. Essas alterações ocorrem quando ele é estimulado. É a partir desses estímulos que começa a aprendizagem. A primeira etapa é o estímulo sensorial, que será assimilado pelo cérebro de forma rápida e curta. Nesta etapa, a memória utilizada é a de curto prazo ou de trabalho (que armazena no cérebro informações conscientes por um curto período de trabalho). Alguns recursos como filmes e músicas podem ser utilizados como estímulo.
Associação de ideias
A fase seguinte exige o uso da memória de longo prazo, pois há a associação de fatos e ideias. “Nesta fase, lidamos com a questão da coerência e da afetividade. O aluno precisa compreender a importância do conteúdo. Ver sentido no que é apresentado. Uma forma de mostrar ao aluno a importância de um tema é levá-lo a investigar sobre o assunto; é não dar respostas, e sim apresentar questões”, diz a neurocientista.
Apresentar os conceitos de forma coerente, relacioná-los com o dia a dia do aluno são pontos fundamentais para despertar no jovem o interesse pelo que está sendo passado. “O aprender está no processo de reflexão, de análise. O cérebro retém o que acha importante. É preciso que a aula desperte o aluno.”
Provocar desafios, elaborar projetos de leitura, organizar debates, criar jogos com os assuntos debatidos, apresentar músicas, trabalhar conceitos são estratégicas que facilitam e tornam as aulas mais dinâmicas e interessantes para os jovens. “Essas aulas costumam ter bons resultados, pois os alunos sentem-se motivados a participar”, diz Marta Pires.
A última etapa neste processo é a fixação, que deve ser feita por meio de exercícios e também de ações. “Aprender significa mudar de atitude, de comportamento, senão o que temos é um conteúdo armazenado no cérebro”, diz a especialista, ressaltando, ainda, que a atitude do professor em sala faz a diferença.
Na visão da especialista, o professor que chega, senta e faz a chamada está na contramão do processo de aprendizagem. “Esse comportamento desmotiva o aluno, a ideia que passa é que o professor está cansado e desanimado. Acaba com a curiosidade do aluno.”
Outro erro, na avaliação da psicopedagoga, é o grito. “Gritar não é papel do educador. Ele deve ser o exemplo, por isso deve manter a postura”.
Para saber mais sobre o assunto: Neurociência e Educação - potencialidades dos gêneros na sala de aula (WAK Editora), Marta Relva Pires.
Fonte: Sinepe Rio

domingo, 26 de agosto de 2012

Disléxicos tem chance no vestibular?

 


Entre as características dos disléxicos podemos citar a lentificação do processamento de informações, principalmente relacionadas à leitura, escrita e interpretação de textos.
Isto se dá devido ao processo de leitura utilizado pelo disléxico, que ativa áreas do cérebro não especializadas para esta função, fazendo a ...tarefa ser um processo de decodificação não automatizado, o que leva à lentificação da resposta e ao cansaço excessivo relatado por alunos com dificuldades de aprendizagem em tarefas de leitura e escrita, principalmente as mais demoradas como, por exemplo, as provas de vestibular.
Sendo assim como proceder em relação ao processo de seleção utilizado pelas faculdades e universidades?
Já existe um consenso entre as principais instituições de ensino do Brasil de que se deve dar ao disléxico condições diferenciadas por ocasião do vestibular. E quais são estas condições?
A principal delas é um maior tempo para a realização da prova (cerca de uma hora e trinta minutos a mais).
Esta condição é fundamental se levarmos em conta a diferença apresentada pelos disléxicos em relação à velocidade de trabalho (na leitura e escrita).
Além disso, é oferecido ao disléxico o direito de ter um ledor à sua disposição. Este ledor, de preferência uma pessoa que tenha bom conhecimento do distúrbio, realiza a leitura da prova para o aluno e este, com este recurso, processa a informação mais rapidamente e registra sua resposta. O ledor não interfere nesta escolha.
Este assistente de prova pode ainda revisar as anotações na folha de resposta, pois como no quadro da dislexia existe uma dificuldade de atenção, o aluno poderia marcar a resposta certa no caderno e transcrever de forma errada para a folha de respostas (que é a que realmente conta para a apuração). O assistente faria então a conferência da transcrição. Vale lembrar que além da dislexia é frequente coexistir o quadro de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade , tornando ainda mais necessária essa revisão da folha de respostas.
O ledor pode ainda ser auxiliar na redação (um dos maiores obstáculos para o disléxico numa prova de vestibular). Umas das formas de auxiliar neste momento é o aluno elaborar a redação e ditar para o ledor escrever. A nota ponderada também pode ter critério diferenciado.
Há universidades que disponibilizam ainda o uso de calculadoras. Vamos explicar...
Uma vez que os disléxicos encontram dificuldade em decorar, são mais lentos em realizar operações matemáticas, pois fazem o roteiro completo das tabuadas para cada conta que fazem (o que, é claro, leva muito mais tempo). E ainda existe a questão da interpretação do enunciado, que pode levar tempo (lembre-se que o texto precisa ser decodificado).
Essas condutas diferenciadas não colocam os disléxicos em melhores condições do que os demais alunos ao acesso à universidade, mas os colocam em condições de igualdade, considerando suas (dos disléxicos) necessidades diferenciadas para expressarem os conhecimentos adquiridos.
Pode-se observar que estas condições e possibilidades têm feito muita diferença em relação à autoestima das pessoas com dificuldades de aprendizagem, colocando-os aptos a galgarem posições que de outra forma talvez não pudessem alcançar.
O valor do profissional disléxico já tem despertado o interesse inclusive de grandes empresas que também estão oferecendo estas mesmas condições diferenciadas aos disléxicos que participarem de concurso público para ingresso nos quadros de funcionários.
A ABD – Associação Brasileira de Dislexia tem profissionais capacitados que têm exercido esta função de ledor ou assistente nas provas de vestibular e concurso público ou orientado as instituições de ensino e empresas interessadas.
É importante citar que estas condições diferenciadas devem ser solicitadas pelos interessados por ocasião de inscrição para o vestibular ou concurso público, além de apresentarem laudo conclusivo constando o diagnóstico de dislexia realizado por equipe multidisciplinar especializada.
Por:Maria Inez Ocanã De Luca, Psicóloga - Pós-graduada em Aprendizagem com foco em saúde
Mestre em Psicologia da Saúde, Especializada em Neuropsicologia
inez.deluca@dislexia.org.br
Fonte: http://www.dislexia.org.br/material/artigos/artigo034.htm

domingo, 19 de agosto de 2012

As demandas de aprendizagem na adolescência



Os desafios e as demandas de aprendizagem se modificam, significativamente, durante a adolescência. As exigências sobre a atenção, neste período, requerem energia mental mais consistente e sustentada, processar mais eficazmente a informação e ter uma habilidade marcadamente maior para produzir trabalho escolar. Os adolescentes precisam mais técnica para lembrar, recordar e reunir informação nova, como regras mnemônicas e associações visuais. Os novos desafios visuais/espaciais incluem maiores exigências de raciocínio não verbal, estratégias de visualização e familiaridade com a interpretação e produção de representação gráfica e informação.
Nesta etapa do desenvolvimento, assume-se que as aptidões seqüenciais incluem a capacidade de classificar, adequadamente, o trabalho, prever o que é necessário para efetuá-lo, elaborar esquemas realistas para concretizar tarefas a longo prazo e organizar o trabalho escolar no contexto de uma vida ocupada com mais demandas sociais e atividades externas. As exigências lingüísticas requerem maior ênfase na linguagem abstrata, a aprendizagem de um segundo idioma, um raciocínio verbal mais complexo e uma demanda consideravelmente maior de fluidez na linguagem escrita.
As aptidões neuromotoras exigem escrever rápido, tomar notas e manejar um teclado de computador. Se a escrita não for automática, ou for lenta demais, a produção pode ficar seriamente afetada. O aumento das exigências cognitivas inclui a capacidade de resolver problemas avançados e maior habilidade para manejar conceitos abstratos. O transtorno por déficit de atenção e hiperatividade pode, também, ocorrer em adolescentes e tem três subtipos: predominância de desatenção, predominância de hiperatividade e impulsividade e combinado. Nos dois últimos, com freqüência, são os professores os que alertam os pais, sendo o problema posteriormente encaminhado ao psiquiatra de crianças e adolescentes. O tipo predominantemente desatento, amiúde não é detectado. Manifesta-se, fundamentalmente, através de dificuldades no desempenho escolar, com uma produção de trabalho lenta, apresentando-se, em geral, ao mesmo tempo que sintomas de ansiedade ou depressão.
O transtorno por déficit de atenção e hiperatividade – TDAH – apresenta-se de modo diferente na adolescência em comparação com a infância. Entre os adolescentes, freqüentemente, a hiperatividade é menor e o distúrbio caracteriza-se mais por impulsividade contínua, rendimento pobre e fracasso escolar. As deficiências sociais anteriores são mais notórias na medida em que as más relações com os companheiros tornam-se mais evidentes e significativas, justamente em pleno processo de amadurecimento, no qual a aceitação pelo grupo de amigos adquire maior importância. Devido à contínua impulsividade, os comportamentos de alto risco na infância convertem-se em comportamento de risco extraordinariamente altos na adolescência. Os desafios às regras menores ou ao intento de pôr limites dos pais na infância precoce e média, convertem-se, agora, em abuso de drogas, delinqüência, atividade sexual precoce e sem proteção, e comportamento anti-social repetido.
O diagnóstico e tratamento dos distúrbios da atenção do adolescente associam-se a vários fatores que complicam a situação. Devido ao processo de separação e individualização do adolescente, os pais podem não ter uma boa fonte de informação. A comunicação do estudante com os professores geralmente se complica ao ter vários professores, nenhum dos quais pode conhecê-lo o suficiente como para estabelecer necessidades específicas de aprendizagem.
Os fatores que favorecem um bom prognóstico em adolescentes com TDAH são a avaliação e a intervenção precoces; compreensão e aceitação próprias de problemas; uma família que apóia e um sistema escolar compreensivo e compatível com o nível de desenvolvimento.
Outras causas
Outros fatores podem provocar distúrbios do aprendizado na adolescência, como por exemplo, o uso de drogas e álcool durante o período gestacional possibilitando distúrbios da atenção e da capacidade cognitiva. O mesmo acontece com a exposição significativa a substâncias tóxicas como o chumbo. Os problemas auditivos e visuais, especialmente quando não identificados, podem ser causas de mau rendimento escolar e subseqüentes problemas de comportamento. Além disso, determinados medicamentos, como alguns antialérgicos e medicamentos contra a asma podem induzir à lentidão no processo cognitivo e causar problemas de atenção no colégio.
Pode também acontecer, que adolescentes com um funcionamento intelectual bordeline – QI entre 70 e 85 – não tenham sido identificados na infância ou tenham sido rotulados como “alunos lentos”. Podem não preencher os critérios para receber uma ajuda especial do sistema escolar porque seus resultados acadêmicos não discrepam, significativamente, de suas habilidades cognitivas (QI). Estes adolescentes são, especialmente, propensos ao fracasso escolar quando o sucesso demanda uma habilidade muito maior para organizar, planejar, completar e entregar trabalhos e depende da disponibilidade e utilização de muitas aptidões cognitivas de nível mais alto.
Alguns adolescentes podem apresentar distúrbios emocionais e de comportamento, que se caracterizam por perda do autocontrole e desafio às solicitações e regras dos adultos. Estes adolescentes culpam a outros pelos próprios erros, são obscenos, e têm facilidades para serem sensíveis ou aborrecerem-se, zangarem-se, sentirem ressentimentos e rancores e serem vingativos. Durante a adolescência estes atributos podem conduzir a um aumento de conflitos na escola e no lar à medida em que se torna notória a individuação no processo de desenvolvimento.
Outro ponto de grande importância é que os distúrbios depressivos nos adolescentes amiúde não são identificados por pais e professores e podem apresentar-se como fracasso escolar inespecífico e/ou isolamento social.


Alfredo Castro Neto
Psiquiatra infantil



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A LAGARTINHA COMILONA

ATIVIDADE DO LIVRO: A LAGARTINHA COMILONA

Era uma vez numa noite um ovo que estava em cima de uma folha.
No domingo à noite nasceu uma lagarta muito pequenina.
Na segunda-feira a lagarta comeu 1 maçã mas ainda não ficou satisfeita.
Na terça-feira a lagarta co...
meu 2 pêras mas ainda não ficou satisfeita.
Na quarta-feira a lagarta comeu 3 ameixas mas ainda não ficou satisfeita.
Na quinta-feira a lagarta comeu 4 morangos mas ainda não ficou satisfeita.
Na sexta-feira a lagarta comeu 5 laranjas mas ainda não ficou satisfeita.
No sábado a lagarta comeu doces e ficou com dores de barriga.
Mas no domingo a lagartinha comeu uma folha e ficou muito melhor.
A lagartinha ficou muito gorda e fez uma casa que é um casulo e ela fez um buraco para conseguir sair e conseguiu sair do casulo, em forma de borboleta.

http://www.slideshare.net/anabelasantosmendonca/a-lagartinha-comilona
Ver mais


Proposta de atividades sobre a Construção do Número usando como suporte o livro: A LAGARTINHA MUITO COMILONA.
Este livro constitui uma base fantástica para a exploração de atividades n
o Domínio Matemática. Aliás, com um pouco de atenção verifica-se muitos livros constituem suportes fantásticos para explorar atividades matemáticas no jardim de infância.
1-Referências textuais que ajudam na construção do número: Um pequeno ovo; uma lagartinha esfomeada; uma maçã; duas peras; três ameixas; quatro morangos; cinco laranjas; uma fatia de bolo de chocolate, um sorvete, um chupa-chupa, um pedaço de bolo de frutas, uma salsichinha, um pastel, uma fatia de melancia; uma folha verde, um casulo, duas semanas; um buraco; uma maravilhosa borboleta. O texto faz referências aos 7 dias da semana.
Nas ilustrações: Os desenhos são muito simples e quando texto faz referência a uma quantidade esta aparece ilustrada pelo objeto, exemplo: 3 ameixas são representadas pela ilustração de 3 ameixas.
2- Questões que podem levar a construção do número a partir do livro:
Quantas frutas comeu a lagartinha na segunda? E no quarta comeu mais ou menos? Quantas frutas comeu a lagarta no total? Qual foi o maior alimento que a lagartinha comeu? E o menor?
Agrupa os alimentos que a lagartinha comeu que tem a mesma cor.
Nenhum alimento que a lagarta comeu no sábado é verde?
Quantos dias têm uma semana? E duas semanas? Quanto tempo teve a lagarta no casulo?
3- Algumas utilizações do livro que podem conduzir à construção do número:
Comparação: Em que dia comeu mais frutos a lagartinha? Na terça comeu mais ou menos que na quinta?
Ordenação/seriação: colocar por ordem as fases da vida da lagartinha (primeiro ovo; segundo, lagarta, a terceiro, casulo, quarto, borboleta); sequência dos dias da semana.
Contagem dos diferentes alimentados representados
Inclusão; utilizando as imagens do livro (folha 4).
Correspondência um a um. Classificação simples: Todos os alimentos que a lagarta comeu no sábado são vermelhos? Fazer conjuntos com os alimentos doces, salgados...
4- Conexões com outras áreas: Domínio da expressão plástica: a criança pode ilustrar livremente a história, representado as quantidades a que o texto faz referência, por exemplo.
Domínio da linguagem oral e abordagem à escrita: ouvir, contar a história
Área do conhecimento do mundo: esta história faz várias referências aos dias da semana e à passagem do tempo (dia/ noite; duas semanas); descreve também o processo físico da metamorfose, ilustrando as várias etapas de vida da lagarta (ovo, lagarta, casulo; borboleta). Evidencia também a importância da alimentação para o crescimento.
Esta história, devido ao uso expressivo das cores permite a sua exploração, bem como o conhecimento dos diferentes frutos.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Cuidado com o bullying

       O medo da rejeição social não significa que a criança esteja sofrendo bullying. Mas fique atento: quem sofre geralmente se mantém calado por medo de revelar a violência sofrida.
Bullying tem origem da palavra inglesa bully, que significa brigão, valentão. Mesmo sem uma definição em português, ela é entendida como ameaça, opressão, intimidação e humilhação. É um ato caracterizado pela violência física ou psicológica, sem motivo claro de um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo incapaz de se defender.
      As principais vítimas são crianças ou adolescentes tímidos, que apresentam dificuldades de, sozinhos, resolverem esses conflitos. Alguns exemplos de bullying são insultos, humilhações, apelidos depreciativos, agressões físicas repetitivas, roubos e destruição de objetos pessoais.

 Como identificar:

Confira os sinais de que seu filho pode estar sofrendo bullying:

- Resistência em ir à escola


- Alterações alimentares e no sono


- Baixo rendimento escolar


- Poucos amigos, isolamento ou retraimento social


- Inquietude motora


- Irritabilidade e alterações de humor

 O que fazer


O bullying é uma patologia social que necessita de avaliação precisa, acompanhamento sistemático e ações efetivas de todos os envolvidos no processo, alunos, escolas e pais. Na confirmação da situação de bullying, é fundamental que a família:


- Converse com o filho, tratando o assunto de modo verdadeiro e claro


- Evite criticar o filho se ele não conseguir enfrentar a situação sozinho


- Comunique o problema à escola e cobre ações e providências no que lhes compete


- Busque apoio profissional para avaliação das consequências existentes e de como restabelecer de modo mais seguro e tranquilo a relação da criança ou adolescente com o meio escolar


Fontes: Daniela Dal-Bó Noschang, psicóloga e consultora de escolas infantis, e Karen Costa Oliveira, orientadora, psicopedagoga e gestora educacional


Fonte: Zero Hora On-line