quinta-feira, 26 de maio de 2011

OLHAR DIFERENTE: A lição do cachorro mais feio do mundo




Professora de Pelotas cria projeto para ensinar sobre respeito aos alunos

O que um cão com os olhos tortos, língua para fora e que ostenta o título de mais feio do mundo poderia ensinar às crianças? Uma educadora de Pelotas, no sul do Estado, descobriu que uma simples foto do aninal americano Elwood poderia ensinar uma lição sobre diferenças aos seus alunos.

Andréia Ribeiro Meireles explicou aos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola Gonzaga que, embora sendo diferente, o animal merece ser bem tratado e respeitado. A ideia da pelotense foi mostrar aos alunos que é preciso aprender a conviver com as diferenças. O projeto nasceu porque o corpo docente da escola sentiu que era preciso falar sobre o assunto com o ingresso cada vez maior de alunos com necessidades especiais.

– No começo, eles o acharam feio, mas depois foram mudando a forma de vê-lo e hoje não há um deles que não ache o Elwood bonito – conta.

Em sala de aula, a educadora narrou a história do animal, cruza de Chihuahua com o Cão de Crista Chinês, que foi abandonado diversas vezes por sua aparência e seu final feliz ao encontrar uma dona que o amava como ele era. Elwood se tornou o cão mais feio do mundo ao vencer um concurso realizado nos Estados Unidos em 2007.

– A Kate (dona do Elwood, que mora Nova Jersey, nos Estados Unidos) adorou o projeto, vestiu nossa camiseta, tenho trocado diversas mensagens com ela. Em breve, faremos um chat ao vivo para ela conversar com os alunos – anuncia Andréia.

– Recebemos esta semana o livro que ela escreveu sobre o Elwood, com dedicatória dela e autógrafo dele – conta a professora aos risos.

Estudantes vivenciaram cotidiano de cegos

Entre as atividades propostas pela professora, os alunos tiveram que se colocar no lugar das crianças que não têm braços e produzir desenhos com os pés. Em outro momento, vendados, ele usaram as mãos para “enxergar” os colegas, assim como fazem os cegos.

– Eles conseguiram entender como é ser diferente – diz.

Aproveitando a discussão sobre diferenças, Andréia também abordou o bullying em sala de aula. O sonho da pelotense agora é ir visitar a nova amiga em Nova Jersey e conhecer pessoalmente o cão que ajudou a transformar o pensamento dos seus alunos. O projeto, que é sucesso na escola deverá ser ampliado para as outras turmas.

SANCLER EBER - Jornal Zero Hora

domingo, 22 de maio de 2011

Resumo da Educação no Brasil (Profª Amanda Gurgel)

DISLALIA...DISLEXIA...DISCALCULIA...TDAH...


A principal característica do TDAH ,é um padrão de desatenção e/ ou hiperatividade.

A desatenção ,ou falta de concentração, podem manifestar-se em várias situações, sejam elas escolares, profissionais ou sociais.

A hiperatividade e a impulsividade, causam tantos prejuízos quanto a desatenção.

Esses indivíduos, em sua maioria, têm índices de QI acima da média, levando a família a não entender, como é possível ser tão inteligente em certos aspectos e tão desinteressados nos estudos.

Todos os sintomas, certamente estarão presentes antes dos 7 anos de idade ,mas infelizmente quase nunca são diagnosticados precocemente.

É mais comum que isso aconteça ,durante as primeiras séries escolares ,ou quando encaminhados ao médico especialista por algum outro profissional da saúde (fonoaudiólogo, psicólogo ,etc).

Relaciono a seguir, alguns transtornos que poderão acometer o TDAH:

DISLALIA—É a troca ,omissão ou simplesmente distorção de fonemas na linguagem falada.

Vale ressaltar que a criança hoje, deve ter a linguagem correta até os 4 anos de idade.(Devido a cobranças sociais e escolares antecipadas na Atualidade).

A dislalia do TDAH ,é exclusivamente funcional ou seja, aquela em que se descarta qualquer alteração ou má formação orgânica.

Para se adquirir padrões corretos de fala ,a criança ,ouve, repara, e se corrige automaticamente, a medida que desenvolve a linguagem. (A compreensão é anterior )

O indivíduo portador de TDAH , com hiperatividade ou não, tem deficiência na atenção ,e , sem a mesma, em alguns casos , a aquisição da fala fica prejudicada.

O dislálico é fluente ,ele fala com desenvoltura ,mesmo que seja incompreensível. A principal queixa da família é que ele parece falar em outra língua.

Na verdade ,ele acredita que fala como ouve.

Daí a necessidade de só falar de forma correta , para que se processe o feedback auditivo.

DISLEXIA - É um distúrbio específico da linguagem, caracterizado pela dificuldade ou incapacidade de decodificar (compreender) palavras escritas.

A dislexia é uma alteração da leitura ,que certamente estará presente no indivíduo dislálico não tratado até a alfabetização.

Existem maiores e menores graus de comprometimento, em se tratando de dislexia.

Na cabeça do disléxico ,os símbolos gráficos que compõem a leitura ,não fazem nenhum ou pouco sentido.

Acredita-se que isso possa estar também relacionado ao desenvolvimento psicomotor, (Que deveria estar pronto,antes do aprendizado da leitura e da escrita).

Na dislexia ,encontra-se comprometida a consciência do eixo corporal e a lateralidade. Esse indivíduo vai confundir-se eternamente com direita e esquerda por exemplo.

A causa primária da dislexia é a relação espacial alterada, fazendo com que a criança não consiga decifrar satisfatoriamente os códigos da escrita (ler).

Nem todo distúrbio de aprendizagem é dislexia.

Para se ter um diagnóstico de dislexia faz-se necessário uma avaliação cuidadosa ,geralmente por feita por uma equipe multi-disciplinar.

Essa equipe terá a função básica de eliminar ou apontar outras causas responsáveis pela não aquisição da leitura.

O TDAH , pode apresentar dislexia em sua forma total ou simples distúrbio no aprendizado da leitura.

A escrita e a leitura ,estão intimamente ligadas, porém uma , pode estar comprometida e a outra não.

DISGRAFIA- . É uma deficiência na linguagem escrita , mais precisamente na qualidade do traçado gráfico , sem comprometimento neurológico e/ou intelectual.

Nas disgrafias, também encontramos níveis de inteligência acima da média ,mas por vários motivos ,apresentam escrita ilegível ou lenta.

A ‘letra feia’ (disgrafia) está ligada à dificuldades para recordar a grafia correta para representar um determinado som ouvido , ou elaborado mentalmente.

A criança ,escreve devagar ,retocando as letras , e realizando de forma inadequada as uniões entre as mesmas.

Normalmente as amontoa ,com o objetivo de esconder os erros ortográficos.

Assim como a dislexia ,a disgrafia também está relacionada à má organização de espaço temporal, fazendo com que uma organização de caderno, por exemplo, seja ‘inexistente’.(usa espaços inadequados entre as palavras, margens inexistentes, letras deformadas, escrita ascendente ou descendente ,etc).


DISORTOGRAFIA- Tanto a disgrafia ,quanto a disortografia, são alterações da linguagem escrita.

Essas duas alterações, podem estar presentes num mesmo indivíduo, mas não é via de regra.

Na disortografia, a criança escreve nos espaços certos , a caligrafia é clara ,porém cheia de erros ortográficos.

Antes de se fazer um diagnóstico de disortografia, deve-se avaliar com cuidado o grau de escolaridade . No processo educacional, dependendo da série ,vários erros ortográficos serão permitidos.

A disortografia é a incapacidade de aprender a usar os processos gráficos para representar na escrita a linguagem oral.

DISCALCULIA- A discalculia, é a dificuldade ou a incapacidade de realizar atividades aritméticas básicas, tais como quantificação, numeração ou cálculo.

A discalculia é causada por disfunção de áreas têmporo–parietais, muito compatível com o exame clínico do TDAH.

Vale lembrar que alguns indivíduos têm menos aptidão para matemática do que outros, e nem por isso pode-se diagnosticá-los como se tivessem discalculia.

A discalculia está quase sempre associada à quadros de dislexia e do TDAH. (onde se encontram indivíduos com QI acima da média.)

Eliana de Souza Alves Mancini

Fonoaudióloga

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Filhos: a difícil arte de pôr limites


Uma amiga terapeuta me ensinou que as mães sempre erram, é da natureza das mães errarem porque se elas fossem perfeitas, então os filhos jamais conseguiriam cortar o cordão umbilical e tornarem-se seres humanos independentes e autônomos. O conselho, embora tenha sido dado como piada, tem me ajudado muitíssimo ao longo destes meus "anos de maternagem". Sobretudo naqueles momentos negros em que a gente duvida de si mesma, da própria competência, até mesmo do amor que sente pelo filho...
Sim, porque estes momentos acontecem, acredite. Mãe cansa, tem raiva, quer desistir... algumas, poucas, graças a Deus, desistem, mas não é delas que estamos falando, certo?

O desenvolvimento
Então, a primeira coisa que eu diria para você é: sentir-se culpada por ter raiva e dar uma palmada na sua filha não é realmente nem uma solução para o problema nem muito justo com você mesma.
Só que rezar por ela também não é propriamente uma solução. Uma das grandes estudiosas do desenvolvimento dos bebês, Laurence Pernoud, explica que "dois anos é uma espécie de adolescência". E, se você pensar bem, não é mesmo? Sua filha, com dois anos, já sabe fazer tantas coisas...E dois anos é tão pouco tempo, afinal! Ela já aprendeu a comer sozinha, a caminhar, a falar, sabe reconhecer um montão de objetos e de seres; devagarzinho, começa a separar o ontem do hoje, o antes e o depois. Experimente parar por cinco minutos e fazer uma lista mental de tudo que sua filha teve que aprender desde que nasceu, coisas simples, coisas muito complexas... A lista, não parece ter fim...

Os desafios
De todos os desafios, no entanto, talvez o maior seja aprender que ela é alguma coisa diferente de você e que isso é bom, mas nem sempre... Ora, ela se acha um bebê, ora quer ser "menina grande", ora você a trata como um bebê, ora como menina grande. Pior, tem horas em que ela realmente deseja ser grande, partir para outras aventuras, cruzar a rua sem sua mão, correr sem precisar ouvir "cuidado"... mas tem aquelas outras tantas horas em que sente falta de ser pequena e a valentia toda acaba... Não, nada, nada fácil a vida aos 2 anos! Pena que a gente cresce e não lembra mais...

Entender o que se passa na cabeça da sua filha, ajuda, é claro. Compreender que ela gostaria de fazer tudo sozinha, mas não consegue e que deve mesmo ser horrível ver os adultos rirem das suas tentativas desajeitadas, é sem dúvida, um bom jeito de começar.

Os limites
Mas você vai precisar de mais que isso. "Limite" é a palavra da moda e os especialistas, as ‘supernannies’, inclusive, não cansam de dizer isso para as mães.
Só para continuarmos com Laurence Pernoud, a recomendação é clara: "não se deixe tiranizar, se ela pedir algo impossível, diga não firmemente e mantenha o não". Fácil, certo?

Não. Primeiro porque mães às vezes exageram no "não". É tãããão mais rápido e fácil amarrar o tênis do filho do que deixá-lo experimentar fazer sozinho... E comer então? Tinha uma amiga que deu comida na boca da filha até os cinco!!! E reclamava que a menina não gostava de comer! Aprender a comer é um treino que no mínimo vai deixar marcas na sua cozinha, na roupa, no cadeirão, mas cá pra nós, a melhor foto que eu tenho do meu filho do meio é uma em que ele exibe o sorriso mais orgulhoso do mundo na carinha toda lambuzada de iogurte!

Negociar
"Não" é palavra fácil de dizer e difícil de honrar. Para mim, o alerta veio do meu marido: "seu ‘não’ não vale mais nada", ele disse um dia, "você está dizendo não para tudo!" Tinha razão...
Depois, porque ter filhos é um exercício fabuloso de negociação. "Maria, vem jantar?". "Não" (ela me imita). Duas alternativas: "Vem já" e aí, o risco de uma cena começa a crescer perigosamente. Ou "O que você está fazendo?". "Brincando com a Barbie". "Hummm, será que ela está com fome, a Barbie?" As chances da Maria, sentindo-se tratada como "menina grande", concordar que afinal jantar pode mesmo ser uma boa idéia aumentam muito, não parece?

Ser mãe
Precisa exercitar a imaginação? Nem sempre você consegue manter o pique depois de trabalhar o dia inteiro? Nem sempre funciona? Tudo verdade, mas, ninguém disse que ia ser fácil. Só que toda mãe, quando chega na minha idade e vê os filhos saírem de casa pelos caminhos do mundo, sente no fundo do coração que cada minuto valeu a pena, porque nada é tão estimulante, tão fascinante e faz a gente se sentir tão viva do que ser mãe de uma criança pequena...

Adilia Belotti- jornalista

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Educar não é fácil...mas é possível!!!


1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.


2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.

4. É preciso confrontar o que o filho conta como verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento, ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

7. Em casa que tem comida criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

9. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

10. As drogas e a gravidez indesejada, estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.

11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga . A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.

13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação.

Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação.

Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Muitas são desequilibradas ou mesmo loucas. Devem ser tratadas. (palavras dele).

19. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

20. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

22. Pais e mães não podem se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

26. Dinheiro "a rodo" para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.

Finalizando:

"...A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."

(Içami Tiba)