sábado, 6 de dezembro de 2014

Será que precisamos nos adaptar a este ponto???




quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Hora de repensar o ano





Reprovação ou notas baixas durante o período escolar podem ser motivadoras para novas atitudes de pais e filhos. Por trás de uma nota baixa no final de ano ou de uma reprovação escolar, podem estar questões muito mal resolvidas dentro de casa. 

Ter de repetir os estudos é uma frustração para pais e filhos, mas deve ser encarado como uma proposta de desafio e um momento para repensar atitudes da família. – É preciso ver até que ponto a reprovação pode ser considerada um insucesso. 

Inúmeros fatores devem ser analisados, como a falta de interesse da criança pela escola, alguma inadequação no ritmo de vida dela ou até mesmo a falta de interesse dos pais em saber como está a vida escolar do filho – explica a pedagoga Ana Cristina da Silva Rodrigues, doutora em Educação. Mesmo que os pais deleguem à escola a função de educar, são eles os responsáveis pelo incentivo ao filho e por acompanhar a agenda e as rotinas do pequeno, diz a especialista. Se alguma coisa não vai bem, seja no relacionamento do casal ou na forma com que demonstram preocupação com a criança, pode surgir um resultado indesejado no boletim. – A reprovação é uma segunda chance para todos e pode indicar que a criança não estava pronta para a próxima etapa. Se pensarmos assim, podemos encontrar consequências positivas, como a possibilidade de ela se integrar melhor na escola – diz Ana Cristina.

 Para não fazer da reprovação um castigo, estudantes e familiares devem entender o fato como um aprendizado, seja para reavaliar o ano ou para aprender a lidar com as frustrações. Nesses casos, castigos e pequenas punições só resolvem se forem seguidos de muita conversa e de combinações estabelecidas anteriormente. – Hoje temos a tendência de evitar um revés na vida dos filhos. Mas a vida não é tão boazinha, e os pais precisam saber viver com os fracassos e os sucessos – analisa a pedagoga Helena Sporleder Côrtes, professora da Faculdade de Educação da PUCRS. E como garantir a autoestima do estudante que acabou de ser reprovado na escola? Não existe receita, acreditam os especialistas, mas é prudente a aproximação dos pais com a escola e com os filhos. Além disso, reservar um tempo para um bom diálogo (para saber o que houve), estabelecer metas para o ano seguinte e elogiar as conquistas podem ajudar na hora de construir novas referências para 2015.

 Refletir para aprovar

 -A reprovação da criança é um momento para os pais refletirem sobre suas atitudes e a da escola. Pode ser resultado de desestímulo, problemas de disciplina, baixa autoestima ou pouca identificação com os colegas ou com a escola.

 - Avalie se houve descomprometimento com a rotina escolar da criança e se os pais acompanharam pouco o desenvolvimento do filho. 

- Encare o momento como uma possibilidade de o seu filho crescer emocionalmente e superar um obstáculo importante para a futura formação dele.

 - Converse com o professor para saber o que pode ter causado a reprovação. Em alguns casos, há problemas de aprendizagem relacionados a fatores psicológicos.

 - Diálogo é fundamental para que o próximo ano seja diferente. Proponha novos desafios para a criança e para a família, como horários de estudos em casa e de lazer.

 - Evite oferecer presentes em troca da aprovação escolar. A criança precisa compreender que os estudos não devem ser uma negociação, mas uma possibilidade de adquirir conhecimento. 


Jornal ZERO HORA

Jogo de raciocínio e estratégia - Faça você mesmo !

JOGO DE RACIOCÍNIO E ESTRATÉGIA

Este é um jogo que as crianças adoram. É um jogo de estratégia, de raciocínio lógico, de coordenação de movimentos e de coordenação motora fina, de trabalho de preensão. Mas também é bastante divertido.



O jogo consiste numa placa recortada onde são inseridas peças coloridas e misturadas. O objetivo é separar as cores colocando-as em cada canto. 

 

 

 

O jogo pronto ficou assim:


Para reiniciar o jogo basta virá-lo.

Este é feito em madeira, mas pode ser confeccionado com caixas de papelão baixas ou em cartolina sobre um papelão mas grosso (para ser mais resistente) e desenhado em vez de recortado. Para as peças podem ser usadas fichas, botões, pedrinhas ou tampinhas de garrafas pet coladas aos pares e pintadas com cores diferentes, ou tampinhas individuais se o jogo for desenhado.

Pode ser usado com crianças com ou sem deficiência intelectual.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

DIA DAS BRUXAS OU DO SACI?



O Halloween é uma festa comemorativa celebrada todo ano no dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos. Ela é realizada em grande parte dos países ocidentais, porém é mais representativa nos Estados Unidos. Neste país, levada pelos imigrantes irlandeses, ela chegou em meados do século XIX.

História do Dia das Bruxas
A história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.
Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).

Símbolos e Tradições

Esta festa, por estar relacionada em sua origem à morte, resgata elementos e figuras assustadoras. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.
As crianças também participam desta festa. Com a ajuda dos pais, usam fantasias assustadoras e partem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura”. Felizes, terminam a noite do 31 de outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.

Halloween no Brasil

No Brasil a comemoração desta data é recente. Chegou ao nosso país através da grande influência da cultura americana, principalmente vinda pela televisão. Os cursos de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa em território nacional, pois valorização e comemoram esta data com seus alunos: uma forma de vivenciar com os estudantes a cultura norte-americana.

Críticas

Muitos brasileiros defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e, portanto, deveria ser deixada de lado. Argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado. Para tanto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci (comemorado também em 31 de outubro).
A comemoração da data também recebe fortes críticas dos setores religiosos, principalmente das religiões cristãs. O argumento é que a festa de origem pagã dissemina, principalmente entre crianças e jovens, ideias e imagens que não correspondem aos princípios e valores cristãos. De acordo ainda com estes religiosos, as imagens valorizadas no Halloween são negativas e contrárias à pratica do bem.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Saberes e Mandarim



Recebi essa crônica de uma amiga e gostei muito. Não apenas por que fala em educação, cita Paulo Freire, Piaget... mas pela simplicidade e veracidade com que trata os diferentes saberes. Atualmente se fala tanto em educação inclusiva, mas será que já aprendemos a respeitar as diferenças e a colaborar para que as mesmas sejam amenizadas? Vale a reflexão!!!

Outro dia uma pessoa querendo mostrar o quanto ela era melhor do que eu me disse que aos dezesseis anos havia ido morar na Alemanha, que conhecia Paris, Grécia, Holanda, enfim boa parte da Europa e América do Norte. Essa pessoa também me mostrou o quanto sabia de Física, de Arte e muitos outros temas, ficou escandalizada por eu não saber onde nascia o Rio São Francisco. Ouvi por um bom tempo ela discorrer sobre o quanto sua vida havia sido rica e bem aproveitada.
Então resolvi fazer algumas perguntas a essa criatura: Você conhece Bagé, Uruguaiana, Cacequi, Rosário do Sul? Sabe onde nasce o Rio Vacacaí, Rio dos Sinos e o Rio Gravataí? Sabe quem escreveu Casa Grande e Senzala? Já leu a Pedagogia do Oprimido e sabe quem é o seu autor? Já ouviu falar de um movimento que ocorreu na educação chamado Escola Nova e sabe o que preconizava? Já ouviu falar de Jean Piaget e sabe o que são esquemas mentais segundo ele? Não, essa pessoa não sabia responder nenhuma dessas perguntas, e então eu disse: Pois é você sabe muitas coisas, mas não tudo, você conhece coisas que eu desconheço e eu sei de coisas que você desconhece, isso é que é bacana na convivência com o outro, a troca, pois um acaba enriquecendo o outro com os seus saberes. Confesso que meu argumento não adiantou muito pois essa pessoa continuou afirmando que o que ela sabia era muito mais importante, que os meus saberes não valiam nada. Desisti do diálogo, pois entendi que não era o momento e que infelizmente tem coisas que não é nessa passagem pela Terra que se aprende que são necessárias algumas existências ainda para começar a aprender.

Então lembrei de uma historinha que li uma vez sobre um menino que ao ser alfabetizado ficou encantado em descobrir as palavras, ler para ele estava sendo fantástico e então ao chegar em casa foi correndo para a cozinha contar para a cozinheira que trabalhava em sua casa o quanto ele era inteligente e mostrou um livro a ela, pedindo que lesse um texto, ela afirmou que não sabia ler. O menino então a humilhou-a, chamando-a de burra, como era possível que na sua idade não soubesse ler? Nesse instante adentrava na cozinha o pai do menino que o convidou para ir até a biblioteca, chegando lá pegou um livro e pediu que o menino lesse. O garoto ficou olhando para os rabiscos e disse que não entendia nada daquilo, então o pai argumentou: esse livro está escrito em Mandarim, você não deveria ter humilhado a cozinheira pois você não sabe tudo, ela tem saberes que você não tem. Ao longo de sua vida lembre-se que você não sabe ler Mandarim. 
O menino cresceu, estudou, aprendeu muitas coisas, e sempre que se sentia inflado pelos seus saberes, começando a se achar muito bom, lembrava do seu velho pai alertando-o que ele não sabia ler Mandarim.

Acredito que essa é uma lição que precisamos aprender: valorizar o conhecimento do outro, por mais simples que ele possa parecer e usar o conhecimento que detemos para promover o bem, a paz, a concórdia e sempre que estivermos começando a nos achar muito bons que lembremos que ainda não sabemos ler Mandarim.
Jane Macedo – Porto Alegre/RS

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Castigar ou não a criança?


Castigar ou não os filhos é uma pergunta que sempre passa pela cabeça dos pais na hora da educação. Porém, alguns pais não conseguem discernir o “educar para aprender” do “educar sob angústia”, quando a criança passa a ter pequenos traumas com os maus ensinamentos de seus criadores.
Educação começa desde que as crianças são pequenas. O objetivo é ensinar limites e não simplesmente castigar, como muitos fazem sem saber que está fazendo”, explica a pedagoga Patrícia Victo.
Os filhos precisam entender o motivo do castigo e não acharem que estão sendo punidos por autoritarismo ou irritação dos adultos. A criança pequena deve ser repreendida logo em seguida ao mau comportamento. Por exemplo, se a criança tentar colocar o dedo na tomada ou subir em lugar perigoso, os pais devem fazer cara feia para expor que aquela atitude não é certa, pois machuca.
Caso a atitude se repita, continue com a cara feia e seja um pouco mais firme ao falar. Agora se a criança fizer a coisa certa, recompense-a com um sorriso ou um carinho. Com isso, os pais vão determinando regras e estabelecendo atitudes claras sempre que algumas regras sejam quebradas pelo pequeno, de forma que ele cresça com essa consciência.
“Às vezes, acontece de a criança escrever na parede da sala e não ter pleno o conhecimento do erro que está cometendo. A questão é a forma de puni-la por isso. Ela pode ficar com raiva e sentir-se injustiçada, sendo que dificilmente absorverá algo que o adulto tentou ensinar. Os pais devem ensiná-la o porquê de não escrever na parede da sala e caso a atitude se repita, deixá-la sem os lápis por um tempo”, argumenta Patrícia Victo.
Fim dos tapinhas - As famosas “palmadinhas” não são bem-vindas na educação da criança. A agressão provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não porque ela compreendeu as razões da punição.
Ensinar os filhos a terem medo de cometer certas atitudes é ensiná-los a usar o medo como arma, agredindo aqueles que o contrariem de alguma maneira. “É aquela criança agressiva que resolve tudo na força física, pois aprendeu em casa que é mais fácil bater do que conversar”, diz a pedagoga.
A criança que se sente amada e frustra os pais com atitudes erradas se decepciona consigo mesma. Por isso, um olhar de repreensão, além de palavras severas dos pais, surtem melhor efeito do que as palmadas.
Coerência na hora da punição é fundamental. Quanto maior o grau da infração, maior o castigo. Castigue quando o ato mereça e não porque está cansado ou com raiva. Diminua passeios ou tire algo da rotina da criança que goste, sempre explicando o motivo da punição.
Tenha sempre calma, não grite, as crianças acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão. Fale sempre com objetivo e rigidez, olhando para a criança e fazendo com que entenda que você está chateada com a tal atitude e não propriamente com ela. Portanto, lá vai uma dica: nunca diga “Como você é feio” e sim “Que coisa feia você fez”.
Cuidado para não se “desmanchar” com choros e chantagens, depois da decisão tomada, não volte atrás, a criança poderá usar essa arma para se livrar dos castigos sempre. Educar não é uma tarefa simples. Requer trabalho e paciência por parte dos pais. Cabe a eles ensinarem as regras e os limites do convívio social, com calma e segurança.
 Bruno Rodrigues ( Guia do bebê)


Dicas de como disciplinar crianças pequenas:
http://pt.wikihow.com/Disciplinar-Crian%C3%A7as-Pequenas


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Crianças que têm contato com música aprendem a ler e a escrever com mais facilidade

Estudo comprova associação entre aprender a cantar e a tocar instrumentos com processo de alfabetização
Por Luiza Tenente - atualizada em 25/08/2014 14h34

bebês; banda; música (Foto: Thinkstock)
Pode ser no carro, na sala de aula ou na festa de aniversário. Ouvir música com as crianças é sempre uma delícia, certo? O contato precoce com este tipo de arte ainda é capaz de beneficiar o aprendizado do seu filho. Cantar e tocar instrumentos faz com que ele estimule áreas neuronais que serão trabalhadas futuramente em outras funções – como nos cálculos matemáticos ou na leitura de textos.

Tudo começa na fase de musicalização: de forma lúdica, sem ainda formalizar conhecimentos, a criança desenvolve a percepção auditiva. “Ela é capaz de distinguir um som agudo de um som grave. Se ouvir uma valsa e, em seguida, uma marcha, perceberá também a mudança de ritmo”, explica Margarete Kischi Diniz, coordenadora de música do Colégio Porto Seguro, na unidade Morumbi (SP). Essa percepção só é possível porque há um estímulo na região cerebral denominada córtex auditivo. Além disso, ouvir uma canção trabalha a coordenação motora, já que seu filho sentirá o ritmo e o reproduzirá com movimentos corporais – aqueles passos de dança que encantam a família.
Aos 6 anos, em geral, a escola passa a formalizar o ensino musical, apresentando técnicas para tocar instrumentos, notas musicais e partituras. E é justamente esse tipo de conhecimento que auxiliará o processo de alfabetização da criança. “Os princípios de aprender uma canção e de ler um texto são muito parecidos. É a transformação da língua falada em símbolos que precisam ser decodificados”, esclarece Antonio Carlos de Farias, neurologista do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Compare: a partitura passa a ser o símbolo que traduz o som ouvido. A palavra escrita segue a mesma lógica, já que é uma representação no papel do que é ouvido nas conversas.

Essa relação foi também comprovada por um estudo recente organizado pela Northwestern University, nos Estados Unidos. Crianças de 9 a 10 anos foram divididas em dois grupos: o primeiro teve lições de música por dois anos e o segundo, nenhum contato escolar com a disciplina. Após o período, os cientistas descobriram que aquelas que aprenderam a cantar e a tocar instrumentos tiveram melhor desempenho em leitura e em escrita. Elas conseguiam distinguir sons com mais facilidade que as demais e não tinham dificuldade de concentração em ambientes agitados.
Além disso, a música é um excelente incentivo à linguagem, por auxiliar na aquisição de vocabulário. Até a interpretação de texto é beneficiada pelo contato com as canções. “A memória operacional se desenvolve e faz com que a criança escute uma música e preste atenção ao que está sendo cantado. Ela consegue absorver a mensagem e o sentimento transmitido. Esse mesmo processo é encontrado ao ler um livro, que exige a concentração para dar significado à história”, explica o neurologista. Acredite: até o aprendizado de matemática é auxiliado, considerando que os números são símbolos, assim como as notas musicais.
Em casa


De acordo com a lei nº 11.769, de 2008, a música deve ser conteúdo obrigatório na Educação Básica de todas as escolas brasileiras. O objetivo da exigência não é formar músicos, e sim desenvolver a sensibilidade e a integração dos alunos. Mas atenção: você também deve estimular o contato de seu filho com a música em casa.

Se a criança perceber que os pais valorizam este tipo de arte, também tenderão a apreciá-lo. Não adianta apresentar uma canção de forma artificial – a introdução precisa ser lúdica. Presenteá-la com um tamborzinho ou dançar junto com ela são formas criativas de iniciar o contato.

É importante que você tome certos cuidados: não coloque o som em um volume muito alto, já que a audição da criança ainda não está totalmente amadurecida. E coloque um ritmo compatível à faixa etária – um bebê preferirá algo calmo, como música clássica. O rock pesado pode esperar um pouquinho, certo?

Aproveite o momento de escutar música em família para enriquecer o repertório cultural do seu filho. Apresente a ele tanto compositores nacionais como internacionais, para que, aos poucos, ele desenvolva uma preferência pessoal. E mais: que tal, a cada faixa, contextualizar a obra? Diga em que época a canção foi criada, em que país ela se originou, como são os costumes daquele local. Será uma brincadeira divertida – e os resultados serão para a vida toda!

10 atitudes positivas diante de um boletim vermelho




1. Converse e tente entender a situação, sem gritos ou discussões. "Mostre para a criança que esses resultados não são definitivos muito menos indicativos de incapacidade", aconselha Vera Malato, coordenadora de departamento de orientação educacional do colégio Bandeirantes, de São Paulo.

2. Avalie se a rotina de estudos está adequada e se o local é calmo e silencioso. E, quando seu filho prometer estudar mais, questione-o sobre o que é estudar para ele. "Coloque essa rotina em discussão. Fale para ele que não adianta apenas fazer a lição de casa para não tomar bronca do professor. É preciso fazer a tarefa com o objetivo de aprender e tirar as dúvidas", conta Edson D'Addil, orientador educacional do Colégio Vértice, em São Paulo.

3. Procure a escola e converse com o orientador educacional antes de tomar a justificativa da criança como única existente. A partir daí, você conseguirá identificar se é uma dificuldade específica de uma matéria ou se é problema comportamental.

4. Veja se a saúde da criança está normal. Problemas de visão, audição ou dificuldades em se concentrar podem refletir nas notas.

5. Verifique a integração social da criança nos grupos. Veja se é tímida, se tem amigos. "Às vezes, para serem aceitas nos grupos, as crianças tornam-se bagunceiras e suas notas caem", diz Magali Maldonado, coordenadora do colégio Objetivo.

6. Envolva-se no estudo dele e demonstre interesse pela vida escolar. Diariamente, peça para ver as tarefas e as anotações feitas em sala. Ah, também é importante não deixar seu filho faltar à aula por qualquer motivo, por mais que ele insista.

7. Estabeleça metas de superação, ou seja, conte para seu filho o que espera dele no fim do ano letivo e diga que vai ajudá-lo a alcançá-las. Porém, respeite o tempo dele: aos 8 anos, ele deve saber ler e escrever; aos 10, já é hora de somar, subtrair, multiplicar e dividir; aos 14, deve resolver equação de 1º grau e saber interpretar textos.

8. Estabeleça também consequências, caso veja que ele não está comprometido. "Agora, se ele se esforça e não consegue, procure apoio na escola ou em aulas particulares", sugere Esther Carvalho, diretora do colégio Rio Branco, em São Paulo. Vale descobrir se a escola oferece aulas extras.

9. Explique alguns conceitos que parecem ser básicos, mas que nem sempre as crianças se dão conta, como que é normal - e aceitável - ele tirar dúvidas após as aulas com o professor.

10. Avalie a possibilidade de ele estar sobrecarregado, com muitas atividades diárias.


Ligia Menezes - Educar para crescer

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A formação da moral na primeira infância

















PALESTRANTE DESTA NOITE no Fronteiras do Pensamento,

 o especialista em psicologia cognitiva Paul Bloom falará sobre os instintos humanos

Logo na infância surgem a moralidade, que define se seremos bons ou maus, a empatia, responsável por determinar de quem se gosta ou não, e até o preconceito, que leva à rejeição e à vontade de afastar semelhantes. Mesmo os recém- nascidos têm, em seu âmago, princípios e noções de justiça – que, presentes mas ainda adormecidas nos primeiros anos de vida, sofrem influências, positivas ou negativas, da criação e da ação da sociedade.

É defendendo essas ideias, fruto de anos de pesquisa em psicologia cognitiva, que o canadense Paul Bloom palestra hoje na Capital.

O desenvolvimento social dos bebês, foco principal de sua produção acadêmica, aparece em O que nos Faz Bons ou Maus, seu livro mais recente. Nele, Bloom argumenta que a bondade e a maldade vêm de berço, assim como compaixão e indiferença, entre outros.

Ph.D em psicologia cognitiva pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, o psicanalista concentra suas pesquisas em explorar como crianças e adultos percebem o mundo físico e social. Em entrevista publicada na edição de ontem em ZH, Bloom comentou suas descobertas, especialmente as últimas, realizadas na Universidade Yale em parceria com sua mulher, Karen Wynn, também canadense e acadêmica de Psicologia.

– Há muitas evidências de que até os bebês muito jovens definem o mundo em termos de “nós contra eles” e são fortemente inclinados a favorecer o “nós”. Nossa natureza não é apenas gentil, também é cruel e egoísta – explicou ele.

Para ele, os recém-nascidos não apenas evitam aqueles que são diferentes: querem vê-los punidos. É o princípio de um senso moral que, apesar de não plenamente desenvolvido, toma forma nos primeiros meses de vida. É também assim que ocorrem as primeiras representações do preconceito – algo que, reforçado por estereótipos, seria inclusive benéfico para a sociedade, conforme Bloom.

– Em alguns casos, é uma coisa boa e racional, porque generalizações sobre grupos-estereótipos são com frequência precisas. Mas, ainda assim, há uma razão moral para não usarmos essas informações em determinadas circunstâncias. Há uma forte intuição moral, compartilhada por mim, que nos diz que, em muitos domínios, as pessoas merecem ser julgadas como indivíduos, não como membros das categorias a que pertencem – afirma.

Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Autistas e a Expressão de seus Sentimentos





As Comunidades de Autismo em peso estão falando sobre um fato recente , da apresentadora de televisão Luciana Gimenez ter comentado, após o convidado dela ter dito que uma série de mortes seguidas na família dele o teria levado ‘a depressão,que se ele não ficasse depressivo ou mesmo triste, poderia ser considerado autista pelas pessoas.Ou seja, ela quis dizer que as pessoas comuns por aí acham que os autistas não tem sentimentos. Foi realmente uma declaração infeliz! Agora, vocês sabem, o Desconhecimento é a Fonte de todo Preconceito.
Preconceito de certa forma não deixa de ser uma reação ao que não se conhece, pois é mais fácil e cômodo temer do que enfrentar, conhecer, buscar o conhecimento.
E pode-se dizer que o Preconceito seja uma forma de negar o conhecimento por temor, o temor de que o novo substitua velhos conhecimentos enraizados e por isto mesmo queridos pelas pessoas, que , no fundo, como Peter Pan, não querem mudar, preferem aninhar-se cômodamente na zona do conforto e repudiar o novo, o desconhecido, pois tem horror a ter de admitir que seus velhos conhecimentos a que tanto se apegaram estavam errados e tenham de ser substituidos por novos.
Já acomodados em seus confortos convenientes, preferem, na hora de se expressar, usar seus velhos conhecimentos para buscar mais do mesmo,e elaborar novos velhos conceitos antes mesmo, ou sem, de conhecer o assunto que é novo para elas e aí é mais fácil falar mal,xingar, etc.
Por isto a decomposição da palavra Preconceito: um pré- conceito, o conceito antes ou sem conhecimento. Aí fica tranquilo, deitado(a) no sofá confortável do comodismo, rejeitar, excluir, humilhar. Mas vamos nos concentrar no caso em si: o que a sociedade, preconceituosa como sempre, confunde, é a questão: manifestação X existência, transformando-a num paradigma que decreta: só existe o que é manifestado exteriormente! Porém, isto não é real, especialmente no caso dos Autistas. Vejam, as pessoas comuns por aí estão acostumadas com o paradigma manifestação x existência e tendem quase que automáticamente a concluir e acreditar, que só existe o sentimento que é expressado ,manifestado exteriormente.
No entanto, nós autistas somos por essência, pessoas que se manifestam de fora para dentro, e não de dentro para fora. O que nos é externo nos afeta muito profundamente, mas é guardado e se acumula. E porquê? Por que vivamos presos dentro de nós mesmos, como muita gente acha? Não, claro que não ! É muito por conta das ações do nosso Juiz Interior, e em menor parte, do nosso Ditador Interior. Advém da questão de nós nos auto-reprimirmos!
Autistas se auto- reprimem muito, em especial, os imaturos. Uma auto- censura, uma auto- repreensão, que tem por fundamento algo que é do nosso cerne mais profundo: nosso gosto pelo previsível e nosso temor pelo imprevisível, e nada mais humano do que o temor pelo desconhecido.
E nada pode ser mais imprevisível do que o Ser Humano, especialmente o neurotípico, que se auto intitula "normal".
Assim sendo, a primeira coisa que reprimimos é nossos sentimentos, e se tentamos colocá-lo para fora, nos censuramos a nós mesmos, e lá vem nosso Juiz nos condenar e nosso Ditador a nos dar bronca e reprimir e nos mandar ficar quietinhos novamente em nosso canto.Acredito, inclusive, que é esta grande auto-repressão e auto-censura, os grandes responsáveis pelo desaparecimento (sempre temporário, diga-se de passagem) da fala em autistas severos.
Uma vez rompido este muro de bloqueio e superadas as resistências do Juiz Interior e Ditador Interior, a fala volta e os sentimentos são livremente expressados.
Só com o reforço da auto estima e da auto confiança, especialmente de confiar em si mesmo que se é capaz de superar e vencer a imprevisibilidade das outras pessoas, e de "se virar" e agir de improviso, sem se deixar afetar demais pelo inesperado, mas o usar como ferramenta de aprendizado, exercendo a curiosidade natural do autista, até então reprimida pela auto repressão de um Juiz e um Ditador,, de explorar e conhecer o novo e se aventurar corajosamente onde o autista jamais esteve, parodiando aqui Star Trek (Jornada nas Estrelas).Como herói de si mesmo que combate quem o oprimia, eis que pois, o Autista amadurece, e se sentirá livre para ir e vir do Mundo de Fantasia para a Realidade e vice-versa. O que ele não pode, em definitivo, é deixar os sentimentos reprimidos se acumularem até a explosão(meltdown).O excesso de auto- repressão e auto censura, incentivados e induzidos pelos atos de incompreensão , preconceito, injustiça, rejeição e agressão das outras pessoas que lidam com ele,podem levar o autista severo a parar de falar, ou ainda, decorrente do acúmulo destas auto- repressões e auto- censuras consequentes, agredir-se a si próprio, se cortar, se mutilar, afinal, se as outras pessoas o oprimem; reprimem com sua imprevisibildade(e é assim que o autista imaturo sente e vê seu desconhecimento das pessoas, o desconhecimento como repressão/opressão), ele não tem como agredi-las pois teme que as outras pessoas sejam tão maiores e mais fortes e mais furiosas do que ele, que possam destruí-lo, e ao mesmo tempo se condena, e também não se perdoa, se pune infligindo castigos físicos a si mesmo.
Então, fica muito claro, depois de tudo isto: autistas, mesmo os mais severos, tem sim sentimentos, e muito profundos, porém se reprimem a si mesmos e leva um certo tempo e precisa de alguns estímulos para ele se levantar, bater em seu Juiz e seu Ditador, se mostrar maior que eles (como sempre o foi na realidade) e romper este muro que eles construíram em volta dele, e se expressar! É tudo isto, enfim, que as pessoas não-autistas precisam aprender antes de dizer por aí, inclusive em programas de TV, que autistas não tenham sentimentos: não expressar, não manifestar, não significa necessáriamente não existir.
Cristiano Camargo

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Como é o atendimento psicopedagógico clínico?

Como é o atendimento psicopedagógico clínico ?

São utilizados recursos para a construção do conhecimento
     O tratamento deve estar voltado para a construção doconhecimento, e não para o produto final. São utilizados diversos recursos pelo psicopedagogo: dramatizações, jogos, leituras, diálogos, desenhos, projetos e outras maneiras que serão descobertas no decorrer dos atendimentos.  Opsicopedagogo tem informação para orientar pais eprofessores, ser o mediador de todo o processo e, assim, ir além da junção do conhecimento do psicólogo e pedagogo.
É com o apoio e intervenção adequada de um psicopedagogo que a pessoa pode ter sucesso na vida escolar e social, e progredir em carreiras bem-sucedidas, em cargos de destaques, ao longo da vida.  A partir do estudo da origem da dificuldade em aprender, o psicopedagogo desenvolve atividades que estimulam as funções cognitivas que não estão ativadas no paciente e a questão afetiva e social. O psicopedagogo contribui para a construção da autonomia e independência, através da relação com “como eu aprendo” e “como me relaciono com o saber”.  Durante as sessões com o psicopedagogo, os recursos como jogos, livros e computador, tem a finalidade de descobrir os estilos deaprendizagem do paciente: ritmos, hábitos adquiridos, motivações, ansiedades, defesas e conflitos em relação ao aprender. O psicopedagogo tem a função de auxiliar o indivíduo que não aprende a se encontrar nesse processo, além de ajudá-lo a desenvolver habilidades para isso.
Fonte:   Centro Psicopedagógico Apoio

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Brincar de faz-de-conta

'Cresce o número de crianças esquecidas em carros, nas escolas, deixadas em casa sozinhas. Aumenta o índice de crianças obesas. Crianças maiores têm sofrido mais acidentes, porque não sabem fazer avaliação de risco das situações que exploram. Esses são alguns exemplos dos efeitos que o brincar de 'faz-de-conta que cuidamos de nossas crianças' produz.'
Leia 'Brincar de faz-de-conta', de Rosely Sayão, sobre casos como o do garoto que teve o braço amputado após ser atacado por um tigre: http://uol.com/brdQzJ

sábado, 21 de junho de 2014

Crianças Terceirizadas -- Dr. José Martins Filho

9 consequências que “terceirizar os filhos” pode causar



Oi, meninas!
Hoje em dia é muito comum ouvirmos o termo “criança terceirizada”. Mas o que realmente isso quer dizer e o que isso pode causar nas crianças?
As crianças terceirizadas são aquelas cujo os pais transferem para terceiros a tarefa de cuidar, se preocupar e se responsabilizar por elas. Realmente o termo é um pouco forte, mas, atualmente, os pais estão deixando os filhos sob a responsabilidade de terceiros cada vez mais para fazer suas coisas, mesmo que não seja ir trabalhar.

Captura de Tela 2014-05-11 às 23.59.00

Nunca me esqueço de uma história que me contaram e que fiquei chocada… Uma mãe (que não conheço) tem três filhas que ficam aos cuidados da babá, pois ela é executiva de alto padrão e precisa realmente se dedicar à carreira. Até aí, ok… Mas, naqueles dias em que ela poderia chegar em casa mais cedo para ficar com as crianças, ligava para a babá e perguntava se as meninas ainda estavam acordadas. Em caso afirmativo, ela dizia que então entraria pela porta dos fundos para as meninas não a verem e pedia para a babá avisá-la quando já estivessem dormindo. Oi??? Desculpem, mas não consigo entender esse tipo de atitude.
Quero deixar claro que não estou aqui para julgar ninguém, apenas informar pessoas, por meio de dados científicos e psicológicos de algumas consequências que esse tipo de conduta pode causar. Ninguém aqui precisa provar nada para ninguém, criar filhos não é algo que se faça sozinho. Precisamos, sim, de uma ajuda. E também não acho que a mulher precise de fato abandonar sua carreira.

crianc3a7a-com-birra

Enfim, um vídeo muito conhecido do pediatra Dr. José Martins Filho, professor da Unicamp e autor de livros conceituados sobre este mesmo assunto, explica que esse “abandono” traz consequências e faz surgir a figura da “criança terceirizada”. Baseado nele e em outras fontes, fiz uma lista das consequências que isso pode causar.

young mother leaving a child/baby with a baby-sitter

Vamos à lista!

1) Quebra de vínculos
Por mais que a mãe precise trabalhar, é muito importante que ela se planeje e que consiga ficar o maior tempo possível com seu filho. Substituir os cuidados da criança com algum outro adulto (babá, avó, avô etc.) não é a mesma coisa. O vínculo, principalmente no primeiro ano de vida do bebê, é fundamental e é maior com a pessoa que cuida, que fica junto. Portanto, se o bebê passa 90% do tempo com algum outro cuidador, o vínculo será maior com ele. Martins não critica as mães que precisam realmente trabalhar e ajudar a família, mas pede que priorizem os filhos. “Trabalhem, mas não esqueçam as crianças. Sempre que possível, fiquem com elas. Deem atenção e mostrem carinho”.

2) Educação que os pais não aprovam
Muitos pais exigem que as escolas eduquem seus filhos. Porém, o papel da escola é alfabetizar, ensinar conhecimentos gerais, dentre outras coisas. Mas a educação vem de casa. Quem deve ensinar a andar, tirar a fralda, chupeta, falar “obrigado”, “por favor”, portar-se à mesa, ter afeto, modo de conversar etc., é a família! Portanto, não exija uma educação exemplar se você não tem paciência para mostrar ao seu filho o que é certo.

3) Falta de limites
Assim como na educação, os pais é que devem saber impor limites às crianças. As crianças terceirizadas, na grande maioria das vezes, não têm limites. Isso porque os pais chegam em casa tarde da noite e não querem brigar com os filhos, não querem que as crianças chorem ou gritem por algum motivo, então eles acabam cedendo a tudo o que os filhos exigem. E esse tipo de atitude é crucial na educação.

4) Prioridade invertida
O que acontece atualmente é que os pais têm grande limitação em abrir mão do conforto da vida que tinham antes dos filhos. Ou seja, querem o prazer de ter filhos, mas ignoram o desprazer, como se o ônus e o bônus não fizessem parte do mesmo pacote. O que é realmente prioridade na vida dos pais? A presença do pai ou da mãe é fundamental nos momentos de troca de fralda, quando a criança está adoecida, quando está num momento de birra… Não apenas quando está sorrindo e brincando.

5) A não valorização do outro
Diversos casos de delinquência juvenil, quando observados de perto, mostram crianças que foram totalmente solitárias, criadas sem vínculos razoáveis e, por viverem sob um abandono dilacerante, não aprenderam a valorizar “o outro” e não pensam que as pessoas devam ser respeitadas.

6) Problemas com figuras de autoridade
As crianças verdadeiramente terceirizadas, ou seja, as que possuem vínculos enfraquecidos com seus pais, provavelmente terão uma relação complicada com figuras de autoridade, pois, ao longo de suas vidas, exerceram autoridade sobre ela, pessoas com quem ela não possuía vínculos afetivos suficientes.

7) Baixa autoestima
A forte ausência dos pais pode também causar baixa autoestima nas crianças. É muito importante que os pais estejam presentes nos eventos escolares, nas entrevistas com os professores, nos jogos de futebol do colégio e qualquer outro compromisso em que elas solicitem sua presença. A “falta” dos pais nessas ocasiões, mexe muito mais com os filhos do que você imagina. Principalmente, no momento de ir aos consultórios médicos (hoje em dia muitos pais delegam essa “função” para as babás). As crianças já se sentem acuadas nesses ambientes, e a presença de um dos pais é fundamental para transmitir confiança, segurança e conforto.

8) Problemas comportamentais
Estes problemas são muitas vezes um escudo que as crianças usam para proteger suas questões profundas de abandono e medo. Por exemplo, uma criança que vive em um lar com pais totalmente ausentes, tem mais chances de desenvolver uma atitude negligente com um ar de superioridade arrogante para esconder o fato de que ela realmente os quer em sua vida.

9) Sensação de falta de afeto
Muitos pais podem estar fisicamente próximos de seus filhos durante a maior parte do dia, mas podem não estar afetivamente disponíveis a eles. Não conversam intimamente, não brincam, brigam e gritam a maior parte das vezes que se dirigem à criança. Crianças precisam se sentir amadas, precisam saber que são prioridade! Não consigo imaginar meus filhos sentindo falta de afeto, isso aperta meu coração. Tudo o que mais queremos na vida é que nossos filhos saibam que são as pessoas mais importantes das nossas vidas e que são MUITO amados! Isso faz toda diferença no desenvolvimento deles.

Fonte: DE MÃE PARA MÃE  -  por Renata

domingo, 15 de junho de 2014

Déficit de atenção: 8 sinais aos quais os pais devem ficar atentos

TDAH

Aretha Yarak
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma doença cercada de controvérsia. Por atingir principalmente crianças, muito pais enxergam problemas onde eles não existem — sintomas isolados são comuns nesta fase da vida. Também há quem não preste atenção ao conjunto de sintomas que a caracterizam: quadros de desatenção, hiperatividade e impulsividade de maneira exacerbada. 
Há um grande número de crianças com a doença, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 3% a 5% das crianças brasileiras sofrem de TDAH, das quais de 60% a 85% permanecem com o transtorno na adolescência.
É preciso enfrentá-la cedo. Quando não diagnosticada e tratada, pode trazer sérios prejuízos a curto e longo prazo. Em crianças, é comum a queda no rendimento escolar, por causa de desorganização, da falta de paciência para assistir às aulas e estudar. Na fase adulta, o problema pode ser a causa de uma severa baixa autoestima, além de afetar os relacionamentos interpessoais, uma vez que a pessoa tem dificuldades em se ajustar a horários e compromissos e, frequentemente, não consegue prestar atenção no parceiro.  
Confira abaixo oito desses sintomas que, quando aparecem com freqüência e em mais de um ambiente (escola e casa, por exemplo), podem servir como um alerta de que chegou a hora de procurar ajuda profissional.

Sinais de TDAH

Distração

As crianças com TDAH perdem facilmente o foco das atividades quando há algum estímulo do ambiente externo, como barulhos ou movimentações. Elas também se perdem em pensamentos “internos” e chegam a dar a impressão de serem “avoadas”. Essas distrações podem prejudicar o aprendizado, levando o aluno a ter um desempenho muito abaixo do esperado.

Perda de objetos

Perder coisas necessárias para as tarefas e atividades, tais como brinquedos, obrigações escolares, lápis, livros ou ferramentas, é quase uma rotina. A criança chega a perder o mesmo objeto diversas vezes e esquece rapidamente do que lhe é dado.

Falta de concentração na lição escolar

Impaciente, não consegue manter a atenção por muito tempo. Por isso tem dificuldade em terminar a tarefa escolar, pois não consegue se manter concentrada do começo ao fim, e acaba se levantando, andando pela casa, brincando com o irmão, fazendo desenhos...

Movimentação constante

Traço típico da hiperatividade, é comum que mãos e pés estejam sempre em movimento, já que ficar parado é praticamente impossível. A criança acaba se levantando toda hora na sala de aula e costuma subir em móveis e em situações nas quais isso é inapropriado. Para os pais, é como se o filho estivesse “ligado na tomada”.

Brincadeiras e passeios agitados

Existe grande dificuldade em participar de atividades calmas e em silêncio, mesmo quando elas são prazerosas. Em vez disso, preferem brincadeiras nas quais possam correr e gritar à vontade. Por isso costumam ser vetados de algumas festas de aniversário ou passeios escolares.

Falta de paciência

Tendem a ser impulsivas e não conseguem esperar pela sua vez em filas de espera em lojas, cinema ou mesmo para brincar. É comum ainda que não esperem pelo fim da pergunta para darem uma resposta e que cheguem a interromper outras pessoas.

Desatenção

Distraída e sem conseguir prestar atenção na conversa, dificilmente consegue se lembrar de um pedido dos pais ou mesmo de uma regra da casa. A sensação que se tem é a de que ela vive “ no mundo da lua”. É comum, portanto, que os pais acabem repetindo inúmeras vezes a mesma coisa para a criança, que nunca se lembra do que foi dito.

Impulsividade

A criança com TDAH não tem paciência nem para concluir um pensamento. Assim, ela acaba agindo sem pensar e chega a ser impulsiva e explosiva em alguns momentos. Os rompantes podem ser vistos, por exemplo, durante brincadeiras com os demais colegas que culminem em brigas ou discussões.

* Fontes: Maria Conceição do Rosário, psiquiatra e professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Child Study Center, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e Thiago Strahler Rivero, psicólogo do Departamento de Psicobiologia do Centro Paulista de Neuropsicologia da Unifesp