terça-feira, 26 de outubro de 2010

Educar pode ser mais fácil


Quando questionado sobre o que é ter um filho difícil de educar, o terapeuta espanhol Emilio Pinto é objetivo: é aquela criança que não quer ser educada, não escuta, não atende aos pedidos dos pais, decide o que quer fazer e parece impossível de mudar de opinião. Para dar uma mãozinha aos pais, o autor do livro Filhos Difíceis de Educar selecionou oito dicas.


1. NÃO BATA

Controle sua raiva. Os pais devem ser mais sensatos e maduros que os filhos. Se a criança bate, os adultos não podem batê-la com mais força. A solução está no controle verbal, expressões como “isto não se faz”,“comporte-se”,“respeite as pessoas” ajudam a crianç a aprender que o comportamento nã estácorreto. Se o controle verbal nã funcionar, a dica éa contençã fíica: segurar as mãs,as pernas ou o corpo da crianç para impedi-la de agir.

2. COLOQUE LIMITES

Se os pais não estabelecem limites aos filhos quando pequenos, não conseguirão fazê-lo quando eles chegarem na adolescência. Quando os deixam brincar com tudo, falar de tudo, ou criar o próprios horários, pensarão que vivem em território ilimitado. Os limites ajudam a traçarem fronteiras. O “não” deve ser sempre um “não”, o “sim”sempre“sim”.

3. NÃO SEJA SERVIÇAL

Por mais que você queira ajudar seu filho, pense bem. Não confunda paternidade ou maternidade com servilismo. Ao criar um “mundo perfeito”, os pais nã ajudam os filhos a crescer. Não épreciso fazer tudo ou fazer nada, mas manter um equilírio, convidar a criança para algumas atividades.

4. ENSINE-O A ESPERAR

Os filhos precisam aprender a esperar e a ter paciência. Assim, não furarão filas, esperarão a vez para falar e respeitarão os mais velhos. Os pais devem ensinar às crianças o valor da espera, fazendo-as esperar. Esse aprendizado tem muito a ver com aprender a escutar, com controlar instintos e a saber aceitar o fracasso.

5. ELOGIE SEU FILHO

A estima deve incluir o reconhecimento, a demonstração de que você valoriza o que seu filho faz. Pode ser um “obrigado” sincero ou um “parabéns”. A autoestima alta ajuda a crianç a ganhar autoconfianç, a ser capaz de acreditar em si mesma. Assim, realizarátarefas com mais empenho e, quem sabe, com mais sucesso. Quando não se dá aos filhos a oportunidade de demonstrarem o que tê de melhor, eles poderão usar o pior de si mesmos.

6. SAIBA A HORA DE PREMIAR

O prêmio deve ter um momento certo. Não se pode premiar tudo e todos os dias. Além disso, não deve ser uma forma de recompensa, porque pode causar frustrações. Os prêmios não podem ser compras ou chantagens, mas o resultado de um esforço. A melhor recompensa é ver o resultado do esforço realizado. Equivocadamente, os pais podem acostumar os filhos a receber recompensas materiais por quase qualquer esforço que façam.

7. ORGANIZE SEU DIA

Todo mundo sabe que é difícil conciliar a vida profissional com o dia a dia da casa. Mas os adultos devem sempre saber que os filhos precisam do tempo que os pais lhe dedicam, e o que ajuda a educar é a qualidade do tempo, e não sua quantidade.

8. CONTE ATÉ 10

Na dê castigos motivado pela raiva, o melhor é que os castigos sejam reparadores e tenham um motivo. Se a criança estiver com raiva, não entre no jogo dela. O castigo deve ser cumprido, do contrário,você ensinará que as ações ruins não têm consequência. Evite também castigos longos, que possam ser esquecidos ou não possam ser cumpridos.

Jornal Zero Hora(25/10/2010)

sábado, 23 de outubro de 2010

Prato de arroz


ÓTIMA REFLEXÃO!


"Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe-me, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, geralmente na mesma hora que o seu vem cheirar as flores!



"Respeitar as opções do outro "em qualquer aspecto" é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem diferente e pensam diferente. Nunca julgue. Apenas compreenda".

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A QUESTÃO DO TEMPO




O aprender está relacionado à essência do "estar vivo", ou seja, estar interagindo como aprendente. A aprendizagem não é um amontoado sucessivo de coisas que vão se reunindo. Consiste numa cadeia complexa de saltos qualitativos.
Portanto, a sociedade do conhecimento é chamada assim, porque o conhecimento não são simples dados digitalizados; é e será o recurso humano, econômico e sócio-cultural mais determinante na nova fase da história humana.
A sociedade aprendente pretende inculcar que a sociedade inteira deve entrar em estado de aprendizagem e transformar-se numa rede de ecologias cognitivas.
Para Hugo Assmann, no atual estado de pesquisas, "ninguém ainda sabe exatamente o que acontece num sistema complexo como o cérebro humano quando ocorre a aprendizagem."
Quanto ao tempo, este é oscilatório em seu próprio fluxo, sendo o prazer do cérebro/mente um acontecimento que se dá quando o tempo do eu e o tempo do ambiente/universo se encontram.
A dimensão temporal do processo de aprendizagem não se refere apenas ao tempo cronológico/(horários) mas a uma pluralidade de tempos que estão em jogo, conjuntamente, na educação:
horário escolar,
tempo da informação instrucional,
tempo da apropriação personalizada de conehcimentos,
tempo de leitura e estudo,
tempo de autoexpressão construtiva,
tempo do erro comom parte da conjectura e da busca,
tempo da inovação curricular criativa,
tempo de gestos e interações,
tempo do brinquedo e do jogo,
tempo para desenvolver a autoestima,
tempo de dizer sim a vida,
tempo de organizar esperanças.
A interpenetração do tempo cronológico com o tempo vivo é uma tarefa sumamente exigente. Há os tempos compactados das novas tecnologias da informação e da comunicação, que convergem para o minguado tempo da sala de aula.
Na sala de aula ou em outro espaço, como o clínico, o que mais importa são os tempos subjetivos, isto é, a temporalidade histórica dos sujeitos aprendentes. O tempo vivo é a propriedade na construção do conhecimento e no processo de aprendizagem.