domingo, 27 de maio de 2012

Déficit de atenção e hiperatividade - TDAH

Déficit de atenção e hiperatividade: será que seu filho tem?

Saiba, de uma vez por todas, o que é mito e o que é verdade em relação ao TDAH

Por Jeanne Callegari

Lais Dias
De um lado os especialistas atestam a gravidade da doença e prescrevem medicamentos para as crianças. De outro, jornais e revistas chegam a questionar a existência do distúrbio. Não é à toa que os pais estão confusos. Apesar disso, não há motivo para desespero. O TDAH é um dos mais bem estudados transtornos da psiquiatria: mais de 8 mil pesquisas já foram realizadas sobre o tema.

Mas, afinal, o que é TDAH? Com certeza, você conhece alguém com o perfil: o menino que não pára quieto, a menina avoada, no mundo da lua. Os dois comportamentos são expressões de um transtorno neurobiológico. Crianças com TDAH têm menos atividade elétrica e reagem menos a alguns estímulos, além de terem partes do cérebro menores que o normal. Também têm dificuldade de regular dopamina e norepinefrina, substâncias essenciais para a concentração e o controle de impulsos.

O TDAH é classificado em três subtipos. O predominantemente desatento é aquele que, apesar de ter sintomas de hiperatividade, apresenta mais os de desatenção. É a criança que não consegue se concentrar para copiar a matéria ou fazer a tarefa. Vai mal na prova porque não lê os enunciados direito. Está sempre no mundo da lua e não termina o que começa. Embora seja o tipo mais comum, aparece menos nas clínicas, porque acriança não dá trabalho, mal é notada. Pode passar horas em uma atividade de que goste, como desenhar ou jogar videogame, mas terá dificuldade em áreas menos atraentes.

Já a criança que tem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade não pára quieta. Seu comportamento é excessivo. Arrisca-se mais que o normal para a idade, corre e fala sem parar, age sem pensar. Os pais não podem deixar de prestar atenção nela um minuto, porque o risco de se machucar é muito grande. É o tipo mais raro. Já o tipo combinado é uma mistura dos dois.

Todo mundo tem alguns desses sintomas, mas isso não basta para se diagnosticar TDAH. É preciso que ocorram com freqüência bem maior que nas outras pessoas. Além disso, é fundamental que atrapalhem as principais atividades da vida. Alguns indivíduos conseguem tirar notas boas e ir bem na profissão. Mesmo assim, algum dano ocorreu em outra área, como a social e a pessoal.





 http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI3345-15130,00.html

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Mães...






> Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães,ok?
> Desconstruir alguns mitos.
> Não, não precisa se preocupar.
> Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó!
> Vamos lá:
>
> MÃE É MÃE: mentira !!!
> Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
> Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar.
> Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista.
> Também é cozinheira e lavadeira.
> Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
> Mãe às vezes também é pai.
> Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
> Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock pra desespero
> de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
> Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima,
> antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço, se quiser também
> namora, trabalha, adora dançar.
> Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã
> de aeróbica, mergulhadora.
> Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
> Mãe já foi mãe, agora é mãe também.
>
> MÃE É UMA SÓ: mentira !!!
> Sabe por quê?
> Claro que sabe!
> Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso.
> De certa forma, tem duas mães.
> Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida.
> Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
> E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
> Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma
> deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco
> mães.
> Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto
> maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser
> uma forma de exercer a maternidade.
> O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.
>
> SER MÃE é PADECER NO PARAÍSO: mentira!
> Que paraíso, cara-pálida?
> Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não
> entram.
> Cara, estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e
> aborrecida outras tantas, vamos combinar.
> Quanto a padecer, é bobagem.
> Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra
> amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
> Por exemplo?
> Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da
> festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que
> você não tem a mínima idéia de onde fica.
> Aí a barra é pesada, pode crer...
>
> MATERNIDADE é A MISSÃO DE TODA MULHER: mentira !!!
> Maternidade não é serviço militar obrigatório!
> Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha.
> Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não
> tê-los, como sabê-los?
> Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
> Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
> Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação,
> vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida
> mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço.
> Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de
> Fernando Pessoa.
> É difícil, mas acontece.
> MAMÃE, EU QUERO: verdade!
> Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua.
> 5 anos: "Mamãe, te amo."
> 11 anos: "Mãe, não enche."
> 16 anos: "Minha mãe é tão irritante."
> 18 anos: "Eu quero sair de casa."
> 25 anos: "Mãe, vc tinha razão."
> 30 anos: "Eu quero voltar pra casa da minha mãe."
> 50 anos: "Eu não quero perder a minha mãe."
> 70 anos: "Eu abriria mão de TUDO pra ter minha mãe aqui comigo."...

Martha Medeiros

terça-feira, 15 de maio de 2012

Hidrocefalia


O termo hidrocefalia vem do Grego e significa "água na cabeça".
Na realidade a água é liquido cefalorraquidiano (adiante designado por LCR), um líquido claro que é constantemente produzido nas cavidades, ou ventrículos, no interior do cérebro.
Ele passa de um ventrículo para o seguinte (quatro no total) através de canais estreitos, circulando depois na superfície do cérebro - uma pequena parte desce pela spinal-medula - e é absorvido no sistema sanguíneo.

Esta absorção realiza-se por veias especializadas dentro do crânio as quais têm uma superfície semelhante a uma peneira.
Apesar de muito mais lentamente que a circulação do sangue, o LCR está em constante produção, circulação e reabsorção.

A hidrocefalia pode resultar de excesso de produção de LCR (muito raro), ou quando é impedida a sua circulação ou absorção.
Nesta situação, em que o LCR é constantemente produzido mas não consegue circular, ele acumula-se e causa um aumento da pressão no interior do cérebro.
Os ventrículos incham e o tecido cerebral pode vir a sofrer lesões.

A hidrocefalia é classificada como comunicante ou não comunicante conforme exista uma deficiência na absorção do LCR no final do sistema ou haja um bloqueio à circulação do LCR dentro do sistema ventricular.


O que causa a Hidrocefalia
A Hidrocefalia é causada pela impossibilidade do LCR ser drenado para o sistema sanguíneo.

Existem vários motivos pelos quais isto pode acontecer.
Grande Prematuridade – Os bebés nascidos prematuramente correm o risco de desenvolverem hidrocefalia.
Spina Bifida – A maior parte dos bebés nascidos com Spina Bífida têm hidrocefalia.
Para além das lesões da spinal medula existem anomalias na estrutura de certas partes do cérebro, que se desenvolvem antes do nascimento e que impedem a drenagem correcta do CSF.
Genética – Em circunstâncias muito raras a hidrocefalia está ligada a factores hereditários.
Hidrocefalia Congénita – Isto significa que a hidrocefalia já está presente na altura do nascimento. É importante salientar que este termo não implica que a hidrocefalia seja hereditária. Muitas vezes a causa exacta da hidrocefalia congénita não pode ser determinada.

Podem existir ainda outras formas de hidrocefalia tais como:
• Hemorragia Cerebral
• Meningite
• Tumores
• Outras causas raras


Como tratar a hidrocefalia
A maior parte das hidrocefalias requerem tratamento o qual normalmente é cirúrgico.
O tratamento habitual é a introdução de uma Derivação.
É importante perceber que a derivação não cura a hidrocefalia e os danos que tenham sido provocados no tecido cerebral mantêm-se.
A derivação controla a pressão dos ventrículos, drenando o LCR em excesso e evitando assim que a situação piore.
Os sintomas causados pela pressão elevada habitualmente melhoram, mas outros problemas relativos à destruição de tecido cerebral mantêm-se.

As derivações consiste na introdução de um tubo que permite a drenagem do LCR dos ventrículos no cérebro até ao abdómen (ventriculo-peritoneal ou VP derivação) e daí o LCR é absorvido pela corrente sanguínea.


Que complicações podem surgir com a derivação?
Apesar de todos os avanços, a derivação pode ter complicações.
Estas podem ser classificadas em subdrenagem, sobredrenagem e infecções.

A Subdrenagem, que ocorre quando o líquido não é removido com a rapidez necessária e os sintomas da hidrocefalia voltam a surgir, é um dos problemas mais frequentes.
Deve-se habitualmente a um bloqueio num dos tubos, embora também possa ser por a derivação se partir ou as partes ficarem desconectadas. Raramente se deve à válvula que habitualmente funciona sem problemas durante muitos anos.

A Sobredrenagem ocorre quando a derivação permite que a quantidade de LCR drenada dos ventrículos seja superior à sua produção.
Se isto acontecer abruptamente, habitualmente pouco tempo após a colocação da derivação, os ventrículos causam um desabamento, rasgando delicados vasos sanguíneos no cérebro, causando uma hemorragia, que muitas vezes necessita de tratamento cirúrgico.

Se a sobredrenagem for mais gradual, os ventrículos desabam progressivamente até ficarem semelhantes a uma fenda (slit ventricles). Esta situação habitualmente interfere com o funcionamento da derivação causando o problema oposto: reaparece uma elevada pressão de LCR, mas infelizmente os ventrículos não aumentam de tamanho, conduzindo a uma situação em que há uma elevada pressão de LCR, com dores de cabeça, vómitos, etc., mas a observarem-se ventrículos muito pequenos nos exames.

A infecção deve-se, a maior parte das vezes, à passagem, durante a operação, de bactérias da pele para o LCR ou para a derivação. Os cuidados e a experiência da equipa médica é um dos mais importantes factores para a redução da taxa de infecção para o mínimo. No entanto, mesmo nas melhores equipas as infecções ocorrem.


A que sintomas devemos estar atentos?
Os sintomas variam entre indivíduos por isso a existência de anteriores problemas com a derivação são normalmente um bom guia para sabermos o que procurar.

Possíveis sinais de bloqueio agudo da derivação podem incluir:
• Vómitos,
• Dores de cabeça,
• Tonturas,
• Sensibilidade à luz e outros distúrbios visuais.

Possíveis sinais de bloqueio crónico da derivação podem incluir:
• Fadiga,
• Mal estar geral,
• Problemas percepto-visuais,
• Mudanças de humor e diminuição do rendimento escolar.


Quais os efeitos da hidrocefalia?
Podem surgir dificuldades de aprendizagem associadas à hidrocefalia tais como problemas de concentração, raciocínio e de memória de curto prazo.
A hidrocefalia pode ainda resultar em problemas mais subtis como problemas de coordenação e na capacidade de motivação e organização.

Efeitos físicos como problemas de visão e puberdade precoce também podem ocorrer. Muitos destes efeitos podem ser compensados através de estratégias de ensino ou tratamento adequado

(ASBIHP )

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ansiedade

 ANSIEDADE : COMO ENFRENTAR A DOENÇA DO SÉCULO


Para se livrar da ansiedade, em primeiro lugar é preciso entendê-la. A ansiedade é o resultado de um processo de aceleração de nossa mente. Ela é desencadeada pelo contato com o novo, com o desconhecido que, geralmente, representa uma ameaça para a nossa estabilidade. Ao preferir o conhecido, a mente humana cria a ilusão de que temos que controlar tudo. Nos infringe a obrigação de antecipar os acontecimentos das nossas vidas, como se isso fosse nos livrar de todos os males. Quando as sensações de instabilidade e de insegurança são classificadas em nossa mente como algo desagradável, das quais temos que nos livrar o mais rapidamente possível, começam a surgir os quadros ansiosos. Pensamentos negativos, associados à sensação de perigo iminente, agitação e inquietação são algumas das tensões psíquicas que fazem parte desse processo. Outros sintomas podem ser físicos: sudorese, boca constantemente seca, dores de cabeça, sensação de desmaio, aumento da intensidade e freqüência dos batimentos cardíacos, entre outros.

Vamos exemplificar:
Imaginemos a pessoa que vai fazer uma entrevista para um novo emprego no dia seguinte. Ela não conhece o entrevistador, não sabe qual a empresa que esta requerendo os seus serviços e não sabe exatamente o que ela deve falar para obter o emprego. Mais do que isso, não tem como obter todos estes dados na véspera da entrevista. A mente começa: “... o que eu devo falar?... como será o entrevistador?... qual será o perfil da empresa?...” e começa a acelerar em busca das respostas que não estão contidas dentro dela. Dá-se o looping da ansiedade, pois quanto mais a mente não acha respostas dentro de si, dentro do pensamento, das experiências anteriores, mais ela se acelera, mais ela busca o controle e mais vai se acentuando a sensação de pressa. Assim, os sintomas da ansiedade vão se impregnando sobre o individuo e prejudicando o seu rendimento na entrevista.
Posto o problema, como lidar com a questão, como diminuir ou eliminar os efeitos dilacerantes da ansiedade sobre nós?
Para a ansiedade diminuir é preciso diminuir a atividade mental. A desaceleração da mente gera uma sensação de paz de espírito e de calma.
1 - Respire fundo, lenta e compassadamente pelo maior tempo que você for capaz, pois isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e por conseqüência a mente.
2- Entenda que quando um problema novo se configura a sua frente, a solução não esta na sua mente, não esta no seu pensamento, e sim no fato em si. Quando for possível, olhe para o novo, procure entendê-lo, aumente as suas informações e o seu conhecimento sobre ele. Não busque referencias anteriores, pois isto aumentara a sua ansiedade. Se não for possível olhar para o problema (como no exemplo da entrevista) procure não pensar nele, tente distrair a sua mente com outra coisa, brigue com ela para não pensar na entrevista e em suas conseqüências.
3-Aceite a falta de controle, abra mão da prepotência da sua mente e entenda que não somos deuses superpoderosos que tudo podemos controlar. Uma parte de nossa vida tem que entregar a Deus, ao destino a sorte e... Seja o que Deus quiser...
4 - Problemas e novidades se resolvem com ação e não com pensamento, é preciso fazer o melhor que esta a nosso alcance, focado, ligado no real. O que esta além do nosso melhor esforço não podemos controlar.
5 - Aceitar a possibilidade de perder, não querer ganhar a qualquer custo, pois isto acelera a mente e aumenta e muito a chance de derrota.
6 - Aceite conviver com a insegurança quando ela surgir a sua frente, não queira se livrar dela, não tenha pressa. Quanto mais você aceitar conviver com a insegurança, mais calmamente ela ira embora e mais a sua mente se acalmara. Quanto mais você tentar se livrar dela, mais ela se tornara ansiedade.
7 - Não se deixar enganar pela mente. Quando ela ficar buzinando internamente que o pior vai acontecer, usar a palavra mágica: “Seja o que Deus quiser...”. “Dane-se”.
Resumindo, mente acelerada é mente desequilibrada. Para livrar-nos da ansiedade, devemos aprender a escapar do seu domínio.



Revista Isto É Gente