sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Falar: Quando e como?



A fala está diretamente ligada ao entendimento de conversas. Ouvindo ao que outras pessoas falam a criança vai aprendendo nomes de objetos, como pronunciar e aos poucos vai aprendendo à colocar palavras juntas, montando frases.
No comecinho, os bebês aprendem à produzir sons, depois eles aprendem à dar sentido aos sons, como mama e papa lá pelos 9 ou 10 meses de vida. E com um ano de vida, ele está realmente tentando imitar aos sons ao seu redor - você provavelmente já o viu conversando em algum canto alguma coisa que ele consegue entender. Agora vem um período de crescimento extraordinário, você vai começar à presenciar como o seu toddler começa à falar umas poucas palavras e aí começa a fazer perguntas e a te dar instruções e contar pequenas estórias que ele mesmo inventou.
12 - 18 meses
Por volta de seu primeiro aniversário, a criança está sabendo falar entre uma ou cinco palavras e sabe exatamente o que elas significam. Por volta de 14 meses de vida, esse vocabulário pode crescer até 7 palavras e algumas crianças podem falar até 20 "palavras"(a pronúncia é deficiente) nessa idade. Muitas vezes aó elas mesmas entendem e alguém que está mais tempo com elas. A criança pode até mudar a tonalidade de sua voz quando é uma pergunta o que ela está tentando dizer.
Essa idade é fantástica! A criança está descobrindo a importância das palavras para sua comunicação e receber respostas às suas necessidades. Até que ela aprenda mais palavras ela vai estar combinando sons com gestos na tentativa de mostrar o que ela quer. Na verdade, a grande maioria dos gestos agora são bem claros e não é difícil de entender o que a criança está querendo dizer ou onde ela está querendo ir.
Você poderá notar que ela cobre o rosto quando está com vergonha ou bate na mesa quando está nervosa. Não se preocupe se ela se irritar se você não estiver entendendo à mensagem. Esse é um sinal de que ela está tentando fortemente passar uma mensagem adiante e se importa que você entenda a mensagem.
Por volta dos 16 meses de vida, a criança vai estar produzindo mais sons com consoantes. No começo podem ainda não ser palavras mas você vai poder notá-lo treinando aos poucos.
19 - 24 meses
Com dois anos de idade, a criança poderá estar entendendo até 200 palavras e falando por volta de 50 dessas palavras regularmente. Muitas dessas palavras serão nomes de objetos que ela usa ou brinca no dia-a-dia, como bola, carro e outras. Entre 18 e 20 meses, se alguém estiver ajudando e focalizando a criança para aprender a falar, ela poderá aprender uma nova palavra a cada 90 minutos. Durante essa fase ela poderá estar aprendendo à colocar duas palavras juntas montando pequenas frases.
À partir do segundo aniversário, a criança já poderá fazer frases usando três palavras e poderá também cantar. A sua auto estima está começando a amadurecer e a criança começa a expressar com a linguagem o que ela gosta ou não, o que ela quer ou não quer, o que ela pensa e sente. Nessa época ela vai usar bastante "eu" ou "mim" para falar de si mesma ou começará a usar o seu próprio nome. Muitas vezes elas podem se confundir com pronomes e vai procurar não usá-los.
25 - 30 meses

Agora a criança está com um vocabulário extenso. O volume da voz pode ainda estar meio fora de sintonia. Ela pode estar gritando sem ter a intensão. Ou falar muito baixo ao responder uma pergunta também tendo a intensão de falar normalmente. Com o tempo ela vai pegando o tom e entendendo porque alguém grita ou sussurra.
Ela também estará começando a entender melhor pronomes como Eu, Mim e Você.
Entre 2 e 3 anos, o seu vocabulário poderá ser de 300 palavras (mas ela poderá entender até 900 palavras). Suas frases agora poderão conter pronomes e verbos. Ele também começará a contar eventos que aconteceram no passado. Os verbos nem sempre estarão corretamente pronunciados mas ele está tentando.
31 - 36 meses

No seu terceiro ano de vida, a criança já será um conversador mais sofisticado. Ela será capaz de manter uma convesação e estará ajustando bem o seu tom de voz e seu vocabulário estará mais organizado.
Agora, outros adultos, incluindo estranhos, poderão entender claramente o que seu filho está falando.


Fonte: Familynet

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Dislexia


Definida como um disturbio ou transtorno de aprendizagem na area da leitura, escrita e soletracao, a dislexia e o disturbio de maior incidencia nas salas de aula. Pesquisas realizadas em varios paises mostram que entre 05% e 17% da populacao mundial e dislexica.

Ao contrario do que muitos pensam, a dislexia nao e o resultado de ma alfabetizacao, desatencao, desmotivacao, condicao socio-economica ou baixa inteligencia. Ela e uma condicao hereditaria com alteracoes geneticas, apresentando ainda alteracoes no padrao neurologico.

Por esses multiplos fatores e que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliacao da condicoes de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades apos o diagnostico, direcionando-o as particularidades de cada individuo, levando a resultados mais concretos.


Sinais de Alerta
Como a dislexia e genetica e hereditaria, se a crianca possuir pais ou outros parentes dislexicos quanto mais cedo for realizado o diagnostico melhor para os pais, a escola e a propria crianca. A crianca podera passar pelo processo de avaliacao realizada por uma equipe multidisciplinar especializada (vide adiante), mas se nao houver passado pelo processo de alfabetizacao o diagnostico sera apenas de uma "crianca de risco".

Havera sempre:
*dificuldades com a linguagem e escrita ;
*dificuldades em escrever;
*dificuldades com a ortografia;
*lentidao na aprendizagem da leitura;

Havera muitas vezes :
*disgrafia (letra feia);
*discalculia, dificuldade com a matematica, sobretudo na assimilacao de simbolos e de decorar tabuada;
*dificuldades com a memoria de curto prazo e com a organizacao;
*dificuldades em seguir indicacoes de caminhos e em executar sequencias de tarefas complexas;
*dificuldades para compreender textos escritos;
*dificuldades em aprender uma segunda lingua.

Havera as vezes:

*dificuldades com a linguagem falada;
*dificuldade com a percepcao espacial;
*confusao entre direita e esquerda.

Pre -Escola
Fique alerta se a crianca apresentar alguns desses sintomas:
*Dispersao;
*Fraco desenvolvimento da atencao;
*Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
*Dificuldade em aprender rimas e cancoes;
*Fraco desenvolvimento da coordenacao motora;
*Dificuldade com quebra cabeca;
*Falta de interesse por livros impressos;

O fato de apresentar alguns desses sintomas nao indica necessariamente que ela seja dislexica; ha outros fatores a serem observados. Porem, com certeza, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atencao e/ou estimulacao.

Idade Escolar
Nesta fase, se a crianca continua apresentando alguns ou varios dos sintomas a seguir, e necessario um diagnostico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuizo emocional:· Dificuldade na aquisicao e automacao da leitura e escrita;
*Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteracao (sons iguais no inicio das palavras);
*Desatencao e dispersao;
*Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
*Dificuldade na coordenacao motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa (ginastica,danca,etc.);
*Desorganizacao geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares;
*Confusao entre esquerda e direita;
*Dificuldade em manusear mapas, dicionarios, listas telefonicas, etc...
*Vocabulario pobre, com sentencas curtas e imaturas ou sentencas longas e vagas;
*Dificuldade na memoria de curto prazo, como instrucoes, recados, etc...
*Dificuldades em decorar sequencias, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc..
*Dificuldade na matematica e desenho geometrico;
*Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias)
*Troca de letras na escrita;
*Dificuldade na aprendizagem de uma segunda lingua;
*Problemas de conduta como: depressao, timidez excessiva ou o ‘’palhaco’’ da turma;
*Bom desempenho em provas orais.

Se nessa fase a crianca nao for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirao e irao permear a fase adulta, com possiveis prejuizos emocionais e consequentemente sociais e profissionais.
Entao, como diagnosticar a dislexia?

Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve se procurar ajuda especializada.

Uma equipe multidisciplinar, formada por Psicologa, Fonoaudiologa e Psicopedagoga Clinica deve iniciar uma minuciosa investigacao. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangencia do processo de avaliacao, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso.

A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnostico de dislexia. E o que chamamos de AVALIACAO MULTIDISCIPLINAR e de EXCLUSAO.

Outros fatores deverao ser descartados, como deficit intelectual, disfuncoes ou deficiencias auditivas e visuais, lesoes cerebrais (congenitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o dislexico ira apresentar prejuizos emocionais, mas estes sao consequencias, nao causa da dislexia).

Neste processo ainda e muito importante:

Tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o historico familiar e de evolucao do paciente.

Essa avaliacao nao so identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como permite um encaminhamento adequado a cada caso, por meio de um relatorio por escrito.

Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento consoante as particularidades de cada caso, o que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que assumir o caso nao precisara de um tempo, para identificacao do problema, bem como tera ainda acesso a pareceres importantes.

Conhecendo as causas das dificuldades, o potencial e as individualidades do individuo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais conveniente.

Os resultados irao aparecer de forma consistente e progressiva. Ao contrario do que muitos pensam, o dislexico sempre contorna suas dificuldades, encontrando seu caminho. Ele responde bem a situacoes que possam ser associadas a vivencias concretas e aos multiplos sentidos. O dislexico tambem tem sua propria logica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente.

Outro passo importante a ser dado e definir um programa em etapas e somente passar para a seguinte apos confirmar que a anterior foi devidamente absorvida, sempre retomando as etapas anteriores. E o que chamamos de sistema MULTISSENSORIAL e CUMULATIVO.


FONTE: Ass. Brasileira de Dislexia

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Como evitar ansiedade, insegurança e o desinteresse dos alunos em retornar às aulas?




O início das aulas pode ser marcado por sentimentos mistos, que vão da euforia, alegria e entusiasmo à insegurança, medo e desinteresse. Dessa forma, enquanto para alguns alunos surge a confortável e motivadora expectativa do reencontro com amigos e professores, para outros, esse momento do primeiro contato com a escola e com tudo que ela propõe pode gerar ansiedade e desinteresse.

Antes de qualquer coisa, é fundamental que pais e educadores tenham consciência de que após uma temporada sem compromissos e responsabilidades ligadas aos estudos, é natural que alguns estudantes se sintam “meio perdidos” e encontrem dificuldade para se adaptarem ao novo ritual. Assim sendo, a primeira semana de aula costuma ser um período de adaptação e readaptação, pois todos estão vindo de um ritmo de férias, no qual os horários tendem a ser mais flexíveis.

Nesse período é interessante que os pais aproveitem a oportunidade para conversarem com os filhos de maneira clara e abertamente. É importante dizer que, assim como eles retornam ao trabalho e às suas responsabilidades profissionais após as férias, visando a manutenção da produtividade, progresso e crescimento pessoal constante, os filhos também devem retornar à escola e às suas atividades, pois são atitudes que fazem a diferença e os preparam para a vida.


Fonte: Revista Fanzini