quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Férias escolares: o que fazer com as crianças





Todo o ano, com a proximidade das férias , a impressão que os pais têm é que vão enlouquecer com as crianças. Tanta energia, tanta disposição a ser gasta, e nada parece prender a atenção dos pequenos.
A televisão, internet e o videogame rapidamente deixam de ser o atrativo escolhido pelas crianças, e os pais ficam apavorados em busca de atividades que deixem filhos e pais felizes.

                                           Em família

avô e neto pescandoAs férias proporcionam uma boa oportunidade de a criança conviver com os parentes. Deixe-o passar um final de semana na casa da avó ou da tia que ele não vê há muito tempo. Isso traz novas experiências e novos aprendizados para seu filho. Lugares afastados da cidade podem fazer com que as crianças assimilem novos valores sobre elementos da natureza.

                                         Vizinhança

criançasNa escola, ele tem o circulo de amizade definido. Se seu filho tiver a oportunidade de brincar com os vizinhos, isso pode ser muito positivo. Ele terá novos amigos com coisas diferentes a compartilhar. A sugestão é sempre acompanhar as brincadeiras  e a segurança dos pequenos. A hora do lanche com os amiguinhos pode ser um ótimo momento para dividir alegria.

                                       À moda antiga

criança pulando amarelinhaRelembre as brincadeiras antigas e explique como funcionam o esconde esconde, passa anel, pular elástico, alerta, brincadeiras que envolvem a criança. Experimente desenhar uma amarelinha e surpreenda a garotada. Fazer os brinquedos também é uma ótima ideia que estimula a imaginação. Ajude-o a fazer pipas, pé de lata, entre outros.

                                                                   

                            Ar livre

Que criança gosta de ficar fechada dentro de um apartamento? Levar a criança para passear, andar de bicicleta, ir a parques e praças pode ser muito divertido. Deixe-o brincar com terra, com tintas, eles adoram.
Uma boa ideia é sentar com o seu pequeno e fazer a programação do mês inteiro no calendário, cada com uma atividade diferente, acessível à família e que a criança goste. O tempo passa muito rápido e logo todos estarão na rotina do dia, então curta estes dias com seu filho para que tenha férias inesquecíveis.
 
 Fonte: Portal Zun

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da Consciência Negra...mas afinal, o que é racismo???

 
Simplificar o RACISMO entre o negro e o branco é pura demagogia... Concordo na identidade de cada ser, sem discriminação... apesar de saber que ela existe. Prova de que , nós (seres humanos) precisamos ainda muuuiiiitttooo EVOLUIR...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

TDAH - Algumas dicas para os pais

A lista  nos mostra algumas , de uma série de estratégias, que podem ajudar os pais de crianças portadoras de TDAH. (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).
fonte: http://www.abda.org.br/br/component/banners/click/12.html

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DIA DAS BRUXAS OU DO SACI??



O Halloween é uma festa comemorativa celebrada todo ano no dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos. Ela é realizada em grande parte dos países ocidentais, porém é mais representativa nos Estados Unidos. Neste país, levada pelos imigrantes irlandeses, ela chegou em meados do século XIX.

História do Dia das Bruxas

A história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.
Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).

Símbolos e Tradições

Esta festa, por estar relacionada em sua origem à morte, resgata elementos e figuras assustadoras. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.
As crianças também participam desta festa. Com a ajuda dos pais, usam fantasias assustadoras e partem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura”. Felizes, terminam a noite do 31 de outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.

Halloween no Brasil

No Brasil a comemoração desta data é recente. Chegou ao nosso país através da grande influência da cultura americana, principalmente vinda pela televisão. Os cursos de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa em território nacional, pois valorização e comemoram esta data com seus alunos: uma forma de vivenciar com os estudantes a cultura norte-americana.

Críticas

Muitos brasileiros defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e, portanto, deveria ser deixada de lado. Argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado. Para tanto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci (comemorado também em 31 de outubro).
A comemoração da data também recebe fortes críticas dos setores religiosos, principalmente das religiões cristãs. O argumento é que a festa de origem pagã dissemina, principalmente entre crianças e jovens, ideias e imagens que não correspondem aos princípios e valores cristãos. De acordo ainda com estes religiosos, as imagens valorizadas no Halloween são negativas e contrárias à pratica do bem.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Transtorno ou Distúrbio de Aprendizagem




DIS + TURBARE = alteração violenta da ordem natural da aprendizagem
No Transtorno de aprendizagem, há a presença de uma disfunção neurológica, que pode envolver imaturidade,lesões específicas do cérebro, fatores hereditários e ou disfunções químicas. Devido à forma irregular que as habilidades mentais se desenvolvem, aparecem discrepâncias marcantes entre a capacidade e a execução nas tarefas acadêmicas.
São características marcantes dos Distúrbios de Aprendizagem:
- início do comportamento ou atraso sempre na infância;
- o transtorno está sempre ligado à maturação biológica do sistema nervoso central;
- curso estável;
- as funções afetadas incluem geralmente a linguagem, habilidades viso-espaciais e/ou condições motora;
- há uma história familiar de transtornos similares e fatores genéticos têm importância na etiologia (conjunto de possíveis causas) em muitos casos.
Segundo estimativas da Organização Psiquiátrica Americana, a prevalência dos Transtornos da Aprendizagem, variam entre 2 a 10% na população, dependendo da natureza da averiguação e das definições aplicadas e estes podem persistir até a idade adulta.

Os principais Transtornos de Aprendizagem são os de Leitura e Escrita, de Cálculo, o Transtorno do Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade e o Transtorno não Verbal de Aprendizagem.
O diagnóstico desses Transtornos deve ser realizado por profissionais especializados e experientes, em uma equipe multiprofissional que garanta também o planejamento e a intervenção objetivando minimizar os efeitos de tais distúrbios sobre a vida da criança.
Essa equipe deve ter necessariamente a presença de um psicopedagogo, profissional habilitado em trabalhar com as questões da Aprendizagem e que partirá de seus conhecimentos transdisciplinares, para trabalhar e promover o desenvolvimento de estratégias cognitivas de aprendizagem, de estudo, as operações mentais para a realização das tarefas de cunho pedagógico, aumentar a autoestima e a motivação intrínseca da criança, etc.
É possível encontrarmos crianças cujo rendimento escolar apresenta-se empobrecido frente aquele esperado por seus pais e professores e que não apresentam transtornos de aprendizagem,porém o fraco desempenho na aprendizagem nunca deve ser desconsiderado ou minimizado pois representa o ponto de partida para o diagnóstico da dificuldade e do transtorno no aprender.
Se uma criança chama a atenção de seu professor pela problemática que apresenta para aprender e se esta dificuldade não demonstrou ter ligação com a prática pedagógica usada, a avaliação desse profissional deve necessariamente ser levada aos pais, no sentido de os alertar a procurarem um trabalho especializado na área da aprendizagem.
O psicopedagogo tem formação multidisciplinar e informação suficiente, para após avaliar a criança, a encaminhar para outra especialidade se assim for necessário. E, no mínimo, no final da avaliação psicopedagógica, os pais já terão afastado a maior parte das possibilidades de diagnósticos prováveis em dificuldades e transtornos de aprendizagem.

Por Maria Irene Maluf

domingo, 30 de setembro de 2012



Sobre o encaminhamento ao Psicopedagogo....

Muito discutida e ainda não totalmente resolvida é a questão do encaminhamento de crianças com problemas escolares a profissionais especializados em dificuldades de aprendizagem, os psicopedagogos. Quer por haver diferentes profissionais com múltiplas especialidades, quer pela dificuldade da escola em avaliar a quem encaminhar cada caso, o que se vê é que existe uma certa dúvida nessas conduções, o que em nada beneficia a criança e a sua família. (...)
As dificuldades e os transtornos de aprendizagem que se apresentam na infância tem sempre forte impacto sobre a vida da criança, de sua família e sobre o seu entorno, pelos prejuízos que acarretam em todas as áreas do desenvolvimento pessoal, assim como de sua aceitação e participação social.
A Aprendizagem é um processo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta por uma mudança de comportamento relativamente permanente.


Segundo Silvia Ciasca, a Dificuldade de Aprendizagem é compreendida como uma “forma peculiar e complexa de comportamentos que não se deve necessariamente a fatores orgânicos e que são por isso, mais facilmente removíveis”. Ela ocorre em razão da presença de situações negativas de interação social. Caracteriza-se fundamentalmente pela presença de dificuldades no aprender, maiores do que as naturalmente esperadas para a maioria das crianças e por seus pares de turma e é em boa parte das vezes, resistente ao esforço pessoal e ao de seus professores, gerando um aproveitamento pedagógico insuficiente e autoestima negativa.
Essa dificuldade é relacionada a questões psicopedagógicas e/ou sócio-culturais, ou seja, não é centrada exclusivamente no aluno e somente pode ser diagnosticada em crianças cujos déficits na aprendizagem não se devam a problemas cognitivos.
A dificuldade de aprendizagem, DA, não tem causa única que a determine, mas há uma conjugação de fatores que agem frente a uma predisposição momentânea da criança. Alguns estudiosos enfatizam os aspectos afetivos, outros preferem apontar os aspectos perceptivos, muitos justificam esse quadro alegando existir uma imaturidade funcional do sistema nervoso. Ainda há os que sustentam que essas crianças apresentam atrasos no desempenho escolar por fatores como a falta de interesse, perturbação emocional ou inadequação metodológica.
De modo mais pontual, acredita-se que as dificuldades de aprendizagem surgem por exemplo a partir de:
- Mudanças repentinas de escola, de cidade, de separações;
- Problemas sócio culturais e emocionais;
- Desorganização na rotina familiar, excesso de atividades extra curriculares, pais muito ou pouco exigentes);
- Envolvimento com drogas, separações;
- Efeitos colaterais de medicações que causam hiperatividade ou sonolência, diminuindo a atenção da criança;
- encontramos assim crianças com baixo rendimento em decorrência de fatores isolados ou em interação.
Pode ser percebida pela professora e diagnosticada por profissionais especializados já na pré-escola. Pode ser evitada tomando-se cuidado em respeitar o nível cognitivo da criança e permitindo que esta possa interagir com o conhecimento: observar, compreender, classificar, analisar, etc.
O diagnóstico e a intervenção das dificuldades de aprendizagem envolvem interdisciplinaridade em pelo menos três áreas: neurologia, psicopedagogia e psicologia, para possibilitar a eliminação de fatores que não são relevantes e a identificação da causa real do problema.
Alguns sintomas podem ajudar os profissionais da escola a perceberem os sinais da Dificuldade de Aprendizagem, a partir da pré escola e durante todo trajeto escolar da criança:
- Persistentes problemas na área da Linguagem: de articulação, aquisição lenta de vocabulário, restrito interesse em ouvir histórias ,dificuldade em seguir instruções orais, soletração empobrecida,dificuldade em argumentar,problemas em redigir e resumir,etc;
- Problemas com a Memória: dificuldades na aprendizagem de números, dos dias da semana,em recordar fatos, em adquirir novas habilidades,em recordar conceitos, na memória imediata e de longo tempo, etc;
- Atenção: dificuldade em concentrar-se em algo que não seja de seu interesse pessoal, de planejar, de autocontrole, impulsividade, atenção inconstante, etc;
- Problemas com a Motricidade: problemas na aquisição de comportamentos de autonomia (ex. amarrar os cordões do tênis); relutância para desenhar; problemas grafo-motores da escrita (forma da letra, pressão do traço, etc); escrita ilegível, lenta ou inconsistente; relutância em escrever;
- Lentidão na aquisição das noções de espaço e tempo, domínio pobre de conceitos abstratos; dificuldade na planificação de tarefas; dificuldades na realização de tarefas acadêmicas, provas, etc; dificuldade de aquisição de novas aprendizagens cognitivas; problemas sociais.

Maria Irene Maluf

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O cérebro e a aprendizagem



Garantir a aprendizagem dos alunos é o desejo de todo professor. Capacitá-los de fato para enfrentar os desafios não é tarefa fácil. Conhecer bem o conteúdo de sua disciplina e trabalhar com os recursos tecnológicos pode não ser o suficiente. Entender um pouco do funcionamento do cérebro e como ocorre a aprendizagem pode ajudar nesta tarefa. Com esse conhecimento é possível desenvolver metodologias mais eficientes, capazes de despertar no aluno o interesse pela matéria e pelo aprendizado.

O cérebro armazena fatos separadamente, entre neurônios, e a aprendizagem ocorre quando esses fatos, associados através das sinapses, são propagados. “O ato de aprender é inato do ser humano. O aprender é biológico, mas a relação de aprendizagem é afetiva. É preciso que exista uma motivação, um interesse”, explica a psicopedagoga e psicanalista Marta Relva Pires, coordenadora do curso de neurociência pedagógica da Faculdade Integrada AVM-Candido Mendes.
A especialista, que é mestre em Anatomia e Fisiologia Humana, explica que existe a aprendizagem mecânica — aquela que passa pelos estímulos — e a emocional — que está relacionada à afetividade. “O aprender é biológico, ou seja, nascemos com essa capacidade, mas a relação de aprendizagem é afetiva. O aprender significa mudar de comportamento. A informação para ser processada precisa ter coerência para o aluno”, ressalta.
O cérebro possui uma grande plasticidade e, por isso, sofre alterações constantes. Essas alterações ocorrem quando ele é estimulado. É a partir desses estímulos que começa a aprendizagem. A primeira etapa é o estímulo sensorial, que será assimilado pelo cérebro de forma rápida e curta. Nesta etapa, a memória utilizada é a de curto prazo ou de trabalho (que armazena no cérebro informações conscientes por um curto período de trabalho). Alguns recursos como filmes e músicas podem ser utilizados como estímulo.
Associação de ideias
A fase seguinte exige o uso da memória de longo prazo, pois há a associação de fatos e ideias. “Nesta fase, lidamos com a questão da coerência e da afetividade. O aluno precisa compreender a importância do conteúdo. Ver sentido no que é apresentado. Uma forma de mostrar ao aluno a importância de um tema é levá-lo a investigar sobre o assunto; é não dar respostas, e sim apresentar questões”, diz a neurocientista.
Apresentar os conceitos de forma coerente, relacioná-los com o dia a dia do aluno são pontos fundamentais para despertar no jovem o interesse pelo que está sendo passado. “O aprender está no processo de reflexão, de análise. O cérebro retém o que acha importante. É preciso que a aula desperte o aluno.”
Provocar desafios, elaborar projetos de leitura, organizar debates, criar jogos com os assuntos debatidos, apresentar músicas, trabalhar conceitos são estratégicas que facilitam e tornam as aulas mais dinâmicas e interessantes para os jovens. “Essas aulas costumam ter bons resultados, pois os alunos sentem-se motivados a participar”, diz Marta Pires.
A última etapa neste processo é a fixação, que deve ser feita por meio de exercícios e também de ações. “Aprender significa mudar de atitude, de comportamento, senão o que temos é um conteúdo armazenado no cérebro”, diz a especialista, ressaltando, ainda, que a atitude do professor em sala faz a diferença.
Na visão da especialista, o professor que chega, senta e faz a chamada está na contramão do processo de aprendizagem. “Esse comportamento desmotiva o aluno, a ideia que passa é que o professor está cansado e desanimado. Acaba com a curiosidade do aluno.”
Outro erro, na avaliação da psicopedagoga, é o grito. “Gritar não é papel do educador. Ele deve ser o exemplo, por isso deve manter a postura”.
Para saber mais sobre o assunto: Neurociência e Educação - potencialidades dos gêneros na sala de aula (WAK Editora), Marta Relva Pires.
Fonte: Sinepe Rio

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Brasil...meu Brasil brasileiro....

HINO NACIONAL QUE CHORA


Autor desconhecido. Este texto foi atribuído a uma adolescente de Joinville, vencedora de um concurso de redação, cujo título recomendado pela professora foi: “Dai pão a quem tem fome!”.

“Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar: - O que houve, meu Brasil brasileiro? Perguntei-lhe! E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo... Vejam o que estão fazendo comigo: Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores; meu povo era heroico e os seus brados retumbantes; O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante...
Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?
Eu era a Pátria amada, idolatrada, havia paz no futuro e glórias no passado e nenhum filho meu fugia à luta... Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil... Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha “o peito” de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula...
Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?
Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo como uma criança dormindo em seu berço esplêndido....”
( Postado por João Bezerra)

A esperança de que tudo ainda pode mudar permanece... já está começando! E acima de tudo tenho amor pelo meu país e ao povo brasileiro!!!!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ansiedade

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Medo, preocupação, agonia, pavor, angústia, afobação: São muitos os nomes e formas de perceber o que na realidade é ansiedade .
Você é ansioso ?
- Você é daqueles que não conseguem viver sob pressão?
- Seu coração dispara quando olha o relógio?
- Acaba com o estoque da geladeira e nem sabe por quê?
- Quando marca uma viagem faz as malas uma semana antes?
- Está sempre correndo até mesmo quando não precisa?
- Fala muito rápido e percebe que os outros não acompanham seu raciocínio?
- Está sempre sofrendo, o coração dispara, sua frio, sem falar na dor de barriga nas horas mais impróprias?
Faça sua avaliação completa no final deste texto.
O que é ansiedade
Ansiedade é um estado psicológico, onde prevalece o estado de incertezas, aflição, angústia caracterizando-se por insegurança ou sentimento de que não conseguirá atingir suas metas.
Ansiedade também tem um lado positivo, pois é a ansiedade que te capacita a lutar ou fugir. São as nossas reações básicas, instintivas. Ansiedade num nível adequado é bom. É a ansiedade que te faz estudar para uma prova. É a ansiedade que te faz olhar para os dois lados para atravessar uma rua. Sem ansiedade você não iria vestir uma roupa adequada para procurar emprego por exemplo. Você acharia que o emprego está garantido e não precisaria de nenhum esforço. A ansiedade num nível adequado te motiva a fazer coisas boas  por você mesmo.
O problema é quando a ansiedade aparece na hora errada e na quantidade errada. Ansiedade demais paralisa, pois trava o cérebro, do diretor financeiro por exemplo, em plena apresentação de contas. Ansiedade trava as pernas dos jogadores no meio do jogo. Aquilo que você mais queria, o teu sucesso profissional, sucesso social ou financeiro vai tudo por água abaixo por causa da ansiedade.
Sinais da ansiedade
Os primeiros sinais de ansiedade você sente no seu corpo: O coração dispara, a mão treme, o suor corre pelo rosto e pelas mãos, dá dor de estômago, dá até diarréia. Tem gente que não consegue respirar direito. Tem gente que acha que vai desmaiar - a vista escurece.
Restam três opções: Ou a pessoa se retrai, tenta ficar quietinha num canto e não faz nada, ou a pessoa fica agressiva e coitado de quem estiver por perto, ou a pessoa acaba com depressão por se sentir incompetente.
Pensamentos distorcidos
Quando estamos ansiosos tendemos a procurar evidências - que muitas vezes não existem e por isso acaba distorcendo a realidade - de que corremos riscos tais como sofrer ferimentos, asfixia, ficar mortalmente doentes, sermos atacados por outras pessoas ou animais, sentir dor ou aversão, sofrer infortúnio (perdas ou privações) ou sermos socialmente rejeitados e excluídos.
Para o ansioso cinco minutos é uma eternidade, impossível esperar por alguma coisa.
O ansioso pensa muito rápido, mas perde qualidade em suas percepções e acaba julgando de forma errada as informações do ambiente, por exemplo, um olhar torto vindo por parte de algum colega já é considerado como uma condenação. Isto é chamado “Pensamento automático” - quanto mais ansiosa a pessoa for mais pensamentos automáticos distorcidos ela terá.
É por isso que dizemos que a ansiedade é o “parente” próximo do medo, da preocupação e da previsão negativa.
Os pensamentos de ansiedade  são de total fracasso. “Sou incapaz... não vai dar certo... todo mundo vai rir de mim... vão me achar ridículo!” O ansioso antecipa situações e se vê gaguejando, imagina desastres, todo um filminho de terror passa por sua mente acreditando que passará por um baita vexame na frente de todo mundo.
Só que ficar imaginando tudo o que pode dar errado pode ser um tiro no pé, pois isso cria um estado psicológico tal que a própria pessoa coloca tudo a perder. Isso é autoboicote pois a pessoa começa a "provar" pra ela mesmo que ela é uma incompetente, ela começa a lembrar de situações do arco da velha que "provam" que  não consegue falar na frente das pessoas,  começa a lembrar por ex. do jardim da infância quando deu vexame na frente da sala toda. E assim ele mesmo se coloca numa situação em que fica psicologicamente predisposto a falhar. Aí ele pensa “Tá vendo... eu venho falhando desde a infância... eu é que não vou me arriscar aqui....não vou fazer a apresentação, ou vou colocar alguém pra falar no meu lugar”.
O que fazer para controlar a ansiedade?
Uma coisa que você  precisa saber é que é possível para tomar as rédeas da sua própria cabeça.
Tomar as rédeas de suas emoções é não se deixar levar pela ansiedade . Como? Na psicoterapia existem uma série de técnicas chamadas métodos cognitivos. É um treinamento onde você percebe que consegue controlar seus sentimentos por meio do pensamento direcionado.
Outra técnica que te ajuda a bloquear os pensamentos  ansiosos  é a reestruturação cognitiva, onde você aprende a fazer o bloqueio consciente dos pensamentos derrotistas e substitui-los por outros mais realistas. Não pense que é pensamento positivo, é aprender a lidar com a realidade e não inventar uma realidade paralela que em pouco tempo cai por terra.
Outra técnica que eu uso em psicoterapia é a dessensibilização sistemática, que ajuda muito a controlar a ansiedade em situações práticas como por exemplo falar em publico.
E por fim a psicologia também desenvolveu técnicas para ajudar com os sintomas físicos, que são tremor, suor, taquicardia, etc.
TESTE SUA ANSIEDADE
Marque o numero apropriado para indicar como se sente geralmente:
Quase nunca (0)             Às vezes (1)       Freqüentemente (2)        Quase sempre (3)
..... Sou uma pessoa instável
..... Não estou satisfeito comigo mesmo
..... Sinto-me nervoso e inquieto
..... Gostaria de ser tão feliz quanto os outros parecem ser
..... Sinto-me um fracasso
..... Entro num estado de tensão e tumulto quando reflito sobre minhas preocupações e interesses recentes
..... Sinto-me inseguro
..... Não tenho auto confiança
..... Sinto-me inadequado
..... Tenho a sensação de que algo ruim irá acontecer
..... Tenho reação de sobressalto, me assusto facilmente quando alguém chega sem fazer barulho
..... Choro fácil
..... Apresento tremores
..... Tenho medos (escuro, pessoas desconhecidas, estar abandonado, animais, transito, multidões, etc)
..... Meu humor está depressivo, estou sem interesse pelas coisas que antes eu me interessava
..... Variações de humor, num momento estou bem e em outro muda tudo
..... Tenho dores, câimbras, ranger de dentes, etc
..... Zumbido no ouvido, visão embaçada, acessos de calor ou frio, sensação de fraqueza ou formigamento
..... Taquicardia ou dor no peito
..... Peso no peito ou falta de ar
..... Azia, dor no estomago, queimação, náusea, vômito, dificuldade para engolir, perda de peso
..... Miccção freqüente, urgência de miccção, frigidez ou ejaculação precoce
..... Boca seca, rubor facial, palidez, vertigem, sudorese, cefaléia
..... Durante uma conversa com alguém pouco familiar: Tenso, desconforto, agitação nas mãos, tremor, respiração rápida
..... Percebo que sou muito preocupado e não consigo relaxar, até mesmo com coisas sem muita importância
..... Me sinto inquieto, tenho os “nervos à flor da pele”
..... Me sinto constantemente cansado
..... Tenho dificuldade em me concentrar em leituras, filmes, etc.
..... Tenho “brancos” , tento lembrar de coisas simples e não consigo
..... Ando irritado
..... Problemas com o sono como dificuldade para adormecer, acordo no meio da noite, pesadelos, etc
..... Tenho dores musculares mesmo sem fazer exercícios físicos
Envie seu resultado pelo formulário agende sua consulta.
Espero que minhas dicas tenham te ajudado. Me coloco à disposição para te ajudar nessa jornada através da  psicoterapia  .

Medo, preocupação, agonia, pavor, angústia, afobação

São muitos os nomes e formas de perceber o que na realidade é ansiedade .


Você é ansioso ? - Você é daqueles que não conseguem viver sob pressão? - Seu coração dispara quando olha o relógio? - Acaba com o estoque da geladeira e nem sabe por quê? - Quando marca uma viagem faz as malas uma semana antes? - Está sempre correndo até mesmo quando não precisa? - Fala muito rápido e percebe que os outros não acompanham seu raciocínio? - Está sempre sofrendo, o coração dispara, sua frio, sem falar na dor de barriga nas horas mais impróprias?Faça sua avaliação completa no final deste texto. O que é ansiedade? Ansiedade é um estado psicológico, onde prevalece o estado de incertezas, aflição, angústia caracterizando-se por insegurança ou sentimento de que não conseguirá atingir suas metas.Ansiedade também tem um lado positivo, pois é a ansiedade que te capacita a lutar ou fugir. São as nossas reações básicas, instintivas. Ansiedade num nível adequado é bom. É a ansiedade que te faz estudar para uma prova. É a ansiedade que te faz olhar para os dois lados para atravessar uma rua. Sem ansiedade você não iria vestir uma roupa adequada para procurar emprego por exemplo. Você acharia que o emprego está garantido e não precisaria de nenhum esforço. A ansiedade num nível adequado te motiva a fazer coisas boas  por você mesmo. O problema é quando a ansiedade aparece na hora errada e na quantidade errada. Ansiedade demais paralisa, pois trava o cérebro, do diretor financeiro por exemplo, em plena apresentação de contas. Ansiedade trava as pernas dos jogadores no meio do jogo. Aquilo que você mais queria, o teu sucesso profissional, sucesso social ou financeiro vai tudo por água abaixo por causa da ansiedade.


Sinais da ansiedade


Os primeiros sinais de ansiedade você sente no seu corpo: O coração dispara, a mão treme, o suor corre pelo rosto e pelas mãos, dá dor de estômago, dá até diarréia. Tem gente que não consegue respirar direito. Tem gente que acha que vai desmaiar - a vista escurece. Restam três opções: Ou a pessoa se retrai, tenta ficar quietinha num canto e não faz nada, ou a pessoa fica agressiva e coitado de quem estiver por perto, ou a pessoa acaba com depressão por se sentir incompetente. 
Pensamentos distorcidos. Quando estamos ansiosos tendemos a procurar evidências - que muitas vezes não existem e por isso acaba distorcendo a realidade - de que corremos riscos tais como sofrer ferimentos, asfixia, ficar mortalmente doentes, sermos atacados por outras pessoas ou animais, sentir dor ou aversão, sofrer infortúnio (perdas ou privações) ou sermos socialmente rejeitados e excluídos.Para o ansioso cinco minutos é uma eternidade, impossível esperar por alguma coisa.O ansioso pensa muito rápido, mas perde qualidade em suas percepções e acaba julgando de forma errada as informações do ambiente, por exemplo, um olhar torto vindo por parte de algum colega já é considerado como uma condenação. Isto é chamado “Pensamento automático” - quanto mais ansiosa a pessoa for mais pensamentos automáticos distorcidos ela terá. É por isso que dizemos que a ansiedade é o “parente” próximo do medo, da preocupação e da previsão negativa.Os pensamentos de ansiedade  são de total fracasso. “Sou incapaz... não vai dar certo... todo mundo vai rir de mim... vão me achar ridículo!” O ansioso antecipa situações e se vê gaguejando, imagina desastres, todo um filminho de terror passa por sua mente acreditando que passará por um baita vexame na frente de todo mundo. Só que ficar imaginando tudo o que pode dar errado pode ser um tiro no pé, pois isso cria um estado psicológico tal que a própria pessoa coloca tudo a perder. Isso é autoboicote pois a pessoa começa a "provar" pra ela mesmo que ela é uma incompetente, ela começa a lembrar de situações do arco da velha que "provam" que  não consegue falar na frente das pessoas,  começa a lembrar por ex. do jardim da infância quando deu vexame na frente da sala toda. E assim ele mesmo se coloca numa situação em que fica psicologicamente predisposto a falhar. Aí ele pensa “Tá vendo... eu venho falhando desde a infância... eu é que não vou me arriscar aqui....não vou fazer a apresentação, ou vou colocar alguém pra falar no meu lugar”.


O que fazer para controlar a ansiedade?


Uma coisa que você  precisa saber é que é possível para tomar as rédeas da sua própria cabeça. Tomar as rédeas de suas emoções é não se deixar levar pela ansiedade . Como? Na psicoterapia existem uma série de técnicas chamadas métodos cognitivos. É um treinamento onde você percebe que consegue controlar seus sentimentos por meio do pensamento direcionado. Outra técnica que te ajuda a bloquear os pensamentos  ansiosos  é a reestruturação cognitiva, onde você aprende a fazer o bloqueio consciente dos pensamentos derrotistas e substitui-los por outros mais realistas. Não pense que é pensamento positivo, é aprender a lidar com a realidade e não inventar uma realidade paralela que em pouco tempo cai por terra. Outra técnica  em psicoterapia é a dessensibilização sistemática, que ajuda muito a controlar a ansiedade em situações práticas como por exemplo falar em publico. E por fim a psicologia também desenvolveu técnicas para ajudar com os sintomas físicos, que são tremor, suor, taquicardia, etc.


TESTE SUA ANSIEDADE


Marque o numero apropriado para indicar como se sente geralmente:
Quase nunca (0)             Às vezes (1)       Freqüentemente (2)        Quase sempre (3)
..... Sou uma pessoa instável
..... Não estou satisfeito comigo mesmo
..... Sinto-me nervoso e inquieto
..... Gostaria de ser tão feliz quanto os outros parecem ser
..... Sinto-me um fracasso
..... Entro num estado de tensão e tumulto quando reflito sobre minhas preocupações e interesses recentes
..... Sinto-me inseguro
..... Não tenho auto confiança
..... Sinto-me inadequado
..... Tenho a sensação de que algo ruim irá acontecer
..... Tenho reação de sobressalto, me assusto facilmente quando alguém chega sem fazer barulho
..... Choro fácil
..... Apresento tremores
..... Tenho medos (escuro, pessoas desconhecidas, estar abandonado, animais, transito, multidões, etc)
..... Meu humor está depressivo, estou sem interesse pelas coisas que antes eu me interessava
..... Variações de humor, num momento estou bem e em outro muda tudo
..... Tenho dores, câimbras, ranger de dentes, etc
..... Zumbido no ouvido, visão embaçada, acessos de calor ou frio, sensação de fraqueza ou formigamento
..... Taquicardia ou dor no peito
..... Peso no peito ou falta de ar
..... Azia, dor no estomago, queimação, náusea, vômito, dificuldade para engolir, perda de peso
..... Miccção freqüente, urgência de miccção, frigidez ou ejaculação precoce
..... Boca seca, rubor facial, palidez, vertigem, sudorese, cefaléia
..... Durante uma conversa com alguém pouco familiar: Tenso, desconforto, agitação nas mãos, tremor, respiração rápida
..... Percebo que sou muito preocupado e não consigo relaxar, até mesmo com coisas sem muita importância
..... Me sinto inquieto, tenho os “nervos à flor da pele”
..... Me sinto constantemente cansado
..... Tenho dificuldade em me concentrar em leituras, filmes, etc.
..... Tenho “brancos” , tento lembrar de coisas simples e não consigo
..... Ando irritado
..... Problemas com o sono como dificuldade para adormecer, acordo no meio da noite, pesadelos, etc
..... Tenho dores musculares mesmo sem fazer exercícios físicos



http://www.marisapsicologa.com.br/ansiedade.html

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A necessária "disciplina".

Garcia comenta sua visita ao CEAT - Lajeado



O perigo do deserto
  • Acabo de dar uma aula a uma turma de Filosofia, na escola onde me formei em Contabilidade, em Lajeado, Rio Grande do Sul. Minhas primeira palavras foram a constatação triste de uma diferença: "Quando eu estudava aqui, e entrava um convidado na sala de aula, todos nos levantávamos". A constatação não fez outro efeito que provocar a satisfação de um professor e talvez certo constrangimento do diretor.

    Ao comentar o episódio com amigos, no dia seguinte, fiquei sabendo de que num município da Grande Porto Alegre, Viamão, um aluno pixara a parede recém pintada da escola. A professora, para dar-lhe a necessária lição, estabeleceu como castigo que o adolescente repintasse a parede que sujara. O pai do aluno mal-educado reclamou, foi à Justiça, e a professora foi condenada por maus-tratos.

    Sabe-se que alunos ameaçam professores - até de morte. E os matam, como já vi em Brasília. Professores são agredidos por alunos - e os pais, em vez de corrigir suas criaturas mal-criadas, apoiam os desordeiros. Por isso não surpreende que até professores demagogos e populistas, tenham se manifestado ao lado dos arruaceiros que invadiram a reitoria da USP. Como se a presença da polícia no câmpus obnubilasse as luzes que se espera sejam geradas pela universidade.

    Confundem liberdade de pensar e de criar com liberdade para assaltar, matar, destruir ou fumar maconha.
    No geral, é uma covardia lesa-pátria a atitude de professores de abrir mão da disciplina, ainda que algum juíz do ridículo politicamente correto dê ganho de causa para um aluno pixador. É bom lembrar esses professores frouxos que a definição de populismo é "a degradação da democracia". Portanto, estão desensinando os conceitos de liberdade, democracia e cidadania - que não sobrevivem sem disciplina. A ausência de disciplina é um cavalo de tróia para a desordem, a anarquia.

    Não pensem que isso afeta apenas as crianças, os adolescentes, os jovens. Como esse mal já vem de mais de uma geração, chegou até ao ministério da República. Vocês devem ter se chocado com a falta de educação do Ministro do Trabalho. Inclusive, como lembrou o escritor João Ubaldo, com o tuteio de Lupi em "Eu te amo, Dilma."
    Como assim, cadê o respeito? Até Marilyn Monroe, que tinha um caso com o presidente Kennedy, quando cantou o famoso "Parabéns", foi respeitosa: "Happy birthday, mister president". Para aprender, é preciso se disciplinar. E ensinar é disciplinar. A natureza nos dá a lição. Desrespeitada, devolve o deserto. Sem respeito, sem ordem, sem disciplina, não há direitos, só a bagunça do deserto de civilidade.
    Quem quiser viver na selvageria, que continue a se acovardar diante da desordem.  
 Alexandre Garcia é jornalista em Brasília e escreve semanalmente em Só Notícias

domingo, 26 de agosto de 2012

Disléxicos tem chance no vestibular?

 


Entre as características dos disléxicos podemos citar a lentificação do processamento de informações, principalmente relacionadas à leitura, escrita e interpretação de textos.
Isto se dá devido ao processo de leitura utilizado pelo disléxico, que ativa áreas do cérebro não especializadas para esta função, fazendo a ...tarefa ser um processo de decodificação não automatizado, o que leva à lentificação da resposta e ao cansaço excessivo relatado por alunos com dificuldades de aprendizagem em tarefas de leitura e escrita, principalmente as mais demoradas como, por exemplo, as provas de vestibular.
Sendo assim como proceder em relação ao processo de seleção utilizado pelas faculdades e universidades?
Já existe um consenso entre as principais instituições de ensino do Brasil de que se deve dar ao disléxico condições diferenciadas por ocasião do vestibular. E quais são estas condições?
A principal delas é um maior tempo para a realização da prova (cerca de uma hora e trinta minutos a mais).
Esta condição é fundamental se levarmos em conta a diferença apresentada pelos disléxicos em relação à velocidade de trabalho (na leitura e escrita).
Além disso, é oferecido ao disléxico o direito de ter um ledor à sua disposição. Este ledor, de preferência uma pessoa que tenha bom conhecimento do distúrbio, realiza a leitura da prova para o aluno e este, com este recurso, processa a informação mais rapidamente e registra sua resposta. O ledor não interfere nesta escolha.
Este assistente de prova pode ainda revisar as anotações na folha de resposta, pois como no quadro da dislexia existe uma dificuldade de atenção, o aluno poderia marcar a resposta certa no caderno e transcrever de forma errada para a folha de respostas (que é a que realmente conta para a apuração). O assistente faria então a conferência da transcrição. Vale lembrar que além da dislexia é frequente coexistir o quadro de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade , tornando ainda mais necessária essa revisão da folha de respostas.
O ledor pode ainda ser auxiliar na redação (um dos maiores obstáculos para o disléxico numa prova de vestibular). Umas das formas de auxiliar neste momento é o aluno elaborar a redação e ditar para o ledor escrever. A nota ponderada também pode ter critério diferenciado.
Há universidades que disponibilizam ainda o uso de calculadoras. Vamos explicar...
Uma vez que os disléxicos encontram dificuldade em decorar, são mais lentos em realizar operações matemáticas, pois fazem o roteiro completo das tabuadas para cada conta que fazem (o que, é claro, leva muito mais tempo). E ainda existe a questão da interpretação do enunciado, que pode levar tempo (lembre-se que o texto precisa ser decodificado).
Essas condutas diferenciadas não colocam os disléxicos em melhores condições do que os demais alunos ao acesso à universidade, mas os colocam em condições de igualdade, considerando suas (dos disléxicos) necessidades diferenciadas para expressarem os conhecimentos adquiridos.
Pode-se observar que estas condições e possibilidades têm feito muita diferença em relação à autoestima das pessoas com dificuldades de aprendizagem, colocando-os aptos a galgarem posições que de outra forma talvez não pudessem alcançar.
O valor do profissional disléxico já tem despertado o interesse inclusive de grandes empresas que também estão oferecendo estas mesmas condições diferenciadas aos disléxicos que participarem de concurso público para ingresso nos quadros de funcionários.
A ABD – Associação Brasileira de Dislexia tem profissionais capacitados que têm exercido esta função de ledor ou assistente nas provas de vestibular e concurso público ou orientado as instituições de ensino e empresas interessadas.
É importante citar que estas condições diferenciadas devem ser solicitadas pelos interessados por ocasião de inscrição para o vestibular ou concurso público, além de apresentarem laudo conclusivo constando o diagnóstico de dislexia realizado por equipe multidisciplinar especializada.
Por:Maria Inez Ocanã De Luca, Psicóloga - Pós-graduada em Aprendizagem com foco em saúde
Mestre em Psicologia da Saúde, Especializada em Neuropsicologia
inez.deluca@dislexia.org.br
Fonte: http://www.dislexia.org.br/material/artigos/artigo034.htm

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Bastante interessante e esclarecedor este texto escrito por  Juliana Szabluk ( copiei do facebook).
                 

     UM ALERTA URGENTE AOS PAIS E PROFESSORES...


GERAÇÃO RITALINA -> Ligo a TV e, pra minha surpresa, vejo uma matéria sobre a venda livre de ritalina em Porto Alegre. Usei ritalina por muitos anos. Usei ritalina não porque sou dependente química, mas porque era dependente do modo de vida que exigia ritalina. Larguei a ritalina quando ela começou a ser o remédio mais difícil de encontrar. RITALINA SEMPRE EM FALTA. "Vendo mais ritalina do que aspirina", diz o farmacêutico. Pois é, pessoal. Uma triste realidade que parece loucura para meus novos amigos, mas uma realidade massiva nas novas gerações, que tanto pesquiso e amo.

Ritalina é o remédio pra déficit de atenção e hiperatividade. Ela trabalha no córtex cerebral, aumenta o fluxo de dopamina e noradrenalina, neurotransmissores que funcionam mal em pessoas com déficit de atenção. Mas é a geração que ama correr, que ama consumir sexo, consumir festa, consumir chocolate, que ama consumir tudo muito rápido, tudo ao mesmo tempo, tudo motivado pela dopamina. Ode à dopamina! Nos anos 90, éramos todos bipolares de acordo com a medicina e a mídia. Nos anos 2000, tínhamos déficit de atenção: toca ritalina na criança! Ela tem DDA.

DÉFICIT DE ATENÇÃO? Eu fui professora sete anos da minha vida e dava aulas pra essas crianças e adolescentes. Eram centenas de jovenzinhos correndo e gritando ao redor. Conversei com cada um deles e ninguém está desenvolvendo tais doenças. O que acontece é consequência natural do modo de vida atual. Nossos parâmetros não acompanham a mudança estrutural do próprio cérebro. Queremos ter o cérebro do artesão na era da separação máxima, a separação da experiência de vida do próprio indivíduo. TOCA RITALINA NA CRIANÇA. Ela emagrece, foca, fica quietinha e produz que é uma beleza.

NÃO EXISTE DÉFICIT DE NADA, EXISTE UM SISTEMA IMPOSSÍVEL DE VIDA. Acordar 6am e ser paga pra pensar, pensar o dia inteiro e concluir o dia pensando na faculdade até 23h. Pensar com prazo, pensar pra ontem. Pensa isso, lê isso, sabe aquilo, decora aquilo outro, o sistema do conhecimento exige potencializadores cerebrais, OBVIAMENTE. Não é à toa que descobrimos as falhas no córtex das novas gerações. Mal posso esperar a vinda de Susan Greenfield ao Brasil este ano. O que está acontecendo com o cérebro dos jovens?

É UM NOVO CÉREBRO, NÃO UM CÉREBRO DOENTE.
Não existe mais emoção alguma nas coisas que fazemos, é isso que eu concluo. Símbolos se tornaram ícones, situações se tornaram fatos. Consequentemente, a memória de curta duração se expande e a memória de longa duração se perde. Trabalha, memória de curta duração!!! Decora fatos, ícones, nomes, imagens. É isso que te forma. É isso que forma teus dias. E é o que mais ouvimos:

O BOM DA TECNOLOGIA É QUE PODEMOS FAZER TUDO AO MESMO TEMPO. É a frase favorita da geração Milênio, a geração da perda de significado, como tem sido chamada por grupos de psicólogos. Sem significado, sem memória de longa duração. Trabalhando na curta, precisamos da ritalina pra focarmos, pra não esquecermos o que fizemos há 5min.

Eu tive provas exigindo o placar do jogo do Grêmio de ontem. No mesmo dia, me exigiam redações emotivas sobre qualquer coisa que também não fazia parte de mim. Não existe coerência alguma e o conhecimento é sempre descontextualizado. A culpa não é da academia. A culpa é de todos nós, que aceitamos o modo de vida do conhecimento separado. Ah, Fedro. Teu diálogo nos avisava que o primeiro livro faria isso conosco. Mas, mesmo que o livro seja a primeira tecnologia da inteligência a separar o conhecimento, a culpa não é do livro. A culpa é nossa por viver os fatos cotidianos como histórias em livros. Tragédia x catarse em seu ápice. Taí a consequência que pedimos há séculos. Finalmente, estamos separados de tudo. Finalmente, não temos ligação com os próprios fatos que vivemos. Finalmente, preciso de uma droga pra me ligar à minha própria vida.

A culpa é nossa por aceitarmos cada experiência de vida como instagram. Por viver cada momento como um show no palco, como uma festa no álbum do face, como um relacionamento que se apaga no status. Preciso lembrar/preciso esquecer. São as chaves da era da rede. Adiciona/exclui. Brincamos com o cérebro como cobaias num experimento.

GERAÇÃO RITALINA, a geração sem foco, a geração sem significado, a geração sem memória de longa duração, a geração ícone, geração fato, geração manchete, geração avatar facilmente deletável. Não adianta se opor à Ritalina. Quanto mais lutamos contra a indústria farmacêutica, mais ela cresce, porque ela é consequência de um modo de vida que pedimos diariamente. Tua contradição alimenta a indústria.

Ode ao texto que escrevi no perfil antigo e que apavorou todo mundo: eu não uso drogas, minha vida é uma droga. Nada é mais verdadeiro do que isso. Nossa vida é a droga, a ritalina é uma consequência da nossa aceitação e potencialização do sistema. Se não querem ritalina, mudem todo sistema, que já está falido mesmo. Quanto mais falido o sistema das imagens, mais as novas gerações potencializam as imagens.

OS PAIS PERMITEM E SE APAVORAM COM O USO DE DROGAS. Pai, menos. Tu aceitou isso, agora abraça o kit que tu deu pro teu filho. Teu filho é parte do sistema com o teu aval. Teu filho é a geração da ode à dopamina.

E eu...? Eu cortei até o chá de São João. Nenhuma ina no meu corpo será permitida. Dia após dia, corto mais e mais. Meu objetivo é a saída total disso daqui. Fim de ritalina, nicotina, cafeína, taurina, efedrina, dopamina. Fim de imagem, separação, contradição. Quanto menos ina no meu corpo, melhor. É o que eu posso fazer pelo mundo, por mim, por ti e por meus filhos. Não adianta lutar contra a indústria quando tudo está interligado. Não existe separação. Tua luta separada contra a indústria alimenta a indústria da separação.

Beijo pra quem fica e ótimo dia pra nós!
Dia de filosofia com o britânico Simon Blackburn.
Pra que serve a filosofia? – pergunta Blackburn... Pra eu saber que cada ato meu no mundo é uma guerra amorosa contra este sistema.

domingo, 19 de agosto de 2012

As demandas de aprendizagem na adolescência



Os desafios e as demandas de aprendizagem se modificam, significativamente, durante a adolescência. As exigências sobre a atenção, neste período, requerem energia mental mais consistente e sustentada, processar mais eficazmente a informação e ter uma habilidade marcadamente maior para produzir trabalho escolar. Os adolescentes precisam mais técnica para lembrar, recordar e reunir informação nova, como regras mnemônicas e associações visuais. Os novos desafios visuais/espaciais incluem maiores exigências de raciocínio não verbal, estratégias de visualização e familiaridade com a interpretação e produção de representação gráfica e informação.
Nesta etapa do desenvolvimento, assume-se que as aptidões seqüenciais incluem a capacidade de classificar, adequadamente, o trabalho, prever o que é necessário para efetuá-lo, elaborar esquemas realistas para concretizar tarefas a longo prazo e organizar o trabalho escolar no contexto de uma vida ocupada com mais demandas sociais e atividades externas. As exigências lingüísticas requerem maior ênfase na linguagem abstrata, a aprendizagem de um segundo idioma, um raciocínio verbal mais complexo e uma demanda consideravelmente maior de fluidez na linguagem escrita.
As aptidões neuromotoras exigem escrever rápido, tomar notas e manejar um teclado de computador. Se a escrita não for automática, ou for lenta demais, a produção pode ficar seriamente afetada. O aumento das exigências cognitivas inclui a capacidade de resolver problemas avançados e maior habilidade para manejar conceitos abstratos. O transtorno por déficit de atenção e hiperatividade pode, também, ocorrer em adolescentes e tem três subtipos: predominância de desatenção, predominância de hiperatividade e impulsividade e combinado. Nos dois últimos, com freqüência, são os professores os que alertam os pais, sendo o problema posteriormente encaminhado ao psiquiatra de crianças e adolescentes. O tipo predominantemente desatento, amiúde não é detectado. Manifesta-se, fundamentalmente, através de dificuldades no desempenho escolar, com uma produção de trabalho lenta, apresentando-se, em geral, ao mesmo tempo que sintomas de ansiedade ou depressão.
O transtorno por déficit de atenção e hiperatividade – TDAH – apresenta-se de modo diferente na adolescência em comparação com a infância. Entre os adolescentes, freqüentemente, a hiperatividade é menor e o distúrbio caracteriza-se mais por impulsividade contínua, rendimento pobre e fracasso escolar. As deficiências sociais anteriores são mais notórias na medida em que as más relações com os companheiros tornam-se mais evidentes e significativas, justamente em pleno processo de amadurecimento, no qual a aceitação pelo grupo de amigos adquire maior importância. Devido à contínua impulsividade, os comportamentos de alto risco na infância convertem-se em comportamento de risco extraordinariamente altos na adolescência. Os desafios às regras menores ou ao intento de pôr limites dos pais na infância precoce e média, convertem-se, agora, em abuso de drogas, delinqüência, atividade sexual precoce e sem proteção, e comportamento anti-social repetido.
O diagnóstico e tratamento dos distúrbios da atenção do adolescente associam-se a vários fatores que complicam a situação. Devido ao processo de separação e individualização do adolescente, os pais podem não ter uma boa fonte de informação. A comunicação do estudante com os professores geralmente se complica ao ter vários professores, nenhum dos quais pode conhecê-lo o suficiente como para estabelecer necessidades específicas de aprendizagem.
Os fatores que favorecem um bom prognóstico em adolescentes com TDAH são a avaliação e a intervenção precoces; compreensão e aceitação próprias de problemas; uma família que apóia e um sistema escolar compreensivo e compatível com o nível de desenvolvimento.
Outras causas
Outros fatores podem provocar distúrbios do aprendizado na adolescência, como por exemplo, o uso de drogas e álcool durante o período gestacional possibilitando distúrbios da atenção e da capacidade cognitiva. O mesmo acontece com a exposição significativa a substâncias tóxicas como o chumbo. Os problemas auditivos e visuais, especialmente quando não identificados, podem ser causas de mau rendimento escolar e subseqüentes problemas de comportamento. Além disso, determinados medicamentos, como alguns antialérgicos e medicamentos contra a asma podem induzir à lentidão no processo cognitivo e causar problemas de atenção no colégio.
Pode também acontecer, que adolescentes com um funcionamento intelectual bordeline – QI entre 70 e 85 – não tenham sido identificados na infância ou tenham sido rotulados como “alunos lentos”. Podem não preencher os critérios para receber uma ajuda especial do sistema escolar porque seus resultados acadêmicos não discrepam, significativamente, de suas habilidades cognitivas (QI). Estes adolescentes são, especialmente, propensos ao fracasso escolar quando o sucesso demanda uma habilidade muito maior para organizar, planejar, completar e entregar trabalhos e depende da disponibilidade e utilização de muitas aptidões cognitivas de nível mais alto.
Alguns adolescentes podem apresentar distúrbios emocionais e de comportamento, que se caracterizam por perda do autocontrole e desafio às solicitações e regras dos adultos. Estes adolescentes culpam a outros pelos próprios erros, são obscenos, e têm facilidades para serem sensíveis ou aborrecerem-se, zangarem-se, sentirem ressentimentos e rancores e serem vingativos. Durante a adolescência estes atributos podem conduzir a um aumento de conflitos na escola e no lar à medida em que se torna notória a individuação no processo de desenvolvimento.
Outro ponto de grande importância é que os distúrbios depressivos nos adolescentes amiúde não são identificados por pais e professores e podem apresentar-se como fracasso escolar inespecífico e/ou isolamento social.


Alfredo Castro Neto
Psiquiatra infantil



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PAVOR DE CÁLCULOS

Crianças que mostram dificuldades com números podem sofrer de ansiedade matemática

Minha filha Flora tinha apenas seis anos quando me contou que não conseguia entender nada das aulas de matemática. Nós abordamos a questão na reunião de pais seguinte, e nos foi assegurado que o desempenho dela estava bom. Começamos a notar, porém, que Flora, às vezes, fazia suposições completamente ilógicas ao tentar realizar somas básicas e era facilmente confundida por qualquer coisa numérica.

Até Flora mudar para uma nova escola, suas dificuldades não haviam sido identificadas. Então, um abismo entre seu desempenho na alfabetização e na matemática apareceu, nos fazendo suspeitar que ela poderia ter descalculia, um tipo de dislexia com números. Nós a levamos a um especialista, que deixou claro que, apesar de Flora não ter o problema, sua matemática era muito fraca. Ela aconselhou que nossa filha não tivesse aulas da disciplina em uma turma convencional. Em desespero, fomos a um psicólogo e descobrimos que os problemas de Flora não eram uma questão de capacidade, mas de ansiedade.

Acredita-se que a ansiedade matemática, o sentimento de medo em relação a cálculos, afete muitas crianças. O problema foi identificado pela primeira vez nos anos 1950, mas a maneira como seu impacto devastador afeta a performance só ficou evidente agora. Pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA, fizeram exames para ver o que acontece no cérebro de crianças com ansiedade matemática. Descobriram que elas respondem aos cálculos da mesma forma que pessoas com fobias costumam reagir a cobras ou aranhas, mostrando aumento da atividade nos centros ligados ao medo. Isso, por sua vez, provoca redução de atividade nas áreas responsáveis pela resolução de problemas, tornando difícil chegar às respostas certas.

Vinod Menons, o professor que liderou o projeto, explica seu significado:

– A pesquisa é importante por ser a primeira a identificar os fundamentos neurológicos e de desenvolvimento da ansiedade matemática, e nossos resultados têm implicações significativas para a identificação precoce e o tratamento do problema. Também é importante porque mostra que a ansiedade matemática nas crianças é real e precisa ser tratada se persistir.

Não há ferramentas para estabelecer diagnósticos formais. Além disso, dizer para uma criança que ela tem um problema pode afetar ainda mais sua produtividade, de acordo com Mike Ellicock, diretor-executivo da organização filantrópica National Numeracy:

– Rotular e categorizar crianças entre os que podem e os que não podem fazer cálculos não ajuda. Mas, com incentivo e apoio da maneira correta, todos podem atingir um bom nível.

O fato de constantemente enxergarmos a matemática como algo para poucos gênios também atrapalha. A disciplina envolve respostas que são certas ou erradas, e métodos de ensino centrados em respostas rápidas, aritmética mental e resoluções de cálculos dadas em frente aos colegas são inúteis para os menos confiantes. A maioria dos professores entende que a confiança é tão importante quanto a competência quando se trata de matemática.

Tradução: Paloma Poeta


Exercícios de relaxamento
 Especialistas da área, como o professor David Sheffield, do Centro Universitário Derby de Pesquisas Psicológicas, um dos maiores entendidos em ansiedade matemática na Grã-Bretanha, acredita que o impacto do problema pode durar a vida inteira. Então, o que fazer?

– A primeira coisa a se dizer é para não fazer mais cálculos. Não é provável que mais matemática funcione, porque esse é o causador da ansiedade. Tente lidar com o problema usando métodos simples, como relaxamento e exercícios de respiração. Fizemos um estudo em que colocamos as pessoas em exercícios de relaxamento. Os níveis de ansiedade caíram, e elas foram capazes de resolver mais problemas – diz.

Para Flora, uma ajuda extra para redescobrir o básico e uma abordagem suave na nova escola começaram a gerar benefícios, e ela passou a acompanhar as lições gradualmente. Flora tem estado mais feliz e menos estressada, o que Michael Roach, seu diretor na escola John Ball, aponta como o possível segredo:

– O que temos observado nos últimos anos é que a luta contra a ansiedade e a melhora na autoestima das crianças podem ser a chave, já que aumentam a confiança. Uma vez que a ansiedade se estabelece, pode ser muito desafiador vencê-la. Trabalhamos arduamente para tornar a matemática relevante dentro de um contexto da vida real e, acima de tudo, divertida.

KATE BRIAN | The Guardian

Fonte: Jornal Zero Hora