segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dificuldades de aprendizagem

Quais as principais dificuldades de aprendizagem ?

Para muitos, as expressões “dificuldade” e “transtorno” de aprendizagem têm o mesmo significado. Mas vale enfatizar que são dois problemas diferentes e que se manifestam e devem ser tratadas de maneiras distintas.
dificuldadesAs dificuldades de aprendizagem, normalmente, estão relacionadas a fatores externos que acabam interferindo no processo do aprender do estudante, como a metodologia da escola e dos professores, a influência dos colegas…
Em contrapartida, os transtornos, normalmente, estão intrínsecos e fazem parte do aluno, seja uma disfunção neurológica, química, fatores hereditários, imaturidade…
Partindo do princípio que, para muitos, dificuldades e transtornos têm o mesmo significado, podemos citar quais são as principais dificuldades de aprendizagem:
Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade: é um problema de desatenção com ou sem hiperatividade (quando a criança é agitada e não consegue parar quieta. Elas se machucam com mais frequência, não têm paciência, interrompem conversas…;
Discalculia: dificuldade de aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; dificuldade de entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências; classificar números…;
Dislalia: um distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas;
Disortografia: dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita, é um transtorno específico da grafia que, geralmente, acompanha a dislexia.
Ainda que muitos pensem que transtorno dificuldade de aprendizagem seja o mesmo, é importante ter conhecimento sobre a diferença entre eles. Antes de procurar um professor particular para o seu filho, busque um diagnóstico clínico para saber quais os seus problemas de aprendizagem. Confundir transtorno com dificuldades pode acarretar sérios problemas na vida do sujeito e tratá-los da mesma maneira, provavelmente, não surtirá o efeito desejável.
psicopedagogo é um profissional especializado para diagnosticar os problemas no processo de aprendizagem do estudante, caso você queira descobrir quais os problemas de aprendizagem de seu filho, entre em contato (...)
 Por Anne Mascarenhas

segunda-feira, 18 de maio de 2015

10 sinais e características da DISLEXIA

Muitas crianças tem dificuldade de aprendizagem, neste caso, seria  ideal  que todas fossem testadas para detectar se elas tem dislexia. Porém, o sistema educacional brasileiro é deficiente e há uma falta de recursos na maioria das escolas do país. Este caso, é importante que pais e professores fiquem atentos aos sinais de dislexia para que possam ajudar seus filhos e alunos.
Dislexia
O primeiro sinal de provável dislexia pode ser detectado quando a criança, apesar de estudar, tem grande dificuldade em assimilar o que é ensinado pelo professor. Crianças cujo desenvolvimento educacional é retardatário podem ser bastante inteligentes, porém, ter dislexia. O melhor procedimento a ser adotado é permitir que profissionais qualificados na área de saúde mental e educacional, examinem a criança para averiguar se ela é disléxica. A dislexia não é o único transtorno que inibe o aprendizado, mas é o mais comum e pode vir acrescido de TDAH ou outros transtornos.
Existem muitos sinais que identificam a dislexia. Crianças disléxicas tendem a confundir letras com grande frequência. Entretanto, esse indicativo não é totalmente confiável, pois muitas crianças, inclusive não-disléxicas, frequentemente confundem as letras do alfabeto e as escrevem de lado ao contrário, principalmente no inicio da alfabetização. No maternal, ou na alfabetização crianças disléxicas demonstram dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas. Na primeira série, elas não conseguem ler palavras curtas e simples, têm dificuldade em identificar fonemas e reclamam que ler é muito difícil. Do primeiro ao quinto ano, crianças que tem dislexia têm dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras; elas também frequentemente confundem palavras. Esses são apenas alguns dos muitos sinais que identificam que uma criança tem dislexia. A dislexia é tão comum em meninos quanto em meninas.
Dislexia

Sinais na primeira infância:

Após vários estudos realizados, tanto no Brasil como no exterior, constataram-se possíveis sinais de dislexia na primeira infância, dentre os quais podemos citar:
1 – atraso perceptível no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 – atraso relevante na aquisição da fala, desde o balbucio à pronúncia de palavras;
3 – dificuldade para essa criança entender o que está ouvindo;
4 – distúrbios do sono;
5 – enurese noturna;
6 – suscetibilidade às alergias e às infecções;
7 – A criança tem tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
8 – Fica inquieta e chora muito ou fica agitada com muita frequência;
9 – Apresenta dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 – tem dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares;

Segundo pesquisas científicas neurobiológicas recentes concluíram que o sintoma mais conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança, pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua dificuldade na percepção fonética. Quando este sintoma está associado a outros casos familiares de dificuldades de aprendizado e a dislexia é, comprovadamente, genética, afirmam especialistas que essa criança pode vir a ser avaliada já a partir de cinco anos e meio, idade ideal para o início de um programa interventivo. Esses programas com profissionais adequados podem trazer as respostas mais favoráveis para superar ou minimizar essa dificuldade.
Quando a criança apresenta dificuldade de discriminação fonológica  este fator leva a criança a pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons básicos que compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de inteligência, “entendendo tudo o que ouvem”, como costumam  observar suas mães, porque têm uma excelente memória auditiva. Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à identificação do significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da percepção das partes sonoras diferenciais de que a palavra é composta. Esta é a razão porque a pessoa disléxica apresenta dificuldades significativas em leitura, que leva a tornar-se, até, extremamente difícil sua soletração de sílabas e palavras.
Dislexia
É necessário que estes sintomas sejam observados e averiguados para um possível diagnóstico, pois é melhor que este seja feito o quanto antes,  para que haja o tratamento adequado no caso de dislexia e estes sintomas não influenciem negativamente na aprendizagem da criança.
Fonte: Socorro Bernardes

terça-feira, 5 de maio de 2015

Falando sobre DISLEXIA


A aprendizagem é um processo complexo e mesmo as dificuldades associadas a ele envolvem muitos fatores que precisam ser conhecidos. Quando conhecemos causas e funcionamento, conseguimos lidar melhor com os obstáculos. Então, vamos falar um pouco melhor sobre Dislexia?
  • Você sabe o que é Dislexia?
A Dislexia é um transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica e sua principal característica é a dificuldade no reconhecimento (leitura) preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e na soletração.(Definição adotada pela IDA – International Dyslexia Association, em 2002. Essa também é a definição usada pelo National Institute of Child Health and Human Development – NICHD) É importante ressaltar que a Dislexia não está associada à inteligência ou à capacidade de pensar, não significa falta de motivação ou de vontade de aprender, não é um problema psicológico, de comportamento ou social. E também não se trata de uma doença. “É um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem”.
  • Os sinais apresentados:
Cada pessoa é um ser único, individual. E cada pessoa com Dislexia também tem características próprias, nenhuma é exatamente igual à outra e, sendo assim, os sinais podem se mostrar diferentes de um indivíduo para o outro. Mas alguns sinais são mais comuns, como: dificuldade de pronunciar alguns fonemas, dificuldade para rimas, inversão de letras e palavras (como trocar o “p” pelo “q” ou o “d” pelo “b”), dificuldade para separar e sequenciar sons (como: b-o-l-a), dificuldade na compreensão de textos, pode apresentar dificuldade de concentração, entre outros.
  • Toda dificuldade de aprendizagem e/ou concentração é um sinônimo de Dislexia?
A resposta é, sem dúvidas, não!
Precisamos tomar muito cuidado com diagnósticos precipitados, ainda mais considerando a era digital em que vivemos, onde poucas escolas se adequam aos novos interesses e demandas de aprendizagem, onde as crianças são excessivamente expostas a estímulos tecnológicos e excessivamente cobradas em múltiplos afazeres. Muitos fatores podem estar relacionados então a uma dificuldade de concentração em tarefas escolares ou mesmo dentro da sala de aula, por exemplo. Em relação à dificuldade de leitura, escrita e aprendizagem, precisamos levar em conta também possíveis problemas de visão e audição, fatores neurológicos, sociais, familiares, psicológicos, de metodologia de ensino no ambiente escolar e outros. Só depois de uma análise muito cuidadosa, poderemos estabelecer um diagnóstico positivo ou negativo para a Dislexia.
  • Descobrindo a Dislexia:
Desde muito cedo é possível observar alguns sinais da Dislexia, mas um diagnóstico seguro é feito a partir de um tempo considerável de exposição da criança ao aprendizado da leitura e da escrita. E é claro, precisamos respeitar as fases de desenvolvimento da criança, pois cada idade responde de uma forma a estímulos novos e cada criança tem seu ritmo de aprendizagem, que nem sempre será exatamente aquele que a família deseja.
  • Por que algumas pessoas só descobrem a Dislexia na fase adulta?
A Dislexia é um quadro que está presente durante toda a vida do indivíduo, desde o nascimento. O que ocorre nos casos em que só se descobre o transtorno na fase adulta é que o disléxico provavelmente encontrou formas de lidar e compensar a suas dificuldades (mediante a um esforço maior do que pessoas que não tem Dislexia), convivendo com elas até que fosse estabelecido um diagnóstico.
  • Papel da família:
Diante da suspeita de Dislexia, ou mesmo após o diagnóstico e durante o acompanhamento do quadro, o papel da família é fundamental. Às vezes os pais se sentem frustrados em suas expectativas ao verem que o aprendizado do filho segue a passos mais lentos do que eles esperavam. No início isso pode resultar em cobranças até sufocantes para as crianças, o que pode piorar as dificuldades que elas já apresentam. Buscar o auxílio de profissionais (fonoaudiólogo, psicólogo, neuropediatra…) irá ajudar a família a lidar com todo este processo e trabalhar a compreensão e paciência, tão importantes para o disléxico. Acompanhar de forma positiva todas as evoluções, respeitar e também dar apoio nas dificuldades deve ser o papel da família sempre.
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica