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terça-feira, 10 de novembro de 2015

4 atitudes que enfraquecem o vínculo emocional com seus filhos


Ser pai, mãe, avô, avó e, além disso, um educador eficaz, não é fácil. Cada criança vem a este mundo com necessidades próprias que devemos saber atender, com virtudes a serem potencializadas e emoções que devem ser incentivadas, orientadas e desenvolvidas.
Educar não é apenas ensinar as crianças a ler ou mostrar como podem realizar seu trabalho de pesquisa para o colégio com o computador. Ser pai ou mãe não é presentear os filhos com um telefone celular em seu aniversário, nem assegurar-nos de que colocamos o cinto de segurança neles cada vez que entram no carro. É muito mais que tudo isso.
Educar também é saber dizer “Não” e, ao mesmo tempo, dizer “Sim” com o olhar, porque educar não é apenas proibir, mas abrir o coração para os nossos filhos e reforçar cada dia o vínculo emocional que temos com eles, dando a entender que estamos juntos em cada instante para proporcionar-lhes maturidade como pessoas felizes e capazes.
Contudo, em algumas situações, mesmo que conheçamos a teoria não a aplicamos na prática. Além de pais e mães, também somos casal, empregados, empresários ou pessoas que querem trocar de emprego e que, possivelmente, ainda querem atingir novos objetivos profissionais. Tudo isso ocorre concomitantemente em nosso cotidiano e, sem saber como, começamos a cometer erros na educação de nossos filhos.
Se você for pai, se lembrará de quando foi filho e saberá, sem dúvida, o que você mais valorizou – e ainda valoriza! – ou do que mais sentiu falta nos seus dias de infância. Se a sua infância não foi especialmente feliz, entenderá quais aspectos romperam este vínculo emocional com os seus pais, esses erros que não devem ser repetidos sob nenhuma hipótese com seus filhos.
Falemos sobre isso.

1. Não os escutar

As crianças falam e também perguntam muito. Pegam você de surpresa com mil questionamentos, inúmeras dúvidas e centenas de comentários nos momentos mais inoportunos. Desejam saber, experimentarquerem compartilhar e desejam compreender tudo que acontece diante delas.
enfraquecer o vínculo emocional
Tenha bastante claro que, se você mandar que fiquem quietas, se você as obrigar a ficar em silêncio, ou se não atender suas palavras, respondendo com severidade ou de forma rude, isso fará com que, no curto prazo, a criança deixe de se dirigir a você. E o fará privilegiando seus próprios espaços de solidão, atrás de uma porta fechada que não desejará que você cruze.

2. Castigá-los, transmitindo-lhes falta de confiança

São muitos os pais que relacionam a palavra educação com punição, com proibição, com um autoritarismo firme e rígido em que tudo se impõe e qualquer erro é castigado. Este tipo de conduta educativa resulta em uma falta de autoestima muito clara na criança, uma insegurança e, ao mesmo tempo, uma ruptura do vínculo emocional com eles.
Se castigamos não ensinamos. Se me limito a dizer para a criança tudo o que ela faz de errado, jamais saberá como fazer algo bem. Não dou a ela medidas ou estratégias, limito-me a humilhá-la. E tudo isso gerará nela raiva, rancor e insegurança. Evite sempre esta atitude. 

3. Compará-los e rotulá-los

Poucas coisas podem ser mais destrutivas do que comparar um irmão ao outro ou uma criança a outra para ridicularizá-la, para dar a entender suas escassas aptidões, suas falhas, sua pouca iniciativa. En algumas ocasiões, um erro que muitos pais cometem éfalar em voz alta diante das crianças como se elas não os escutassem.
É que o meu filho não é tão inteligente como o seu, é mais lento, o que se pode fazer”.Expressões como estas são dolorosas e geram neles um sentimento negativo que causará não apenas ódio em relação aos pais, mas um sentimento interior deinferioridade.

4. Gritar com eles e apoiar-se mais nas ordens do que nos argumentos

Não trataremos aqui de maus tratos físicos, pois acreditamos que não há pior forma de romper o vínculo emocional com uma criança do que cometer este ato imperdoável.
Mas temos de ser conscientes de que existem outros tipos de maus tratos implícitos, quase igualmente destrutivos. É o caso do abuso psicológico, esse no qual se arruína a personalidade da criança por completo, sua autoimagem e a confiança em si mesma.
enfraquecer o vínculo emocional
Há pais e mães que não sabem dirigir-se de outra forma a seus filhos, sendo sempre através de gritos. Levantar a voz sem razão justificável provoca um estado de euforia e estresse contínuo nos filhos; eles não sabem em que se apoiar, não sabem se fizeram algo bom ou mau. Os gritos contínuos enfurecem e fazem mal, já que não há diálogos, apenas ordens e críticas.
Deve-se ter muito cuidado com estes aspectos básicos. O não escutar, o não falar e o não demonstrar abertura, compreensão ou sobrepor a sanção ao diálogo são modos de ir afastando aos poucos as crianças do nosso lado. Elas nos enxergarão como inimigos dos quais devem se defender e romperemos o vínculo emocional com eles.
Educar é uma aventura que dura a vida toda em que ninguém é um verdadeiro especialista. Contudo, basta apoiar-se nos pilares da compreensão, do carinho e em um apego saudável que proporcione a maturidade e a segurança nesta pessoa que é também parte de você.
Imagem cortesia: Gabriela Silva, Nicolás Gouny, Whimsical
Fonte: A mente é maravilhosa 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Timidez na infância

Timidez na infância

 A timidez pode ser definida como a tendência para evitar interações sociais, devido ao receio de ser avaliado negativamente por parte dos outros. Em termos somáticos, as manifestações de timidez caracterizam-se, sobretudo, por rubor, tensão muscular, palpitações, tremuras e sudação intensa. Se o seu filho rói as unhas, tem as mãos sempre bastante suadas, é retraído, é muito passivo e tem dificuldade em relacionar-se com colegas da mesma idade, então provavelmente é uma criança tímida. Apesar de não existir muito consenso sobre a origem da timidez, muitos investigadores consideram que, embora esta tenha uma origem genética, ela pode ser exacerbada ou modificada a partir das interacções que a criança estabelece com os outros.
 A falta de vivências sociais é uma das causas mais relevantes para a timidez. Tudo indica que o isolamento social durante a infância perturba bastante o normal desenvolvimento da expressão emocional. Para além disto, Rosenbaum constatou, através de um estudo, a existência de uma forte correlação entre o elevado nível de ansiedade interpessoal dos pais e as condutas de timidez dos filhos.
 Existe uma série de consequências negativas associadas à timidez. As crianças tímidas têm geralmente mais dificuldade em fazer e em manter amizades porque carecem de habilidades sociais, o que contribui para se tornarem mais solitárias. As dificuldades de se defenderem são outra consequência negativa, na medida em que os outros por vezes abusam delas.
 A timidez é também frequentemente interpretada pelas outras crianças como sinal de indiferença e desinteresse, o que contribui para que estas crianças sejam ignoradas ou excluídas. Como elas têm dificuldade em expressar as suas emoções, por vezes procuram escondê-las, com tudo o que de negativo daí advém. O fato de a timidez implicar um elevado desgaste emocional para a criança, deve levar-nos a procurar formas de a minimizarmos. Uma das estratégias que poderão ajudar a criança a vencer a timidez é tentar criar, no contexto familiar, espaços onde ela possa falar relaxadamente, aproveitando todas as oportunidades para se reforçar positivamente o seu comportamento. É fundamental também que no contexto escolar os educadores ou professores ajudem neste processo, estimulando a criança a participar sempre que esta seja capaz de o fazer. Para além do que foi referido, é importante ter presente que numerosos comportamentos se podem adquirir através da aprendizagem social ( observação de modelos). Se os pais apresentarem comportamentos extrovertidos, as crianças mais facilmente poderão interiorizar este tipo de comportamento. O contrário também acontece, ou seja, pais tímidos e pouco sociáveis poderão potenciar o desenvolvimento de condutas tímidas nos filhos.
 O que daqui se pode concluir é que, apesar de a genética contribuir para o aparecimento da timidez, os pais podem contrariá-la se exibirem perante os seus filhos, comportamentos marcadamente extrovertidos e se criarem oportunidades que permitam à criança ter uma grande variedade de experiências sociais.

 Adriana Campos

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

AUTOESTIMA DAS CRIANÇAS




       O modo como uma criança se percepciona resulta, em larga escala, do que as restantes pessoas lhe transmitem. A capacidade da criança realizar um julgamento eficaz de si e das suas capacidades é reduzida, e depende das pessoas que lhe são significativas, e que funcionam como "espelho", nos olhos de quem a criança se percepciona. Deste modo, os pais são, geralmente, os principais "espelhos" da criança, e vão ter um papel fundamental na forma como se percepciona, e confia nas suas capacidade.
       Ao termo consciência da importância que possuímos no desenvolvimento da auto-estima da criança, importa refletir sobre o que lhes estamos a transmitir. Tal porque se, predominantemente, a criança receber reflexos positivos com maior frequência, a sua auto-estima tenderá a ser alta. No sentido inverso, se recebe com maior frequência feed-back negativo, tenderá a possuir uma imagem negativa de si própria.
       Cabe então aos adultos a tarefa de valorizar o que de bom a criança realiza, as suas qualidade e, mesmo nas atividades em que possuí mais dificuldades, transmitir-lhes a esperança de serem bem sucedidas.
       Quando existe uma boa identificação parental, as crianças crescem tendo os pais como modelos a seguir. Porém, pode ser difícil para uma criança acreditar que poderá ser um dia como aquele ser perfeito que o pai e/ou a mãe aparenta ser. É muito salutar que os adultos também admitiam quando cometem erros, e que o façam junto das crianças. Elas também necessitam saber que os adultos não são perfeitos, tal como ela (criança) não o é. Deste modo, os adultos podem ajudar a criança a aprender que errar é natural, todos o fazem, não apenas ela, e que existe sempre a possibilidade de, na próxima vez, procurarem melhorar.
       O elogio serve como uma poderosa ferramenta, ao serviço dos pais, no que se refere à auto-estima da criança. O Elogio, atribuído quando a criança tenta realizar algo (elogiar as tentativas, não apenas os sucessos), faz com que ela se sinta importante, valorizada, e capaz de realizar novas conquistas. Além de permitir que a criança acredite que é capaz de realizar algo que o adulto valoriza e respeita, este sentimento de confiança em ser bem sucedida acompanha-a para o resto da vida.
     Deste modo, mesmo quando o sucesso não for alcançado, o elogio pela tentativa, associado à esperança que o adulto lhe transmite que da próxima vez poderá ser bem sucedida, permite à criança acreditar em si e nas suas capacidades, ajudando-a a lidar com as frustrações de forma mais eficaz. É importante que as tarefas a que a criança se propõe sejam adequadas à sua faixa etária, para assim ter verdadeiras hipóteses de ser bem sucedida. Assim, deve-se procurar estabelecer metas realistas e adequadas à sua idade, dando à criança oportunidades de desenvolver-se, sem incorrer no erro de proteção em excesso, nem de pressioná-la além das suas limitações naturais.
      Os adultos podem (e devem) igualmente promover a interação social em diferentes contextos, e fomentar o questionar e o exame de qualquer problema que seja levantado pela criança. Existe valor em trabalhar com os interesses intelectuais espontâneos da criança e, para o desenvolvimento moral dela, é igualmente valioso lidar com as questões morais que surgem no dia-a-dia. As crianças fazem as perguntas com mais significado que possamos imaginar, resta-nos estar atentos e, com ela, as procurarmos aprofundar. Não com a postura de sabedores da verdade universal, mas ouvindo os pontos de vista das crianças, expondo os nossos, explorando e descobrindo em conjunto.
      Ao contrário do que frequentemente acreditamos, é possível envolver a criança na discussão e partilha de questões morais. E é neste ouvir e partilhar de argumentos com outras crianças e adultos que ela experiência desequilíbrios cognitivo, que a levam a colocar em causa os seus conceitos e a conduzir a uma nova reorganização dos mesmos. Este conflito (cognitivo) é fundamental para a reestruturação do raciocínio e para o desenvolvimento mental.
     Torna-se necessário realizar um "aviso" sobre os típicos rótulos e etiquetas que costumamos atribuir à criança: são de evitar. Como anteriormente referido, as crianças procuram nos adultos significativos espelhos que lhes ajudem a moldar a sua imagem. Essa imagem convém que seja positiva e, quando não o for, convém que transmita sempre a possibilidade de mudança para melhor.         Os rótulos não transmitem a ideia de mudança e, ao invés disso, contribuem para que a criança se perceba e, por consequência, se comporte de acordo com os rótulos que os adultos lhes transmitem. Se desde uma fase precoce da sua vida a criança começa-se a identificar com apelidos como o de burra, preguiçosa, entre outros, vai crescer a acreditar que o é.
      A lembrar:
        É importante permitir às crianças a livre expressão dos seus sentimentos, mesmo os negativos. Por vezes, desvalorizamos sentimentos muito fortes das crianças, com expressões como "não se chora", ou "isso não é nada". Se a criança sente, é porque tem razões para isso, e é importante validar esses sentimentos e permitir-lhe que os partilhe conosco.
        Nem sempre é possível, mas, quando for apropriado, permita que as crianças tomem as suas próprias decisões. Pode-se, por exemplo, pedir que opinem sobre questões como onde ir passear, que atividade realizar, entre outras. Tal faz com que se senta importante, valorizada e respeitada.
        Tal como os adultos, as crianças também apreciam (e merecem) que respeitem os seus espaços e limites. Expressões como "com licença" e "obrigado" podem ajudar a que a criança se sinta confiante e respeitada.
         Ouvir as crianças. Mesmo nos momentos em que sentimos pressa, é importante parar para ouvir e valorizar o que a criança nos transmite. Quando tal não é possível, é preferível explicar que será melhor falar sobre esse assunto mais tarde. Mas, mal seja possível, aborde novamente a questão junto da criança.
        Elogie-as com frequência, mas quando e onde o merecerem. Os elogios são uma ótima ferramenta para a construção da auto-estima, mas só quando atribuídos pelo mérito, e de forma coerente. Mais do que o resultado, reforce o esforço da criança para ser bem sucedida.
         É frequente em nós, adultos, esquecermo-nos de que já fomos crianças, e de que a sua forma de entender e perceber o mundo é muito diferente da do adulto. Procure enfatizar com a criança, e perceber como ela se sente em determinado momento. Deste modo, será para nós mais fácil entender o seu ponto de vista e, assim, lidar com ela.
        Partilhe com os seus filhos os seus gostos, o que valoriza e o que ama.
        Enquanto modelo para as crianças, transmita e seja entusiasta, positivo e alegre.
        Ao reencontrar o seu filho após um dia de trabalho, experimente perguntar pelas coisas boas do seu dia, o que mais gostou o que valorizou. De seguida, expresse-lhe igualmente o que mais gostou do seu dia.
        É sempre positivo interessar-se pelos pequenos êxitos das crianças, e "perder" alguns minutos a elogiar as primeiras tentativas no caminho certo.
       O nosso cansaço, muitas vezes resultado de um dia de trabalho, pode potenciar momentos em que "descarregamos" nas crianças de forma descontextualizada e injusta. É necessário avaliarmos o nosso estado e, quando necessário, recorrer ao parceiro para que lide com determinadas situações, resguardando o adulto mais cansado (e a criança).
       Esta é uma verdade que deve ser aplicada para todas as crianças mas que, torna-se mais relevante quando se trata de irmãos: o recorrer às comparações para repreender ou fazer a criança ver qual o comportamento desejável não é uma boa estratégia pedagógica. Não é positivo para nenhuma das crianças, e há sempre alguma que fica prejudicada com a situação.
     Termina-se com uma proposta: uma vez por dia (no mínimo), elogiar algo bem feito de cada criança, com naturalidade e no momento em que a criança realiza o comportamento alvo do elogio.

RONEIDE VALERIANO

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Hora de repensar o ano





Reprovação ou notas baixas durante o período escolar podem ser motivadoras para novas atitudes de pais e filhos. Por trás de uma nota baixa no final de ano ou de uma reprovação escolar, podem estar questões muito mal resolvidas dentro de casa. 

Ter de repetir os estudos é uma frustração para pais e filhos, mas deve ser encarado como uma proposta de desafio e um momento para repensar atitudes da família. – É preciso ver até que ponto a reprovação pode ser considerada um insucesso. 

Inúmeros fatores devem ser analisados, como a falta de interesse da criança pela escola, alguma inadequação no ritmo de vida dela ou até mesmo a falta de interesse dos pais em saber como está a vida escolar do filho – explica a pedagoga Ana Cristina da Silva Rodrigues, doutora em Educação. Mesmo que os pais deleguem à escola a função de educar, são eles os responsáveis pelo incentivo ao filho e por acompanhar a agenda e as rotinas do pequeno, diz a especialista. Se alguma coisa não vai bem, seja no relacionamento do casal ou na forma com que demonstram preocupação com a criança, pode surgir um resultado indesejado no boletim. – A reprovação é uma segunda chance para todos e pode indicar que a criança não estava pronta para a próxima etapa. Se pensarmos assim, podemos encontrar consequências positivas, como a possibilidade de ela se integrar melhor na escola – diz Ana Cristina.

 Para não fazer da reprovação um castigo, estudantes e familiares devem entender o fato como um aprendizado, seja para reavaliar o ano ou para aprender a lidar com as frustrações. Nesses casos, castigos e pequenas punições só resolvem se forem seguidos de muita conversa e de combinações estabelecidas anteriormente. – Hoje temos a tendência de evitar um revés na vida dos filhos. Mas a vida não é tão boazinha, e os pais precisam saber viver com os fracassos e os sucessos – analisa a pedagoga Helena Sporleder Côrtes, professora da Faculdade de Educação da PUCRS. E como garantir a autoestima do estudante que acabou de ser reprovado na escola? Não existe receita, acreditam os especialistas, mas é prudente a aproximação dos pais com a escola e com os filhos. Além disso, reservar um tempo para um bom diálogo (para saber o que houve), estabelecer metas para o ano seguinte e elogiar as conquistas podem ajudar na hora de construir novas referências para 2015.

 Refletir para aprovar

 -A reprovação da criança é um momento para os pais refletirem sobre suas atitudes e a da escola. Pode ser resultado de desestímulo, problemas de disciplina, baixa autoestima ou pouca identificação com os colegas ou com a escola.

 - Avalie se houve descomprometimento com a rotina escolar da criança e se os pais acompanharam pouco o desenvolvimento do filho. 

- Encare o momento como uma possibilidade de o seu filho crescer emocionalmente e superar um obstáculo importante para a futura formação dele.

 - Converse com o professor para saber o que pode ter causado a reprovação. Em alguns casos, há problemas de aprendizagem relacionados a fatores psicológicos.

 - Diálogo é fundamental para que o próximo ano seja diferente. Proponha novos desafios para a criança e para a família, como horários de estudos em casa e de lazer.

 - Evite oferecer presentes em troca da aprovação escolar. A criança precisa compreender que os estudos não devem ser uma negociação, mas uma possibilidade de adquirir conhecimento. 


Jornal ZERO HORA

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O desafio de EDUCAR



Criar filhos inteligentes, responsáveis, tolerantes, com boa autoestima... Educar é um desafio diário para todos os pais, sem exceção. As dúvidas que vêm com essa responsabilidade foram tema de palestra promovida pelo Educar para Crescer.
Dois profissionais com mais de 20 anos de experiência na área da Educação falaram para os funcionários da DGB, holding de logística e distribuição do Grupo Abril, em mais uma edição do projeto Cruzando Pontes, uma iniciativa do Grupo Abril que convida especialistas para falar com os funcionários do grupo sobre importantes temas da sociedade.
A importância dos limites
"A palavra-chave para educar os filhos é não." Assim começou a exposição da psicóloga Rosana Augone, especializada em psicologia infantil e com mais de 30 anos de experiência na área. Essa palavrinha mágica é muito importante na formação da criança e, apesar de parecer fácil dizê-la, os pais penam para manterem-se firmes no "não".
Dar limites de forma coerente é o principal desafio nos sete primeiros anos da criança - que são também os mais importantes na vida dela, pois é a fase construtora, quando as bases da personalidade são estabelecidas.
Muitos pais não querem ser autoritários e essa insegurança de errar ou traumatizar os filhos atrapalham a construção de uma autoridade saudável e necessária. "O pai não pode ficar em cima do muro. Dizer ‘não’ e depois ceder ou dizer ‘sim’ e depois mudar de ideia é muito ruim para os pais, que perdem autoridade, e para as crianças, que ficam sem referência", explica. Isso acaba ensinando, sem querer, que se o filho fizer birra ou seduzir os pais, é possível conseguir tudo o que querem.
O resultado? As crianças não amadurecem e podem permanecer nessa fase de desenvolvimento, em que são impacientes manipuladoras, intolerantes, inseguras, egocentradas e cheias de si.
Rosana concluiu dizendo que não existem receitas para educar as crianças, mas é importante que os pais sejam coerentes na hora de dizer sim e não, sabendo os limites do que elas podem ou não fazer vão se modificando conforme o tempo. "Por mais duro que os pais sejam, eles educam com amor. Se vocês não fizerem isso em casa, as crianças vão aprender os limites fora de casa e da escola, onde
Os três pilares para uma educação saudável, elencados pela psicóloga Rosana Augone:
a) Aprender a dizer não, para que a criança aprenda limites e outras regras sociais de convivência
b) Dar autonomia, de maneira que a criança aprenda a fazer suas próprias escolhas e serem responsáveis pelas consequências delas
c) Não se esquecer de elogiar, pois quando a criança sabe quais são suas qualidades - e defeitos-, sua autoestima é fortalecida.
Parceria entre família e escola
Os efeitos da falta de limites e de coerência em casa acabam gerando problemas mais tarde, na escola. E foi exatamente sobre a relação entre a família e a escola que falou o pedagogo e cientista social Laércio Carrer, coordenador de Ensino Fundamental no Colégio Albert Sabin. com mais de 23 anos de experiência como educador.
A criança que vem de uma educação sem limites chega na escola acostumada ter seus desejos individuais atendidos, mas o espaço escolar é coletivo. "A criança perde a "exclusividade" que tinha em casa e precisa aprender a dividir a atenção com outros colegas e a conviver com o diferente", disse Carrer.
O conflito, porém, se estende para a relação entre a família e a escola. Para Carrer, alguns pais têm a expectativa de que o professor seja o segundo pai dos filhos. "Quando existe essa oposição entre família e escola todos perdem: a escola, os pais, os educadores e, principalmente, os filhos", concluiu.
Ele alerta que esse processo acaba produzindo uma sociedade pouco saudável. A escola é o espaço da diferença, que deveria enriquecer a ligação com a divergência e a diversidade, porém, Carrer explica que hoje as crianças não são ensinadas a aceitar o diferente. "Aí nasce o preconceito. Isso é um aspecto sério para a construção de uma sociedade saudável. Vemos o outro não como próximo, mas como adversário", apontou.
Três dicas para a construção de uma parceria entre família e escola, pelo pedagogo Laércio Carrer:
a) Conhecer a escola, entender seu projeto pedagógico, para saber se a instituição responde às expectativas da família.
b) Entender que a escola é aliada na educação do filho e estabelecer o respeito mútuo
c) Apenas o diálogo pode resolver a confusão sobre qual é o papel da escola e o papel da família.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Adolescência e Mentira

Adolescência e Mentira: histórias de pescador ou falta de caráter?

(Claudia Pedrozo)
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Esta semana estava aguardando (infinitamente!) para ser atendida numa consulta e  matava o tempo folheando uma revista feminina quando deparei-me com uma mãe que pedia socorro a um especialista, relatando que tem uma filha pré-adolescente que mente demais, segundo a mãe, a garota é compulsiva, mente por qualquer coisa. A mãe relatava já ter passado por vários estágios da raiva à piedade, mas a situação só se agravava. Foi dura, bateu, gelou, castigou, privou de tudo que é prazeroso, fez chantagem emocional, elogiou, premiou e… nada, a menina continua mentindo, e mesmo quando é “desmascarada”, age como se tivesse sendo vítima da maior injustiça do mundo, dizendo que faz o que faz para ajudar os outros, para não magoar ninguém e que sofre com as atitudes injustas dos pais ou age como se nada tivesse acontecido, embora fique num monólogo apontando justificativas e injustiças. Num determinado momento da queixa a mãe diz que a compara com o irmão  mais novo que não mente. Os pais estão com medo dela se tornar uma criança de má índole, estão arrasados, não encontram uma solução,não sabem o que fazer. A mãe reforça que a filha é maravilhosa e o que a estraga é a mania de mentir. Sente que a filha precisa de ajuda, conta que a garota é muito fechada e que por mais que tente, esta não se abre com ela. Termina afirmando que cuidar de filhos não é fácil!
Coincidentemente (Jung não acredita em coincidências, mas sim em sincronicidade, tipo Lei da Atração!) no mesmo dia uma colega me falou sobre o mesmo problema com o filho e sugeriu que eu escrevesse algo sobre o assunto. Bem, vou tentar!
Muitas são as questões que a mãe da revista traz. Podíamos fazer a psicanálise selvagem analisando uma série de coisas, mas vamos nos ater à questão da mentira na adolescência.
Aprendemos desde pequenos que mentir é errado.  Informação dada não significa valor introjetado.  Deste modo ouvir que mentir é errado e não mentir de modo algum ao longo da vida são ações distintas. Não é porque ouvimos que fazemos.
Para muitos pais perceber que o filho mente compulsivamente pode despertar um sentimento de ter fracassado na educação de valores que a família tentou passar para ele. Nem sempre isso é uma verdade. Nem tampouco é sempre mentira! Há casos e casos e cada um é um!
Nos educamos pelos exemplos, nossos valores são construídos com base nos valores e atitudes de nossa família e nos da sociedade em que vivemos.
A mentira está presente em nossas vidas. Muitas vezes a achamos “necessária”, logo perdoada, muitas vezes a condenamos, logo reprimimos.
Na sociedade moderna a mentira é tão frequente que já se banalizou. Encontramos mentirinhas e mentimos muitas vezes ao dia, em diferentes situações sociais. Fazemos um elogio mentiroso, damos desculpas esfarrapadas ou mentimos descaradamente por mil razões: medo das consequências negativas, insegurança, pressão social, ganhos ou patologicamente.
Quando crianças, mentimos para não sermos punidos.  Na infância, até os cinco, seis anos a criança não consegue distinguir claramente a realidade da fantasia, a partir dos sete anos aproximadamente, ela já sabe o que é mentira e a usa em “beneficio próprio”.
Na adolescência mentimos para sermos aceitos e amados, para atender ao desejo de fazer o que queremos e a realidade de atender ao que esperam de nós. Mentir é estratégia comum entre os adolescentes para conseguir fazer coisas que sabem que não serão aprovadas pelos pais.
Crianças/adolescentes com superego rígido (censura) podem se tornar mentirosos compulsivos ao descobrirem que a mentira sacia a curiosidade dos pais ou os ajuda a serem aceitos e valorizados pelas pessoas, em especial por outras crianças/adolescentes
Na vida adulta mentir é uma forma de se preservar, de não ter que assumir responsabilidades por algo que não deu certo. Está presente em muitos mecanismos de defesa que usamos cotidianamente: na atuação (quando nos passamos por algo que não somos, mas que os outros (ou nós mesmos) gostariam que fossemos, na idealização (quando nos mostramos de forma idealizada, que não corresponde com a realidade), na intelectualização (quando usamos a inteligência para criar argumentos que justifiquem condutas que sabemos não serem condizentes com nossos valores, mas que lá no fundinho desejamos), na racionalização (quando fazemos “caquinha” e usamos argumentos lógicos para explicar o que fizemos, nos isentando da responsabilidade da escolha), por exemplo.Ao mentir podemos ser “anjo” – mentir para agradar  – ou “demo” mentir para poder receber algo em troca.
A mentira está presente em pessoas normais ou pessoas com problemas sérios como Neuroses e Psicoses. Nos estados neuróticos, a mentira surge devido a incapacidade de  enfrentarmos  desejos recalcados e que se encontram no  inconsciente ou por problemas de baixa autoestima Nos estados limite, chamados Borderline,  a mentira revela a  falta de barreiras externas que regulem o comportamento do indivíduo. Esta situação decorre geralmente de uma educação feitas por pais muito repressivos ou demasiadamente permissivos. Na Psicose a mentira está presente nos delírios. O psicótico acredita piamente nos delírios por ele criados para fugir da realidade, do sofrimento que a realidade lhe impõe. O hábito de mentir compulsivamente pode ser também uma patologia conhecida por Mitomania. Neste caso a mentira é como um vício, o mentiroso é dependente emocional da mentira, ele é incapaz de se controlar, quando vê a mentira já foi contada e para mantê-la mente mais e mais. Esta patologia causa muito sofrimento e a terapia é uma saída para enfrentar o problema.
Dentro de padrões de comportamento não patológicos a mentira pode ser considerada uma falha de caráter, entendendo  caráter como um conjunto de características e traços relativos à maneira de agirde reagir de um indivíduo ou de um grupo”.
Se seu filho mente descaradamente e esta mentira prejudica a ele ou a outras pessoas você deve ficar atento(a). Mentir para sair com o namorado ou fazer um passeio em um lugar perigoso é diferente de roubar dinheiro da sua carteira. Uma coisa é testar limites, outra é transgredir lesando o outro. Ao perceber esta situação os pais devem chamar o jovem à realidade, devem passar a acompanhá-lo bem de perto, se fazendo presentes de forma educadora e carinhosa, intervindo e orientando sempre. Mas cuidado com a manipulações e dissimulações, por isso confie, desconfiando! Mentir faz parte da adolescência, caracterizam uma necessidade de distanciamento e diferenciação na busca do encontro consigo mesmo.
Diante das mentirinhas recorrentes, avalie as relações interpessoais que há no seu âmbito familiar. Estabeleça o diálogo, mostrando ao adolescente que a mentira pode trazer consequências negativas, mas cuidado com o monólogo, pratica comum dos pais que dissertam sobre algo com seus filhos. Observe se o que você ensina está coerente com o que você pratica. Você tem pedido a cumplicidade de seu filho para “pequenas mentirinhas”? Tem valorizado as espertezas de seu filho no hábito de inventar “mentirinhas brandas”? Você é um(a) educador(a) observador(a) ou um(a) intrometido(a), que suspeita e invade a privacidade do adolescente, minando o clima de confiança entre vocês?
Ai, meu Deus… Como identificar uma mentira?
Somos programados para dizer a verdade. Quando mentimos nosso corpo nos delata! Especialistas afirmam que ao mentir emitimos sinais não verbais da mentira que podem ser captados por um interlocutor mais atento. Os sinais mais comuns em crianças, adolescentes e adultos pode estar no choro sem lágrimas ou que para de repente ao ser atendido, na colocação da mão na boca, no morder ou coçar a região labial, no desvio dos olhos, na dilatação das pupilas, nas pausas longas e frequentes no discurso, marcado por repetir a pergunta antes de responder, no sorriso curto, nervoso e inexpressivo, que some com rapidez, na falta de gesticulação ou nos gestos dissociados das palavras.
Há ainda uma outra faculdade que não deve ser esquecida nunca pelos pais: a intuição.
Ouça a sua sempre. E investigue e dialogue sempre.
Voltando à mãe da revista, ela está certa. Educar é trabalhoso! Requer orientação, limites e verdade. Acima de tudo seja coerente. Como dizem por aí, “palavras movem, exemplos arrastam”!

terça-feira, 25 de junho de 2013

COMO ENSINAR AUTOESTIMA PARA AS CRIANÇAS


Como ensinar autoestima para as crianças

Psicóloga dá dicas para incentivar o "eu me amo" na medida certa



autoestima (Foto: shutterstock)
















A psicóloga Beatriz Acampora, professora da Universidade Estácio de Sá (RJ) e autora do livro Autoestima: Práticas para Transformar Pessoas (Ed. Wak), com previsão de lançamento para este mês, explica a importância do amor próprio e de como os pais podem ajudar as crianças a desenvolverem esse sentimento.
CRESCER: Quando começa a formação da autoestima?
Beatriz Acampora:
 Desde que a criança nasce. No começo, ela se vê como extensão da mãe, então, para estimular a autoestima, é importante pegar o bebê no colo, dar carinho, amor, afeto. Aos poucos, ele começa a ver que a mãe não é só dele, que sai para trabalhar, e começa a ter outros cuidadores e a desenvolver a noção do “eu” e do “outro”. Com 1 ano, a criança já se olha no espelho e fala: “Bebê”. Às vezes, se beija no espelho.
C.: E qual é o papel dos pais nesse momento?
B.A.: Eles precisam estimular o filho a se reconhecer. Não podem superproteger e precisam incentivar a independência, para ele começar a criar a sua autoestima. Isso não significa só dizer coisas boas para a criança, mas também encorajar os pequenos sucessos. Se ela está aprendendo a andar e consegue ficar dois ou três segundos em pé, é importante festejar isso, dar o reforço positivo. Outra opção é apresentar pequenos desafios, como deixar a criança tentar encaixar as peças de um quebra-cabeça sozinha e fazer festa quando ela conseguir. Essa satisfação própria, que vem do mérito de ter feito algo sem ajuda, fortalece a construção do autoconceito. Entre 3 e 4 anos, ela já pode escolher a roupa, ir ao banheiro e tomar banho sozinha (com supervisão), e isso deve ser estimulado, para que ela aprenda a cuidar de si, a se valorizar e a fazer suas escolhas.
C.: O que acontece quando os pais exageram nos elogios e tratam o filho como se ele fosse “o máximo”? Como não cair nessa cilada?
B.A.: É um grande erro dizer sempre que a criança é demais, tudo de bom. O ideal é estimular dentro do processo de realidade – e a frustração faz parte da vida, a criança precisa aprender a lidar com ela e superá-la. Os pais precisam mostrar que têm defeitos, fraquezas e qualidades, e que isso é normal do ser humano, assim como errar também é normal. Se a criança vir isso nos pais, vai reconhecer em si mesma os mesmos sentimentos, de forças e fraquezas. É importante mostrar que fazemos o nosso melhor, mas às vezes erramos, e aí corrigimos e tentamos fazer melhor da próxima vez.
C.: Criticar demais também pode prejudicar o desenvolvimento da autoestima da criança?
B.A.: Críticas pejorativas não são boas. É preciso ter cuidado com as palavras, porque uma comunicação negativa pode ter um impacto grave na criança. Para ela tudo é uma experiência, não existe certo e errado, então a maneira de repreender, o tom da voz, a fala, tudo tem que estar bem claro. Se ela bate em um colega, por exemplo, os pais não podem falar que ela é feia, horrível ou mesmo bater também. A criança tem que ser orientada com atenção e cuidado, para entender o que não pode, aprender a compartilhar e brincar junto. Falar coisas como “você sempre estraga tudo”, “esse menino é uma peste” e “você está me envergonhando” faz com que a criança se sinta inadequada. É melhor dizer: “você pode melhorar nisso e naquilo”, “eu posso te ajudar a superar essa dificuldade dessa forma”, “você é tão bacana, não precisa agir assim” e “existe lugar para tudo, aqui você não pode fazer isso”. Tudo sem ofender. A criança entende o que você fala, e quanto mais ela ouvir que é feia, que não faz nada direito, mais ela acredita que aquilo é verdade, o que resulta em baixa autoestima e que pode ser levada para a vida adulta.

Por Fernanda Carpegian



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ansiedade

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Medo, preocupação, agonia, pavor, angústia, afobação: São muitos os nomes e formas de perceber o que na realidade é ansiedade .
Você é ansioso ?
- Você é daqueles que não conseguem viver sob pressão?
- Seu coração dispara quando olha o relógio?
- Acaba com o estoque da geladeira e nem sabe por quê?
- Quando marca uma viagem faz as malas uma semana antes?
- Está sempre correndo até mesmo quando não precisa?
- Fala muito rápido e percebe que os outros não acompanham seu raciocínio?
- Está sempre sofrendo, o coração dispara, sua frio, sem falar na dor de barriga nas horas mais impróprias?
Faça sua avaliação completa no final deste texto.
O que é ansiedade
Ansiedade é um estado psicológico, onde prevalece o estado de incertezas, aflição, angústia caracterizando-se por insegurança ou sentimento de que não conseguirá atingir suas metas.
Ansiedade também tem um lado positivo, pois é a ansiedade que te capacita a lutar ou fugir. São as nossas reações básicas, instintivas. Ansiedade num nível adequado é bom. É a ansiedade que te faz estudar para uma prova. É a ansiedade que te faz olhar para os dois lados para atravessar uma rua. Sem ansiedade você não iria vestir uma roupa adequada para procurar emprego por exemplo. Você acharia que o emprego está garantido e não precisaria de nenhum esforço. A ansiedade num nível adequado te motiva a fazer coisas boas  por você mesmo.
O problema é quando a ansiedade aparece na hora errada e na quantidade errada. Ansiedade demais paralisa, pois trava o cérebro, do diretor financeiro por exemplo, em plena apresentação de contas. Ansiedade trava as pernas dos jogadores no meio do jogo. Aquilo que você mais queria, o teu sucesso profissional, sucesso social ou financeiro vai tudo por água abaixo por causa da ansiedade.
Sinais da ansiedade
Os primeiros sinais de ansiedade você sente no seu corpo: O coração dispara, a mão treme, o suor corre pelo rosto e pelas mãos, dá dor de estômago, dá até diarréia. Tem gente que não consegue respirar direito. Tem gente que acha que vai desmaiar - a vista escurece.
Restam três opções: Ou a pessoa se retrai, tenta ficar quietinha num canto e não faz nada, ou a pessoa fica agressiva e coitado de quem estiver por perto, ou a pessoa acaba com depressão por se sentir incompetente.
Pensamentos distorcidos
Quando estamos ansiosos tendemos a procurar evidências - que muitas vezes não existem e por isso acaba distorcendo a realidade - de que corremos riscos tais como sofrer ferimentos, asfixia, ficar mortalmente doentes, sermos atacados por outras pessoas ou animais, sentir dor ou aversão, sofrer infortúnio (perdas ou privações) ou sermos socialmente rejeitados e excluídos.
Para o ansioso cinco minutos é uma eternidade, impossível esperar por alguma coisa.
O ansioso pensa muito rápido, mas perde qualidade em suas percepções e acaba julgando de forma errada as informações do ambiente, por exemplo, um olhar torto vindo por parte de algum colega já é considerado como uma condenação. Isto é chamado “Pensamento automático” - quanto mais ansiosa a pessoa for mais pensamentos automáticos distorcidos ela terá.
É por isso que dizemos que a ansiedade é o “parente” próximo do medo, da preocupação e da previsão negativa.
Os pensamentos de ansiedade  são de total fracasso. “Sou incapaz... não vai dar certo... todo mundo vai rir de mim... vão me achar ridículo!” O ansioso antecipa situações e se vê gaguejando, imagina desastres, todo um filminho de terror passa por sua mente acreditando que passará por um baita vexame na frente de todo mundo.
Só que ficar imaginando tudo o que pode dar errado pode ser um tiro no pé, pois isso cria um estado psicológico tal que a própria pessoa coloca tudo a perder. Isso é autoboicote pois a pessoa começa a "provar" pra ela mesmo que ela é uma incompetente, ela começa a lembrar de situações do arco da velha que "provam" que  não consegue falar na frente das pessoas,  começa a lembrar por ex. do jardim da infância quando deu vexame na frente da sala toda. E assim ele mesmo se coloca numa situação em que fica psicologicamente predisposto a falhar. Aí ele pensa “Tá vendo... eu venho falhando desde a infância... eu é que não vou me arriscar aqui....não vou fazer a apresentação, ou vou colocar alguém pra falar no meu lugar”.
O que fazer para controlar a ansiedade?
Uma coisa que você  precisa saber é que é possível para tomar as rédeas da sua própria cabeça.
Tomar as rédeas de suas emoções é não se deixar levar pela ansiedade . Como? Na psicoterapia existem uma série de técnicas chamadas métodos cognitivos. É um treinamento onde você percebe que consegue controlar seus sentimentos por meio do pensamento direcionado.
Outra técnica que te ajuda a bloquear os pensamentos  ansiosos  é a reestruturação cognitiva, onde você aprende a fazer o bloqueio consciente dos pensamentos derrotistas e substitui-los por outros mais realistas. Não pense que é pensamento positivo, é aprender a lidar com a realidade e não inventar uma realidade paralela que em pouco tempo cai por terra.
Outra técnica que eu uso em psicoterapia é a dessensibilização sistemática, que ajuda muito a controlar a ansiedade em situações práticas como por exemplo falar em publico.
E por fim a psicologia também desenvolveu técnicas para ajudar com os sintomas físicos, que são tremor, suor, taquicardia, etc.
TESTE SUA ANSIEDADE
Marque o numero apropriado para indicar como se sente geralmente:
Quase nunca (0)             Às vezes (1)       Freqüentemente (2)        Quase sempre (3)
..... Sou uma pessoa instável
..... Não estou satisfeito comigo mesmo
..... Sinto-me nervoso e inquieto
..... Gostaria de ser tão feliz quanto os outros parecem ser
..... Sinto-me um fracasso
..... Entro num estado de tensão e tumulto quando reflito sobre minhas preocupações e interesses recentes
..... Sinto-me inseguro
..... Não tenho auto confiança
..... Sinto-me inadequado
..... Tenho a sensação de que algo ruim irá acontecer
..... Tenho reação de sobressalto, me assusto facilmente quando alguém chega sem fazer barulho
..... Choro fácil
..... Apresento tremores
..... Tenho medos (escuro, pessoas desconhecidas, estar abandonado, animais, transito, multidões, etc)
..... Meu humor está depressivo, estou sem interesse pelas coisas que antes eu me interessava
..... Variações de humor, num momento estou bem e em outro muda tudo
..... Tenho dores, câimbras, ranger de dentes, etc
..... Zumbido no ouvido, visão embaçada, acessos de calor ou frio, sensação de fraqueza ou formigamento
..... Taquicardia ou dor no peito
..... Peso no peito ou falta de ar
..... Azia, dor no estomago, queimação, náusea, vômito, dificuldade para engolir, perda de peso
..... Miccção freqüente, urgência de miccção, frigidez ou ejaculação precoce
..... Boca seca, rubor facial, palidez, vertigem, sudorese, cefaléia
..... Durante uma conversa com alguém pouco familiar: Tenso, desconforto, agitação nas mãos, tremor, respiração rápida
..... Percebo que sou muito preocupado e não consigo relaxar, até mesmo com coisas sem muita importância
..... Me sinto inquieto, tenho os “nervos à flor da pele”
..... Me sinto constantemente cansado
..... Tenho dificuldade em me concentrar em leituras, filmes, etc.
..... Tenho “brancos” , tento lembrar de coisas simples e não consigo
..... Ando irritado
..... Problemas com o sono como dificuldade para adormecer, acordo no meio da noite, pesadelos, etc
..... Tenho dores musculares mesmo sem fazer exercícios físicos
Envie seu resultado pelo formulário agende sua consulta.
Espero que minhas dicas tenham te ajudado. Me coloco à disposição para te ajudar nessa jornada através da  psicoterapia  .

Medo, preocupação, agonia, pavor, angústia, afobação

São muitos os nomes e formas de perceber o que na realidade é ansiedade .


Você é ansioso ? - Você é daqueles que não conseguem viver sob pressão? - Seu coração dispara quando olha o relógio? - Acaba com o estoque da geladeira e nem sabe por quê? - Quando marca uma viagem faz as malas uma semana antes? - Está sempre correndo até mesmo quando não precisa? - Fala muito rápido e percebe que os outros não acompanham seu raciocínio? - Está sempre sofrendo, o coração dispara, sua frio, sem falar na dor de barriga nas horas mais impróprias?Faça sua avaliação completa no final deste texto. O que é ansiedade? Ansiedade é um estado psicológico, onde prevalece o estado de incertezas, aflição, angústia caracterizando-se por insegurança ou sentimento de que não conseguirá atingir suas metas.Ansiedade também tem um lado positivo, pois é a ansiedade que te capacita a lutar ou fugir. São as nossas reações básicas, instintivas. Ansiedade num nível adequado é bom. É a ansiedade que te faz estudar para uma prova. É a ansiedade que te faz olhar para os dois lados para atravessar uma rua. Sem ansiedade você não iria vestir uma roupa adequada para procurar emprego por exemplo. Você acharia que o emprego está garantido e não precisaria de nenhum esforço. A ansiedade num nível adequado te motiva a fazer coisas boas  por você mesmo. O problema é quando a ansiedade aparece na hora errada e na quantidade errada. Ansiedade demais paralisa, pois trava o cérebro, do diretor financeiro por exemplo, em plena apresentação de contas. Ansiedade trava as pernas dos jogadores no meio do jogo. Aquilo que você mais queria, o teu sucesso profissional, sucesso social ou financeiro vai tudo por água abaixo por causa da ansiedade.


Sinais da ansiedade


Os primeiros sinais de ansiedade você sente no seu corpo: O coração dispara, a mão treme, o suor corre pelo rosto e pelas mãos, dá dor de estômago, dá até diarréia. Tem gente que não consegue respirar direito. Tem gente que acha que vai desmaiar - a vista escurece. Restam três opções: Ou a pessoa se retrai, tenta ficar quietinha num canto e não faz nada, ou a pessoa fica agressiva e coitado de quem estiver por perto, ou a pessoa acaba com depressão por se sentir incompetente. 
Pensamentos distorcidos. Quando estamos ansiosos tendemos a procurar evidências - que muitas vezes não existem e por isso acaba distorcendo a realidade - de que corremos riscos tais como sofrer ferimentos, asfixia, ficar mortalmente doentes, sermos atacados por outras pessoas ou animais, sentir dor ou aversão, sofrer infortúnio (perdas ou privações) ou sermos socialmente rejeitados e excluídos.Para o ansioso cinco minutos é uma eternidade, impossível esperar por alguma coisa.O ansioso pensa muito rápido, mas perde qualidade em suas percepções e acaba julgando de forma errada as informações do ambiente, por exemplo, um olhar torto vindo por parte de algum colega já é considerado como uma condenação. Isto é chamado “Pensamento automático” - quanto mais ansiosa a pessoa for mais pensamentos automáticos distorcidos ela terá. É por isso que dizemos que a ansiedade é o “parente” próximo do medo, da preocupação e da previsão negativa.Os pensamentos de ansiedade  são de total fracasso. “Sou incapaz... não vai dar certo... todo mundo vai rir de mim... vão me achar ridículo!” O ansioso antecipa situações e se vê gaguejando, imagina desastres, todo um filminho de terror passa por sua mente acreditando que passará por um baita vexame na frente de todo mundo. Só que ficar imaginando tudo o que pode dar errado pode ser um tiro no pé, pois isso cria um estado psicológico tal que a própria pessoa coloca tudo a perder. Isso é autoboicote pois a pessoa começa a "provar" pra ela mesmo que ela é uma incompetente, ela começa a lembrar de situações do arco da velha que "provam" que  não consegue falar na frente das pessoas,  começa a lembrar por ex. do jardim da infância quando deu vexame na frente da sala toda. E assim ele mesmo se coloca numa situação em que fica psicologicamente predisposto a falhar. Aí ele pensa “Tá vendo... eu venho falhando desde a infância... eu é que não vou me arriscar aqui....não vou fazer a apresentação, ou vou colocar alguém pra falar no meu lugar”.


O que fazer para controlar a ansiedade?


Uma coisa que você  precisa saber é que é possível para tomar as rédeas da sua própria cabeça. Tomar as rédeas de suas emoções é não se deixar levar pela ansiedade . Como? Na psicoterapia existem uma série de técnicas chamadas métodos cognitivos. É um treinamento onde você percebe que consegue controlar seus sentimentos por meio do pensamento direcionado. Outra técnica que te ajuda a bloquear os pensamentos  ansiosos  é a reestruturação cognitiva, onde você aprende a fazer o bloqueio consciente dos pensamentos derrotistas e substitui-los por outros mais realistas. Não pense que é pensamento positivo, é aprender a lidar com a realidade e não inventar uma realidade paralela que em pouco tempo cai por terra. Outra técnica  em psicoterapia é a dessensibilização sistemática, que ajuda muito a controlar a ansiedade em situações práticas como por exemplo falar em publico. E por fim a psicologia também desenvolveu técnicas para ajudar com os sintomas físicos, que são tremor, suor, taquicardia, etc.


TESTE SUA ANSIEDADE


Marque o numero apropriado para indicar como se sente geralmente:
Quase nunca (0)             Às vezes (1)       Freqüentemente (2)        Quase sempre (3)
..... Sou uma pessoa instável
..... Não estou satisfeito comigo mesmo
..... Sinto-me nervoso e inquieto
..... Gostaria de ser tão feliz quanto os outros parecem ser
..... Sinto-me um fracasso
..... Entro num estado de tensão e tumulto quando reflito sobre minhas preocupações e interesses recentes
..... Sinto-me inseguro
..... Não tenho auto confiança
..... Sinto-me inadequado
..... Tenho a sensação de que algo ruim irá acontecer
..... Tenho reação de sobressalto, me assusto facilmente quando alguém chega sem fazer barulho
..... Choro fácil
..... Apresento tremores
..... Tenho medos (escuro, pessoas desconhecidas, estar abandonado, animais, transito, multidões, etc)
..... Meu humor está depressivo, estou sem interesse pelas coisas que antes eu me interessava
..... Variações de humor, num momento estou bem e em outro muda tudo
..... Tenho dores, câimbras, ranger de dentes, etc
..... Zumbido no ouvido, visão embaçada, acessos de calor ou frio, sensação de fraqueza ou formigamento
..... Taquicardia ou dor no peito
..... Peso no peito ou falta de ar
..... Azia, dor no estomago, queimação, náusea, vômito, dificuldade para engolir, perda de peso
..... Miccção freqüente, urgência de miccção, frigidez ou ejaculação precoce
..... Boca seca, rubor facial, palidez, vertigem, sudorese, cefaléia
..... Durante uma conversa com alguém pouco familiar: Tenso, desconforto, agitação nas mãos, tremor, respiração rápida
..... Percebo que sou muito preocupado e não consigo relaxar, até mesmo com coisas sem muita importância
..... Me sinto inquieto, tenho os “nervos à flor da pele”
..... Me sinto constantemente cansado
..... Tenho dificuldade em me concentrar em leituras, filmes, etc.
..... Tenho “brancos” , tento lembrar de coisas simples e não consigo
..... Ando irritado
..... Problemas com o sono como dificuldade para adormecer, acordo no meio da noite, pesadelos, etc
..... Tenho dores musculares mesmo sem fazer exercícios físicos



http://www.marisapsicologa.com.br/ansiedade.html

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PAVOR DE CÁLCULOS

Crianças que mostram dificuldades com números podem sofrer de ansiedade matemática

Minha filha Flora tinha apenas seis anos quando me contou que não conseguia entender nada das aulas de matemática. Nós abordamos a questão na reunião de pais seguinte, e nos foi assegurado que o desempenho dela estava bom. Começamos a notar, porém, que Flora, às vezes, fazia suposições completamente ilógicas ao tentar realizar somas básicas e era facilmente confundida por qualquer coisa numérica.

Até Flora mudar para uma nova escola, suas dificuldades não haviam sido identificadas. Então, um abismo entre seu desempenho na alfabetização e na matemática apareceu, nos fazendo suspeitar que ela poderia ter descalculia, um tipo de dislexia com números. Nós a levamos a um especialista, que deixou claro que, apesar de Flora não ter o problema, sua matemática era muito fraca. Ela aconselhou que nossa filha não tivesse aulas da disciplina em uma turma convencional. Em desespero, fomos a um psicólogo e descobrimos que os problemas de Flora não eram uma questão de capacidade, mas de ansiedade.

Acredita-se que a ansiedade matemática, o sentimento de medo em relação a cálculos, afete muitas crianças. O problema foi identificado pela primeira vez nos anos 1950, mas a maneira como seu impacto devastador afeta a performance só ficou evidente agora. Pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA, fizeram exames para ver o que acontece no cérebro de crianças com ansiedade matemática. Descobriram que elas respondem aos cálculos da mesma forma que pessoas com fobias costumam reagir a cobras ou aranhas, mostrando aumento da atividade nos centros ligados ao medo. Isso, por sua vez, provoca redução de atividade nas áreas responsáveis pela resolução de problemas, tornando difícil chegar às respostas certas.

Vinod Menons, o professor que liderou o projeto, explica seu significado:

– A pesquisa é importante por ser a primeira a identificar os fundamentos neurológicos e de desenvolvimento da ansiedade matemática, e nossos resultados têm implicações significativas para a identificação precoce e o tratamento do problema. Também é importante porque mostra que a ansiedade matemática nas crianças é real e precisa ser tratada se persistir.

Não há ferramentas para estabelecer diagnósticos formais. Além disso, dizer para uma criança que ela tem um problema pode afetar ainda mais sua produtividade, de acordo com Mike Ellicock, diretor-executivo da organização filantrópica National Numeracy:

– Rotular e categorizar crianças entre os que podem e os que não podem fazer cálculos não ajuda. Mas, com incentivo e apoio da maneira correta, todos podem atingir um bom nível.

O fato de constantemente enxergarmos a matemática como algo para poucos gênios também atrapalha. A disciplina envolve respostas que são certas ou erradas, e métodos de ensino centrados em respostas rápidas, aritmética mental e resoluções de cálculos dadas em frente aos colegas são inúteis para os menos confiantes. A maioria dos professores entende que a confiança é tão importante quanto a competência quando se trata de matemática.

Tradução: Paloma Poeta


Exercícios de relaxamento
 Especialistas da área, como o professor David Sheffield, do Centro Universitário Derby de Pesquisas Psicológicas, um dos maiores entendidos em ansiedade matemática na Grã-Bretanha, acredita que o impacto do problema pode durar a vida inteira. Então, o que fazer?

– A primeira coisa a se dizer é para não fazer mais cálculos. Não é provável que mais matemática funcione, porque esse é o causador da ansiedade. Tente lidar com o problema usando métodos simples, como relaxamento e exercícios de respiração. Fizemos um estudo em que colocamos as pessoas em exercícios de relaxamento. Os níveis de ansiedade caíram, e elas foram capazes de resolver mais problemas – diz.

Para Flora, uma ajuda extra para redescobrir o básico e uma abordagem suave na nova escola começaram a gerar benefícios, e ela passou a acompanhar as lições gradualmente. Flora tem estado mais feliz e menos estressada, o que Michael Roach, seu diretor na escola John Ball, aponta como o possível segredo:

– O que temos observado nos últimos anos é que a luta contra a ansiedade e a melhora na autoestima das crianças podem ser a chave, já que aumentam a confiança. Uma vez que a ansiedade se estabelece, pode ser muito desafiador vencê-la. Trabalhamos arduamente para tornar a matemática relevante dentro de um contexto da vida real e, acima de tudo, divertida.

KATE BRIAN | The Guardian

Fonte: Jornal Zero Hora