segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dificuldades de aprendizagem

Quais as principais dificuldades de aprendizagem ?

Para muitos, as expressões “dificuldade” e “transtorno” de aprendizagem têm o mesmo significado. Mas vale enfatizar que são dois problemas diferentes e que se manifestam e devem ser tratadas de maneiras distintas.
dificuldadesAs dificuldades de aprendizagem, normalmente, estão relacionadas a fatores externos que acabam interferindo no processo do aprender do estudante, como a metodologia da escola e dos professores, a influência dos colegas…
Em contrapartida, os transtornos, normalmente, estão intrínsecos e fazem parte do aluno, seja uma disfunção neurológica, química, fatores hereditários, imaturidade…
Partindo do princípio que, para muitos, dificuldades e transtornos têm o mesmo significado, podemos citar quais são as principais dificuldades de aprendizagem:
Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade: é um problema de desatenção com ou sem hiperatividade (quando a criança é agitada e não consegue parar quieta. Elas se machucam com mais frequência, não têm paciência, interrompem conversas…;
Discalculia: dificuldade de aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; dificuldade de entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências; classificar números…;
Dislalia: um distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas;
Disortografia: dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita, é um transtorno específico da grafia que, geralmente, acompanha a dislexia.
Ainda que muitos pensem que transtorno dificuldade de aprendizagem seja o mesmo, é importante ter conhecimento sobre a diferença entre eles. Antes de procurar um professor particular para o seu filho, busque um diagnóstico clínico para saber quais os seus problemas de aprendizagem. Confundir transtorno com dificuldades pode acarretar sérios problemas na vida do sujeito e tratá-los da mesma maneira, provavelmente, não surtirá o efeito desejável.
psicopedagogo é um profissional especializado para diagnosticar os problemas no processo de aprendizagem do estudante, caso você queira descobrir quais os problemas de aprendizagem de seu filho, entre em contato (...)
 Por Anne Mascarenhas

segunda-feira, 18 de maio de 2015

10 sinais e características da DISLEXIA

Muitas crianças tem dificuldade de aprendizagem, neste caso, seria  ideal  que todas fossem testadas para detectar se elas tem dislexia. Porém, o sistema educacional brasileiro é deficiente e há uma falta de recursos na maioria das escolas do país. Este caso, é importante que pais e professores fiquem atentos aos sinais de dislexia para que possam ajudar seus filhos e alunos.
Dislexia
O primeiro sinal de provável dislexia pode ser detectado quando a criança, apesar de estudar, tem grande dificuldade em assimilar o que é ensinado pelo professor. Crianças cujo desenvolvimento educacional é retardatário podem ser bastante inteligentes, porém, ter dislexia. O melhor procedimento a ser adotado é permitir que profissionais qualificados na área de saúde mental e educacional, examinem a criança para averiguar se ela é disléxica. A dislexia não é o único transtorno que inibe o aprendizado, mas é o mais comum e pode vir acrescido de TDAH ou outros transtornos.
Existem muitos sinais que identificam a dislexia. Crianças disléxicas tendem a confundir letras com grande frequência. Entretanto, esse indicativo não é totalmente confiável, pois muitas crianças, inclusive não-disléxicas, frequentemente confundem as letras do alfabeto e as escrevem de lado ao contrário, principalmente no inicio da alfabetização. No maternal, ou na alfabetização crianças disléxicas demonstram dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas. Na primeira série, elas não conseguem ler palavras curtas e simples, têm dificuldade em identificar fonemas e reclamam que ler é muito difícil. Do primeiro ao quinto ano, crianças que tem dislexia têm dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras; elas também frequentemente confundem palavras. Esses são apenas alguns dos muitos sinais que identificam que uma criança tem dislexia. A dislexia é tão comum em meninos quanto em meninas.
Dislexia

Sinais na primeira infância:

Após vários estudos realizados, tanto no Brasil como no exterior, constataram-se possíveis sinais de dislexia na primeira infância, dentre os quais podemos citar:
1 – atraso perceptível no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 – atraso relevante na aquisição da fala, desde o balbucio à pronúncia de palavras;
3 – dificuldade para essa criança entender o que está ouvindo;
4 – distúrbios do sono;
5 – enurese noturna;
6 – suscetibilidade às alergias e às infecções;
7 – A criança tem tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
8 – Fica inquieta e chora muito ou fica agitada com muita frequência;
9 – Apresenta dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 – tem dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares;

Segundo pesquisas científicas neurobiológicas recentes concluíram que o sintoma mais conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança, pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua dificuldade na percepção fonética. Quando este sintoma está associado a outros casos familiares de dificuldades de aprendizado e a dislexia é, comprovadamente, genética, afirmam especialistas que essa criança pode vir a ser avaliada já a partir de cinco anos e meio, idade ideal para o início de um programa interventivo. Esses programas com profissionais adequados podem trazer as respostas mais favoráveis para superar ou minimizar essa dificuldade.
Quando a criança apresenta dificuldade de discriminação fonológica  este fator leva a criança a pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons básicos que compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de inteligência, “entendendo tudo o que ouvem”, como costumam  observar suas mães, porque têm uma excelente memória auditiva. Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à identificação do significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da percepção das partes sonoras diferenciais de que a palavra é composta. Esta é a razão porque a pessoa disléxica apresenta dificuldades significativas em leitura, que leva a tornar-se, até, extremamente difícil sua soletração de sílabas e palavras.
Dislexia
É necessário que estes sintomas sejam observados e averiguados para um possível diagnóstico, pois é melhor que este seja feito o quanto antes,  para que haja o tratamento adequado no caso de dislexia e estes sintomas não influenciem negativamente na aprendizagem da criança.
Fonte: Socorro Bernardes

terça-feira, 5 de maio de 2015

Falando sobre DISLEXIA


A aprendizagem é um processo complexo e mesmo as dificuldades associadas a ele envolvem muitos fatores que precisam ser conhecidos. Quando conhecemos causas e funcionamento, conseguimos lidar melhor com os obstáculos. Então, vamos falar um pouco melhor sobre Dislexia?
  • Você sabe o que é Dislexia?
A Dislexia é um transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica e sua principal característica é a dificuldade no reconhecimento (leitura) preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e na soletração.(Definição adotada pela IDA – International Dyslexia Association, em 2002. Essa também é a definição usada pelo National Institute of Child Health and Human Development – NICHD) É importante ressaltar que a Dislexia não está associada à inteligência ou à capacidade de pensar, não significa falta de motivação ou de vontade de aprender, não é um problema psicológico, de comportamento ou social. E também não se trata de uma doença. “É um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem”.
  • Os sinais apresentados:
Cada pessoa é um ser único, individual. E cada pessoa com Dislexia também tem características próprias, nenhuma é exatamente igual à outra e, sendo assim, os sinais podem se mostrar diferentes de um indivíduo para o outro. Mas alguns sinais são mais comuns, como: dificuldade de pronunciar alguns fonemas, dificuldade para rimas, inversão de letras e palavras (como trocar o “p” pelo “q” ou o “d” pelo “b”), dificuldade para separar e sequenciar sons (como: b-o-l-a), dificuldade na compreensão de textos, pode apresentar dificuldade de concentração, entre outros.
  • Toda dificuldade de aprendizagem e/ou concentração é um sinônimo de Dislexia?
A resposta é, sem dúvidas, não!
Precisamos tomar muito cuidado com diagnósticos precipitados, ainda mais considerando a era digital em que vivemos, onde poucas escolas se adequam aos novos interesses e demandas de aprendizagem, onde as crianças são excessivamente expostas a estímulos tecnológicos e excessivamente cobradas em múltiplos afazeres. Muitos fatores podem estar relacionados então a uma dificuldade de concentração em tarefas escolares ou mesmo dentro da sala de aula, por exemplo. Em relação à dificuldade de leitura, escrita e aprendizagem, precisamos levar em conta também possíveis problemas de visão e audição, fatores neurológicos, sociais, familiares, psicológicos, de metodologia de ensino no ambiente escolar e outros. Só depois de uma análise muito cuidadosa, poderemos estabelecer um diagnóstico positivo ou negativo para a Dislexia.
  • Descobrindo a Dislexia:
Desde muito cedo é possível observar alguns sinais da Dislexia, mas um diagnóstico seguro é feito a partir de um tempo considerável de exposição da criança ao aprendizado da leitura e da escrita. E é claro, precisamos respeitar as fases de desenvolvimento da criança, pois cada idade responde de uma forma a estímulos novos e cada criança tem seu ritmo de aprendizagem, que nem sempre será exatamente aquele que a família deseja.
  • Por que algumas pessoas só descobrem a Dislexia na fase adulta?
A Dislexia é um quadro que está presente durante toda a vida do indivíduo, desde o nascimento. O que ocorre nos casos em que só se descobre o transtorno na fase adulta é que o disléxico provavelmente encontrou formas de lidar e compensar a suas dificuldades (mediante a um esforço maior do que pessoas que não tem Dislexia), convivendo com elas até que fosse estabelecido um diagnóstico.
  • Papel da família:
Diante da suspeita de Dislexia, ou mesmo após o diagnóstico e durante o acompanhamento do quadro, o papel da família é fundamental. Às vezes os pais se sentem frustrados em suas expectativas ao verem que o aprendizado do filho segue a passos mais lentos do que eles esperavam. No início isso pode resultar em cobranças até sufocantes para as crianças, o que pode piorar as dificuldades que elas já apresentam. Buscar o auxílio de profissionais (fonoaudiólogo, psicólogo, neuropediatra…) irá ajudar a família a lidar com todo este processo e trabalhar a compreensão e paciência, tão importantes para o disléxico. Acompanhar de forma positiva todas as evoluções, respeitar e também dar apoio nas dificuldades deve ser o papel da família sempre.
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica 

terça-feira, 21 de abril de 2015

A BORBOLETA E A PSICOPEDAGOGIA


O psicopedagogo coloca-se
À altura da borboleta,
Intervindo no processo de seu nascimento, 
Elaborando o tempo e o espaço necessários,
Sem medo, Sem insegurança,
Sem precipitação.
Há tempo para tudo,
Tempo para nascer,
Tempo para viver,
Tempo para respirar,
Tempo para morrer.
Viver, este é o segredo,
O psicopedagogo conhece
A história da borboleta,
Acompanha o seu desenvolvimento,
Percebe o seu progresso,
Evolução.
Impaciência,
Ansiedade,
Devem ser superadas.
Esta ação é humanizante,
Coletiva,
Socialmente,
E com ela conquistaremos a maturidade,
A consciência da realidade
E a humanização da borboleta,
Esta borboleta é o EDUCANDO.
de José Damião Limeira
Porto Alegre - RS - por correio eletrônico

domingo, 12 de abril de 2015

Estratégias para memória em crianças com Déficit de Atenção ou Dislexia

Existem crianças que tem dificuldade para guardar as informações na memória de trabalho e depois utiliza-la.
Déficit de atenção
Em atendimentos feitos a crianças, em especial, as que têm dislexia e déficit de atenção, notamos que este fato acontece bastante. Muitas vezes o professor pensa ensinar o que sabe, porém, a criança nem sempre aprende o que o professor quer ensinar, mas sim o que ela quer aprender, ou seja, algo que o professor nem sabe que ensinou mas que a criança reteve.
Déficit de atenção
Como citamos em artigos anteriores, sobre memória de curto prazo ou memória de trabalho, vamos apenas relembrar que:
– “Se não utilizarmos que trabalharmos com a informação da memória de trabalho, rapidamente, ela se desvanecerá (ao redor de 15 segundos).
– A informação que não é guardada na memória de longo prazo não pode ser relembrada.
– Podem ser utilizadas várias estratégias para manter a informação de memória de curto prazo. Por exemplo, a informação pode ser repassada, realizar elaborações com ela, criar imagens visuais, etc.
– A informação da memória de longo prazo é transferida para a memória de trabalho; isso é o que permite sua utilização.
Devemos sempre lembrar que para que qualquer aprendizagem seja possível, o aspecto emocional é primordial: NÃO ocorre uma aprendizagem se existir uma interferência afetiva.
A retenção da informação varia também de acordo com o método de ensino utilizado. O gráfico abaixo representa o resultado de estudos realizados depois que alunos foram expostos a diferentes métodos de ensino.
Na aula oral presume-se que o aluno aprende 5%, leitura 10%, Audiovisual 20%, demonstração 30%, discussão em grupo 50%, praticar fazendo, 75%, ensinar a outro/uso imediato da aprendizagem 90%.
Retenção Informação
A informação relembrada depois de 24 horas presumimos que estará na memória de longo prazo. Para melhor reter a informação na memória dos alunos, observe as estratégias abaixo:

Algumas estratégias para melhorar a qualidade da memória visual:


– Criar imagens visuais: Pedir à criança que feche os olhos e imagine um brinquedo, Ex: Uma bola
– Realizar conexões ou associações: Associar letras a imagens, exemplo C com casa, D com dado, ou cores com imagens, vermelho com coração, verde com limão, marrom com urso (explicar que nem todos os ursos são marrons), etc.
Déficit de atençãoDéficit de atenção
– Dar as instruções de várias maneiras: dar as instruções tanto de forma oral quanto utilizando imagens, sons, ou até mesmo fazendo um pequeno teatro. É bastante divertido.
– Apresentar ilustrações com letras. Mostre as ilustrações a criança e peça que a mesma a memorize e depois as reproduza no papel. A quantidade de letras pode ir aumentando de acordo com a idade.
Ex:
MOICGADBGTFIBJSSKN
Espero que este artigo e estas estratégias tenham ajudado muito a todos vocês. Até o próximo post onde continuarei escrevendo sobre estratégias e atividades que tem me auxiliado bastante e onde tenho obtido resultados muito positivos com meus alunos. Comentem, façam sugestões, estarei fazendo esta parceria e responderei a todos os comentários de vocês.
Psicopedagoga, Psicanalista Clínica, Palestrante, Bacharel em Administração de Empresas, Professora do município de Juazeiro-BA na área de Atendimento Educacional Especializado, Escritora/poetisa com livro publicado pela Editora Baraúna e CBJE.

terça-feira, 7 de abril de 2015

A TRANSFERÊNCIA




A transferência é um fenômeno que ocorre na relação paciente/terapeuta, onde o desejo do paciente irá se apresentar atualizado, com uma repetição dos modelos infantis, as figuras parentais e seus substitutos serão transpostas para o analista, e assim sentimentos, desejos, impressões dos primeiros vínculos afetivos serão vivenciados e sentidos na atualidade.
O manuseio da transferência é a parte mais importante da técnica de análise. Em Um Estudo Autobiográfico Freud (1925) faz uma explanação geral do mecanismo de transferência. A transferência logo que surge substitui na mente do paciente o desejo de ser curado, e, enquanto for afeiçoada e moderada, torna-se o agente da influência do médico e nem mais nem menos do que a mola mestra do trabalho conjunto de análise
Posteriormente, quando se tiver tornado arrebatada ou tiver sido convertida em hostilidade, torna-se o principal instrumento da resistência. Poderá então acontecer que paralise os poderes de associação do paciente e ponha em perigo o êxito do tratamento. Não é possível falar em análise sem transferência. Não se deve supor, todavia, que a transferência seja criada pela análise e não ocorra independente dela. A transferência é meramente descoberta e isolada pela análise. Ela é um fenômeno universal da mente humana, decide o êxito de toda influência médica, e de fato domina o todo das relações de cada pessoa com seu ambiente humano.
Em A História do Movimento Psicanalítico (1914) fala que o surgimento da transferência sob forma francamente sexual- seja de afeição ou hostilidade – no tratamento das neuroses, apesar de não ser desejada ou induzida pelo médico nem pelo paciente, sempre lhe pareceu a prova mais irrefutável de que a origem das forças impulsionadoras da neurose está na vida sexual. E ainda que a transferência seja ponto de partida do trabalho da psicanálise.
Se o paciente coloca o analista no lugar do pai (ou da mãe), está também lhe concedendo o poder que o superego exerce sobre o ego, visto que os pais foram, como sabemos , a origem do seu superego. O novo superego dispões agora de uma oportunidade para uma espécie de pós-educação do neurótico. (Freud, 1930, pág. 49)
Na transferência o paciente produz com clareza plástica, uma parte importante da história de sua vida, da qual de outra maneira, ter-nos-ia fornecido apenas um relato insuficiente. Ele a representa diante de nós, por assim dizer, em vez de apenas nos contar. (Freud, 1930)
A transferência permite que o analista se aproprie do saber inconsciente que se insinua na fala do sujeito. A interpretação da transferência é perigosa, pois tal procedimento pode até aliviar a angústia do sujeito, e com isso gratificar o analista, mas pode ser que o analisando esteja apenas substituindo sua associações pelas interpretações do analista, numa tentativa de recuperar a estabilidade que as defesas conferem à neurose.
Em A Questão da Análise Leiga Freud (1927) declara que toda análise digna dessa nome institui uma neurose de transferência, que constitui o sintoma, um sintoma analítico.uma responsabilidade maior do analista na condução da análise reside no manejo da transferência, num manejo analítico da neurose de transferência. Ele dizia que o neurótico não quer curar-se, mais precisamente não quer curar-se dessa neurose de transferência.
A transferência se constitui a partir da realidade psíquica do analisando, por meio dos seus desejos, medos e outros aspectos da sua subjetividade. Em Recordar, Repetir e Elaborar, Freud (1914) esclarece que a transferência cria uma região intermediária entre a doença e a vida real, através da qual a transição de uma para a outra é efetuada. A nova condição assumiu todas as características da doença, mas representa uma doença artificial, que é, em todos os pontos acessível à nossa intervenção. Trata-se de um fragmento que foi tornado possível por condições especialmente favoráveis, e que é de natureza provisória

Fonte: https://psicologado.com/abordagens/psicanalise/transferencia © Psicologado.com

domingo, 29 de março de 2015

Entendendo o autismo (legendado em português)

O que acontece na infância, não fica na infância…




Há tempos, sabemos da importância da infância para uma vida adulta feliz e saudável. Recentemente, li algo sobre o assunto, que citava o seguinte exemplo: se uma criança, que chora e pede para ser alimentada, é ignorada pela mãe no momento do choro, mas é atendida quando espera em silêncio, esta criança grava em seu subconsciente, que quando quer alguma coisa não deve pedir e nem chorar, mas esperar, pois alguém vai perceber sua necessidade apenas em seu silêncio. Achei o exemplo esplêndido, porque apesar de fazer muito sentido e parecer lógico, é algo tão cruel, que eu não havia pensado nisso. Esta criança se tornará um adulto que não luta pelo que quer, mas que espera silenciosamente. Percebi o quanto pequenas atitudes podem influenciar o comportamento de um individuo a sua vida inteira, sem que o mesmo nem se dê conta.
Certa vez, tive a seguinte experiência com vizinhos de apartamento: as paredes não eram maciças o bastante para abafar os sons mais altos. Todos os dias, a mãe das crianças parecia um anjo enquanto o marido estava em casa: falava baixinho e parecia a melhor mãe do mundo, além de esposa exemplar. Porém, assim que o marido saía de casa, a mulher começava a gritar freneticamente com as crianças. Por vezes, trancava-as no banheiro ou no quarto para limpar a casa. O caso era claro: o casamento não ia bem, a mulher estava sempre competindo com a ex-mulher do marido e tentava a todo custo manter a casa na mais perfeita ordem. Quando o homem chegava em casa, a mesma estava impecável e a mulher parecia ser tranquila.
Eu me pergunto: o que aquelas duas crianças vão levar para suas vidas adultas sobre essas experiências com sua mãe? Será que sempre verão no pai, o falso herói, que era capaz de transformar a mãe nervosa em uma pessoa calma e prestativa? Será que se darão conta algum dia, da oscilação terrível de humor a que eram submetidos diariamente, por conta da insegurança da mãe? De que forma esse tipo de experiência afeta a vida das pessoas quando já adultas? Será que todo estudo de psicologia e psicanálise nos permite mesmo olhar para trás e trabalhar o que nos foi feito quando ainda éramos tão vulneráveis e vazios de aprendizado?
Não conheço as respostas para essas questões, mas gosto das dúvidas que elas proporcionam. Conheço uma psicóloga que decidiu pausar sua vida profissional, quando se tornou mãe. Ela sabia da importância fundamental dos dias infantis de sua filha, para que a mesma pudesse se tornar uma adulta feliz e segura, sem traumas e com comportamentos oriundos de uma infância mal vivida. Certamente, muitas mães fariam o mesmo, se soubessem do grau tão elevado de importância da infância, na vida de um ser humano.
Quer um filho saudável, feliz e bem sucedido? Proteja sua infância. Viva seus dias com ele e para ele. O proteja de atitudes bobas como a da mãe que maltratava seus filhos, toda vez que o marido saía de casa.
Ser criança é ser um indivíduo vazio, pronto para aprender com seus pais, absorvendo tudo, sem possibilidade de filtrar o que é bom e o que é ruim. Se na maioria das vezes, nem mesmo os pais percebem o quão falhos são, quem dirá as crianças?
Não somos responsáveis por nossa infância e nem pelo que fizeram conosco. Sobre isso e para isso, utilizamos os recursos da psicologia. Mas somos sim, totalmente responsáveis pela infância de nossos filhos.
Que todo amor seja destinado aos nossos. E quando necessário, vale buscar ajuda profissional, já que o assunto é tão sério, delicado e difícil.
Porque o que acontece na infância, não fica na infância.
Mas fica… para a vida toda!
Por Carolina Vila Nova

quarta-feira, 25 de março de 2015

OS 7 TIPOS DE INTELIGÊNCIA


Segundo Howard Gardner, psicólogo autor desta teoria, existem ao todo 7 tipos de inteligência e todas as pessoas tem um pouco dos 7 combinados dentro de si. No entanto cada pessoa tem um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros.
Os 7 tipos de inteligência identificados no trabalho de Howard Gardner são:



1. Inteligência Linguística: Talento para lidar com as letras e com as pessoas 
As pessoas que possuem este tipo de inteligência tem grande facilidade de se expressar tanto oralmente quanto na forma escrita. Elas além de terem uma grande expressividade, também tem um alto grau de atenção e uma alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado esquerdo do cérebro é uma das inteligências mais comuns. 
2. Inteligência Lógica: Talento para lidar com números e questões lógicas
Pessoas com esse perfil de inteligência tem uma alta capacidade de memória e um grande talento para lidar com matemática e lógica em geral. Elas tem facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade de dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar a resposta final. São pessoas organizadas e disciplinadas. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado direito do cérebro. 
3. Inteligência Motora: Talento para os esportes e para a dança
Pessoas com este tipo de inteligência possuem um grande talento em expressão corporal e tem uma noção espantosa de espaço, distancia e profundidade. Tem um controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar movimentos complexos, graciosos ou então fortes com enorme precisão e facilidade. É uma inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os movimentos voluntários do corpo. Presente em esportistas olímpicos e de alta performance. É um dos tipos de inteligência diretamente relacionado a coordenação e capacidade motora. 
4. Inteligência Espacial: Grande capacidade de abstração 3D e 2D, relacionada também a criatividade
Pessoas com este perfil de inteligência, tem uma enorme facilidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Elas tem uma grande capacidade de criação em geral mas principalmente tem um enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência tem como principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar coisas que quem não tem este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue
5. Inteligência Musical: grande talento para a música e aptidão criativa
É um dos tipo raros de inteligência. Pessoas com este perfil tem uma grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas musicais. Eles conseguem ouvir e processar sons além do que a maioria das pessoas consegue, sendo capazes também de criar novas músicas e harmonias inéditas. Pessoas com este perfil é como se conseguissem “enxergar” através dos sons. Algumas pessoas tem esta inteligência tão evoluída que são capazes de aprender a tocar instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é um dos tipos de inteligência fortemente relacionados a criatividade.
6. Inteligência Interpessoal: liderança prática para comandar as pessoas
Inteligência interpessoal é um tipo de inteligência ligada a capacidade natural de liderança. Pessoas com este perfil de inteligência são extremamente ativas e em geral causam uma grande admiração nas outras pessoas. São os lideres práticos, aqueles que chamam a responsabilidade para si. Eles são calmos, diretos e tem uma enorme capacidade para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele achar conveniente. São capazes também de identificar as qualidades das pessoas e extrair o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto. 
7. Inteligência Intrapessoal: Liderança indireta para influenciar as pessoas
É um tipo raro de inteligência, também relacionado a liderança. Quem desenvolve a inteligência interpessoal tem uma enorme facilidade em entender o que as pessoas pensam, sentem e desejam. Ao contrário dos lideres interpessoais que são ativos, os lideres intrapessoais são mais reservados, exercendo a liderança de um modo mais indireto, através do carisma e influenciando as pessoas através de idéias e não de ações. Entre os tipos de inteligência, este é considerado o mais raro.

(Nathalia Paccola)