Na língua portuguesa não existe uma tradução exata capaz de expressar todas as situações de “bullying” possíveis. Este termo compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas entre iguais (estudantes), que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, que tornam possível a intimidação da vítima.
A palavra "bullying" é usada para descrever diferentes tipos de comportamento que visam ferir ou controlar outra pessoa. Algumas vezes, “bullying” quer dizer colocar apelidos, dizer palavrões, fazer ameaças, difamar alguém ou falar mal pelas costas, ofender, zoar, gozar, encarnar, “sacanear”, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, quebrar pertences, sacudir ou fazer com que alguém faça algo que ele não quer.
Basicamente, “bullying” tem a ver com fazer com que alguém se sinta inseguro, insignificante ou amedrontado, excluindo essa pessoa de atividades, jogos ou de um grupo social, ignorando-os deliberadamente. Às vezes, é um indivíduo quem faz “bullying” e, em outras, é um grupo.
A coisa mais importante não é a ação em si, mas o efeito que esta tem sobre a vítima. Na verdade, estes comportamentos agressivos sempre existiram, mas o que mudou foi a intensidade de sua freqüência e de seu teor agressivo,
Os alvos , pessoas ou grupos ,são geralmente pouco sociáveis e um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos.
O melhor antídoto para lidar com o “bullying” e não se tornar um alvo fácil é gostar de si mesmo, é acreditar em si próprio, é ter uma elevada auto-imagem que abarque a aceitação de suas características próprias, aceitando-as como prova de sua individualidade no mundo, e, principalmente, não cultivar o papel de vítima perante os demais.
Por outro lado, é importante que se conscientize de que não está sozinho nessa situação, não sendo culpado pelo que acontece, embora seja responsável pelo que possa vir a acontecer, se der poder a quem o ameaça, submetendo-se por medo. É importante que relate os fatos para outras pessoas como amigos e adultos que fazem parte de seu convívio, como seus pais, professores, orientadores, terapeutas, pois é realmente difícil interromper esse processo sozinho.
Determinadas atitudes são fundamentais nesta hora, como ter coragem e não passar uma imagem de medo, pois, na realidade, este é o grande prêmio de quem coage em um “bullying”. Deve manter a calma, não lutar ou reagir de modo agressivo, ignorar os provocadores indo embora, pois, assim, há um esvaziamento do poder de quem coage. O que ele deseja ver são evidências de quanto o outro se sente mal e incapaz e, possivelmente, agirá ainda pior na próxima vez.
A única maneira de se combater o “bullying” é através da cooperação de todos os envolvidos: professores, funcionários, alunos e pais.Fonte: Elisabeth Salgado
2 comentários:
Gostaria que vc fizesse mais postagens sobre o lúdico.Desde já agradeço!
Ana,vou iniciar o estágio cliníco,que sugestão de provas vc me recomenda?Se for possível envie para meu e-mail:zilmamartins86@hotmail.com
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