SDA (Síndrome de Déficit de
Atenção) é o nome que se dá a uma condição em que a pessoa, quando comparada a
outra, da mesma idade e sexo, mostra uma sensível redução de habilidades para
manter a atenção, controlar suas ações ou dizer algo sem pensar, regular as
atividades físicas de acordo com a situação, ser motivada a ouvir os outros e
compreender e acatar o que lhe foi dito.
A SDA é causada por uma pequena
disfunção cerebral que torna a pessoa incapaz de pensar claramente, de ter um
humor estável, de manter as fantasias e impulsos sob controle, de estar
satisfatoriamente motivada na vida e de regular essa energia na proporção
correta, dentro da situação em que se encontra.
Estudos comprovam que, além da
falta de atenção, impulsividade, irritabilidade, intolerância e frustração são
alguns sintomas de quem é portador de SDA e que acabam tendo maior tendência à
depressão e uso de drogas e álcool.
A maioria são pessoas
hiperativas, com dificuldade de aprendizagem, mesmo quando têm inteligência
acima da média.
Um dos problemas mais graves a
serem enfrentados é a discriminação de professores,colegas e até da família. Os
pais, muitas vezes, criam um ambiente de tensão, ao exigirem que elas se
comportem ou dêem respostas como as outras.
Tudo isso contribuiu para que as
pessoas nessas condições tenham autoestima baixa e passem a exigir atenção
especial de pais e educadores pois elas nem conseguem ficarpor muito tempo
paradas ou em silêncio.
Se é hiperativa, a pessoa com
SDA sofre ainda com o aumento das suas reações emocionais e por não reconhecer
seus limites, sendo que em ambiente estressante o problema tende a se
agravar.
Outros sintomas: desorganização,
esquecimento, falta de senso de horário, criatividade e inteligência mas com
pouco rendimento, dificuldade de concentração, para seguir ordens ou direção,
para aguardar sua vez em filas ou para participar de jogos, para ouvir os outros
sem interromper e para não se distrair facilmente.
De "Disfunção Cerebral Mínima"
como era conhecido, o problema passou a ser considerado, mais recentemente, como
déficit ou distúrbio de atenção. E mesmo o conceito de déficit está mudando, com
a inclusão de qualidades como criatividade, alta inteligência, senso de
intuição e habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Hoje sabe-se que pessoas como
Steven Spielberg, Thomas Edson, Einstein, Leonardo da Vinci, Walt Disney, John
Lennon, Louis Pasteur e tantos outros que se destacaram pela genialidade tinham
SDA.
A SDA é um problema que atinge
nada menos do que 1/3 da população mundial, segundo levantamento realizado
recentemente por especialistas dos Estados Unidos.
No Brasil, onde a problemática
não é diferente, já se sabe que pelo menos 10% da população infantil sofre com
os sintomas mais graves dessa síndrome.
Segundo informações da
Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil essetranstorno afeta
um grande número de crianças, comprometendo o desempenho escolar, dificultando
as relações interpessoais e provocando baixa auto-estima.
A dificuldade em conviver com
essa situação é provocada mais pela falta de informaçãoe de compreensão dos pais
e educadores, pois a questão é entender como são essas pessoas e como elas se
comportam.
A partir do diagnóstico, a
solução torna-se possível com a adoção de medidas que incluem um novo
direcionamento na sua educação, não apenas na escola, mas em casa e em outros
ambientes, sempre procurando uma acomodação de acordo com as suas necessidades.
Também é fundamental que esse trabalho educacional seja integrado, incluindo
pais e professores, com uma grande dose de compreensão, determinação,
perseverança e paciência.
Como lidar
com alunos agitados e dispersivos
Uma criança com Síndrome de Déficit de
Atenção (SDA) na sala de aula deixa qualquer professor frustrado. Ela não para
quieta, não presta atenção, distrai os colegas e prejudica o andamento da aula.
Seu desempenho escolar é, na maioria das vezes, vergonhoso.
Estudos feitos nos Estados Unidos
trazem boas notícias: é possível amenizar os sintomas da SDA através de
estratégias de intervenção no comportamento. Uma aula onde a professora oferece
feed-back frequente e supervisiona os alunos um por um, por exemplo, ajuda a
manter a criança atenta. O mesmo acontece quando as tarefas são dinâmicas e
criativas. Tarefas repetitivas e pouco retorno, por outro lado, favorecem o
aparecimento dos sintomas.
Segundo os estudos, o professor obtém
bons resultados:
- organizando as carteiras em círculo
(ao invés de fileiras);
- propondo tarefas ativas (criar,
construir), não passivas (preencher, responder);
- adotando um ritmo dinâmico nas aulas
e criando oportunidades para os alunos participarem;
- fornecendo aos alunos um programa com
as atividades do dia;
- usando recursos e formas de
apresentação inusitados;
- elogiando o aluno quando ele
demonstrar esforço e castigando-o quando ele sair da linha (ele deve saber que o
mau comportamento traz consequências).
Outras
dicas:
- Seja claro e objetivo ao definir as
regras de comportamento dentro da sala de aula
- O aluno deve receber retorno não
somente depois de terminar uma tarefa, mas enquanto estiver
trabalhando
- Quando der instruções, peça para o
aluno com SDA repetí-las para a classe
- Peça para o aluno fazer uma avaliação
de seu comportamento e depois compará-la à sua.
- Professor e aluno podem, juntos,
estabelecer metas e medir o progresso feito; o desafio motiva crianças com
SDA.
2 comentários:
Oi gostei muito do seu site e blog, sou estudante de Pós graduação em psicopedagogia e estava pesquisando sobre síndrome de deficit de atenção e gostei de o alguém do estado com site e blog normalmente encontramos mais de SP e RG
Obrigada Larissa ... Sucesso pra vc! Esteja a vontade sempre que precisar.
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