Jogos de regra podem ser um importante instrumento no diagnóstico psicopedagógico. As situações que surgem durante o jogo – escolhido livremente ou proposto pelo psicopedagogo permitem observar:
*como o sujeito usa seus próprios recursos cognitivos e expressa suas emoções,
*como compreende e como aprende instruções e regras do jogo,
*se aparecem respostas constantes do tipo: “Não sei”, “Não entendi”, “Esse é difícil”, “Mas…tem solução?”,
*o modo de enfrentar situações novas,
*o nível de atenção e o foco na tarefa,
*as indecisões para iniciar,
*para continuar,
*como enfrentar as dificuldades,
*seus esforços,
*o grau de paciência e persistência nas tentativas e estratégias,
*o nível de resistência à frustracão,
*as estratégias que usa para jogar – se faz planejamentos, antecipações,se joga “ao acaso” ou faz escolhas “refletidas”,
*se explora possibilidades ,
*o nível de solução de problemas,
*a lógica usada na busca de soluções,
*se pede ajuda ou não,
*se parece admitir que pode contar com a ajuda do psicopedagogo,
*o nível de autonomia ao jogar – quando já conhece o jogo/quando ainda não conhece o jogo,
*a ansiedade mobilizada pelo jogo,
*a agressividade,
*os medos, conflitos e defesas,
*como lida com o erro – o erro paralisante e o erro como estímulo para buscar novos caminhos,
*os argumentos que usa para justificar os erros e os acertos, como lida com o ganhar e o perder.
Os dados observados nos jogos de regra são analisados e integrados ao conjunto de dados obtidos durante a avaliação psicopedagógica para se chegar à Compreensão Diagnóstica.
Fragmentos de casos clínicos em que jogos de regra são utilizados no diagnóstisco psicopedagógico – como O Jogo da Velha, Quarteto, Resta Um, Cara a Cara, Can Can, Torre de Hanói, A Hora do Rush – são relatados e discutidos.
Os jogos de regra constituem também um dos pilares do trabalho de intervenção psicopedagógica: desempenham uma função estruturante que gera transformações e abre possibilidades de aprendizagem.
O jogo cria um espaço transicional – possibilita “conversar sobre o que realmente importa como se não importasse tanto”.
Ao experimentar acontecimentos totais – como os jogos de regra – a criança e/ou adolescente recupera a possibilidade de aprender com a experiência e pode transpor essa experiência para outras situações de aprendizagem.
Na situação de jogo, muitas vezes, o critério de certo errado é decidido pelo grupo. Assim, a prática do debate permite o exercício da argumentação e a organização do pensamento.
A participação em jogos de grupo representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para o aluno e um estímulo para o desenvolvimento de suas competências.
Cada lance do jogo é uma decisão a ser tomada pela criança, portanto, pode-se ver o jogo como um exercício de decisão, o que equivale a um exercício de cidadania.
A participação em jogos de grupo representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para o aluno e um estímulo para o desenvolvimento de suas competências.
Cada lance do jogo é uma decisão a ser tomada pela criança, portanto, pode-se ver o jogo como um exercício de decisão, o que equivale a um exercício de cidadania.
O jogo educa a atenção e, sendo agregativo, favorece a socialização.
O jogo estimula a criação de estratégias vencedoras, sendo portanto, uma verdadeira ginástica mental. É, ao mesmo tempo, um entretenimento sadio e uma forma subjacente de raciocinar.
O jogo é então um promotor de aprendizagens .
Enquanto joga a criança desenvolve:
*Iniciativa
*Iniciativa
*Imaginação
*Raciocínio
*Raciocínio
*Memória
*Atenção
*Curiosidade
*Interesse*Responsabilidade individual e coletiva
*Cooperação ( coloca-se na perspectiva do outro)
" A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar a atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artifício. Coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo dos seus intintos naturais, aliados e não inimigos."
(CLAPARÈDE,1932)
3 comentários:
Oi Ana Carmém, sou membro da comunidade Associação Brasil de Psicopedagogia, e vendo o fórum de intervenção psicopedagógica, li sua postagem e resolvi te visitar no blog. Nossa amei!
É muito lindo tudo aqui e gostei muito das psotagens, sempre enfantizando a aprendizagem e a preocupação em fazer o melhor pela educação brasileira. Parabéns.
Eu sou professora municipal, sou pedagoga com espec. em Psicopedagogia institucional, ( mas já fiz minha matrícula na Psicopedagogia clinica). Este ano fui convidada a atuar como psicopedagoga, então por isso que fico vasculhando na net, tudo sobre essa área, estou amando.
Se possível gostaria de trocar idéias contigo, apesar de sermos de regiões bem diferentes, já que sou do interior do Rio Grande do Norte, e você pelo que vi é de Porto Alegre - RS.
bjos
Olá Ana Cleidi..será um prazer trocar idéias com vc. Qual é seu msn? Podes me add no orkut tb. Bjos
oLÁ QUERIDA AMEI SEU BLOGCOMO PSICOPEDAOGOGA INSTITUCIONAL, E ESTOU NA FASE DE BUSCAR TUDO O QUE POSSO PARA MELHORAR A MINHA PRÁTICA, SEI QUE NÃO POSSO FAZER DIAGNOSTICO E NEM FICHAS, MAS VOU TRABALHOS COM JOGOS E LUDICO SE VC TIVER ALGUM MATERIAL E SUGESTÕES POR GENTILEZA ME ENVIE O MEU E-MAIL É franciscasilvania@hotmail.com
obrigada, bjs.sou de Rondonia.
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