segunda-feira, 27 de julho de 2009

A TÉCNICA PSICANALÍTICA ATRAVÉS DO BRINCAR



1. O atendimento de crianças

· A partir do período de latência(de 6 anos em diante);

· As interpretações deveriam ser cuidadosas;

· As camadas mais profundas do inconsciente não poderiam ser exploradas;

· A situação edipiana inconsciente não poderia ser analisada;

· O superego era considerado fraco;

· Devido a suposta fraqueza do superego, os analistas assumiam uma postura educativa;

· Postulava-se que a “situação analítica”(interpretação, solução gradual das resistências, foco na transferência) não poderia ser obtida com a criança;

· Usava-se a transferência positiva e evitava-se a transferência negativa.


2. A proposta kleiniana

A- O significado do brincar

· O brincar é uma expressão de processos inconscientes profundos;

· O brincar equivale ao conteúdo manifesto do sonho, que após ser interpretado, revela o significado latente.

B- A ludoterapia

· A interpretação da ansiedade e das defesas contra ela;

· O princípio da associação livre(atenção dirigida ao brincar, à fala e ao comportamento surgido espontaneamente);

· A exploração do inconsciente;

· A análise da transferência(principalmente a negativa);

· A situação transferencial deve ser conduzida no consultório e não na casa do paciente;

· O uso do brinquedo numa caixa exclusiva para cada criança;

· A composição da caixa: pequenos homens e mulheres de madeira, carros e carrinhos de mão, balanços, trens, aviões, animais, árvores, blocos, casas, cercas, papel, tesoura, uma faca, lápis, giz ou tinta, cola, bolas e bolas de gude, massa de modelar e barbante.

· O equipamento do consultório: um chão lavável, água corrente, uma mesa, algumas cadeiras, um pequeno sofá, algumas almofadas e um móvel com gavetas.

C- A agressividade no brincar

· É essencial permitir à criança a expressão da agressividade;

· Mais importante ainda é compreender a causa e o contexto em que a agressividade surge;

· A atitude da criança para com o brinquedo é sempre reveladora(a destruição e a reparação);

· O analista não deve permitir ataques físicos a sua pessoa, para resguardá-lo e evitar o aumento da culpa e da ansiedade persecutória;

· O analista não deve mostrar desaprovação quando a criança quebra um brinquedo;

· O analista não deve encorajar a expressão da agressividade ou sugerir reparações;

· A interpretação deve estar ligada ao material produzido no momento, ao comportamento observado e em conexão com o que foi colhido dos pais;

· Mesmo as crianças pequenas compreendem as interpretações quando estas dizem respeito a pontos relevantes do material;

· A criança tem uma capacidade de insight maior que o adulto, pois as conexões entre consciente e inconsciente são mais próximas e as repressões menos poderosas.




Fonte: UNIP

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