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Publicado por Clínica Psicopedagógica em Quinta, 17 de março de 2016
Linguagens do Aprender
quinta-feira, 17 de março de 2016
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
As crianças não são hiperativas, são mal-educadas
Excelente artigo para refletir...
É uma comédia que se acumula no dia-a-dia. Um sujeito vai ao café ler o jornal, e o café está inundado de crianças que não respeitam nada, nem os pardalitos e os pombos, e os pais "ai, desculpe, ele é hiperactivo", que é como quem diz "repare, ele não é mal-educado, ou seja, eu não falhei e não estou a falhar como pai neste preciso momento porque devia levantar o rabo da cadeira para o meter na ordem, mas a questão é que isto é uma questão médica, técnica, sabe?, uma questão que está acima da minha vontade e da vontade do meu menino, olhe, repare como ele aperta o pescoço àquele pombinho, é mais forte do que ele, está a ver?". E o pior é que a comédia já chegou aos jornais. Parece que entre 2007 e 2011 disparou o consumo de medicamentos para a hiperactividade. Parece que os médicos estão preocupados e os pais apreensivos com o efeito dos remédios na personalidade dos filhos. Quem diria?
É uma comédia que se acumula no dia-a-dia. Um sujeito vai ao café ler o jornal, e o café está inundado de crianças que não respeitam nada, nem os pardalitos e os pombos, e os pais "ai, desculpe, ele é hiperactivo", que é como quem diz "repare, ele não é mal-educado, ou seja, eu não falhei e não estou a falhar como pai neste preciso momento porque devia levantar o rabo da cadeira para o meter na ordem, mas a questão é que isto é uma questão médica, técnica, sabe?, uma questão que está acima da minha vontade e da vontade do meu menino, olhe, repare como ele aperta o pescoço àquele pombinho, é mais forte do que ele, está a ver?". E o pior é que a comédia já chegou aos jornais. Parece que entre 2007 e 2011 disparou o consumo de medicamentos para a hiperactividade. Parece que os médicos estão preocupados e os pais apreensivos com o efeito dos remédios na personalidade dos filhos. Quem diria?
Como é óbvio, existem crianças realmente hiperactivas (que o Altíssimo dê amor e paciência aos pais), mas não me venham com histórias: este aumento massivo de crianças hiperactivas não resulta de uma epidemia repentina da doença mas da ausência de regras, da incapacidade que milhares e milhares de pais revelam na hora de impor uma educação moral aos filhos. Aliás, isto é o reflexo da sociedade que criámos. Se um pai der uma palmada na mão de um filho num sítio público (digamos, durante uma birra num café ou supermercado), as pessoas à volta olham para o dito pai como se ele fosse um leproso. Neste ambiente, é mais fácil dar umas gotinhas de medicamento do que dar uma palmada, do que fazer cara feia, do que ralhar a sério, do que pôr de castigo. Não se faz nada disto, não se diz não a uma criança, porque, ora essa, é feio, é do antigamente, é inconstitucional.
Vivendo neste aquário de rosas e pozinhos da Sininho, as crianças acabam por se transformar em estafermos insuportáveis, em Peter Pan amorais sem respeito por ninguém. Levantam a mão aos avós, mas os pais ficam sentados. E, depois, os pais que recusam educá-los querem que umas gotinhas resolvam a ausência de uma educação moral. Sim, moral. Eu sei que palavra moral deixa logo os pedagogos pós-moderninhos de mãos no ar, ai, ai, que não podemos confrontar as crianças com o mal, mas fiquem lá com as gotinhas que eu fico com o mal.
Henrique Raposo http://expresso.sapo.pt
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Estratégias para melhorar a atenção e memória sustentadas na criança com TDAH
1 – Ao dar alguma instrução, o educador deve pedir a criança que tem TDAH para repetir as instruções ou compartilhar com um colega antes de começar as tarefas.
2 – Quando a criança com TDAH desempenhar a tarefa solicitada pelo professor, oferecer sempre um feedback positivo (reforço) através de pequenos elogios e prêmios que podem ser: estrelinhas no caderno, palavras de apoio, um aceno de mão. Os feedbacks e elogios devem acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir um bom desempenho compatível com o seu tempo e processo de aprendizagem.
3 – O educador não deve criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos como falha no desempenho. Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do professor é fator DECISIVO para a melhora do aprendizado.
4 – Sempre que for possível, oferecer para a criança que tem TDAH e toda a turma tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do aluno escolher as atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter em vista que cada criança aprende no seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de cada um.
4 – O professor deve optar sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse da criança nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.
5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do aluno tenha ele TDAH ou não, gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD ou computador para a escola.
6 – Fazer sempre que possível, adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que crianças com TDAH sentem junto a portas, janelas e nas últimas fileiras da sala de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras, de preferência ao lado do professor para que os elementos que o distraem no ambiente não prejudiquem a atenção sustentada.
7 – Uma boa técnica é usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar previamente com a criança pequenos sinais cujo significado só ela e o professor compreendem. Exemplo: o professor combina com a criança que todas as vezes que percebê-lo desatento durante as atividades, colocará levemente a mão sobre seu ombro para que ela possa retomar o foco das atividades.
8 – Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as dificuldades memoriais: tabelas com datas sobre prazo de entrega dos trabalhos solicitados, usar post-it para fazer lembretes e anotações para que o aluno nã9 – Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto ou atividade avaliativa.
Fonte: www.TDAH.org.br e www.ganhesempremais.com.br
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Volta às aulas...
Atendimento clínico para crianças, adolescentes e adultos com dificuldades na alfabetização, na leitura e escrita ( troca de letras, etc), raciocínio lógico matemático, dislexia, déficit de atenção, hiperatividade, distúrbios e transtornos diversos...
Trabalho integrado com a família/escola e com atividades relacionadas ao comportamento humano em situações socioeducativas.
Av Otto Niemeyer, 2314 sala 303 - Porto alegre-RS
Fones:(51) 3273-1412 ou 9944-4557
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Dicas para favorecer a aquisição da linguagem pelas crianças com AUTISMO
Uma das grandes dificuldades das crianças com autismo é o desenvolvimento da linguagem. Estas dificuldades podem variar de uma criança para outra, mas sempre estão presentes.
Entre as alterações de linguagem destas crianças as mais significativas dizem respeito às funções comunicativas. Por isso é necessário ajuda-las a perceber essa função e para isso muitas vezes é preciso organizar situações planejadas, que busquem ampliar os meios de comunicação, os recursos utilizados para se comunicar e a aquisição de novas funções comunicativas.
A partir do momento que a criança entende que a sua fala/vocalização produz um efeito no outro e que esta é uma forma eficaz de alcançar seus objetivos, como pedir um objeto, uma ação ou protestar ela começa a utilizar intencionalmente a linguagem oral.
O fato de a criança autista apresentar um número menor de comportamentos comunicativos, muitas vezes leva o adulto a tomar mais iniciativas de comunicação como forma de estimulação da linguagem. Entretanto é necessário deixar um espaço para que a criança possa também se comunicar.
Ao mesmo tempo é preciso estar atento às iniciativas e esforços comunicativos da criança, pois a ausência de respostas gera uma quebra na comunicação, comprometendo a interação.
É extremamente importante aproveitar as situações de comunicação espontâneas, buscando dar significado verbal às vocalizações da criança a partir do contexto, permitindo que a partir de então ela possa utiliza-las de forma intencional.
Sempre que seu filho fizer alguma vocalização procure entender o que ele deseja e dê significado verbal. Por exemplo, se ele quer algo que está fora de alcance diga a ele “ah, você quer a bola? Vou pegar pra você” ou ainda, “Eu entendi que você quer a bola, mas agora precisamos terminar esta tarefa”.
Se ele ainda não faz nenhum tipo de vocalização, ou vocaliza pouco, procure dar significado aos seus gestos, emoções e comportamentos.
Faça comentários sobre as suas ações, mas evite falar o tempo todo. Dê tempo para que ele também se comunique, seja através da fala, ou de vocalizações, gestos, olhares... Esteja atento a essas tentativas de comunicação!
Procure chamar a atenção do seu filho antes de falar com ele – chamando pelo nome, tocando em seu rosto ou seu braço antes de falar, e fale próximo a ele, de preferência na altura dos olhos, certificando-se de que ele está olhando para você enquanto fala;
Forneça pistas contextuais que facilitem a compreensão (gestos, imagens, objetos, etc...)
Ofereça um comando por vez, utilizando frases curtas (vem, levanta, pegue, coloque, etc...) e aguarde a resposta (ação desejada, olhar, vocalização...)
Lembre-se: Devido às grandes dificuldades comunicativas das crianças com Autismo no desenvolvimento da linguagem, a intervenção fonoaudiológica é imprescindível para o tratamento precoce dessas crianças.
Dirlene Moreira ( fonoaudióloga)
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Avaliação Psicopedagógica
Bom dia!!!
Comunico que estou agendando horários de atendimento clínico para crianças, adolescentes e adultos. Se você ou seu filho(a) tem alguma dificuldade na alfabetização, na leitura e escrita ( troca de letras, etc), raciocínio lógico matemático, dislexia, déficit de atenção, hiperatividade, distúrbios e transtornos diversos... venha fazer uma avaliação psicopedagógica.
Trabalho integrado com a família/escola e com atividades relacionadas ao comportamento humano em situações socioeducativas.
Av Otto Niemeyer, 2314 sala 303 - Porto alegre-RS
Fones:(51) 3273-1412 ou 9944-4557
Fones:(51) 3273-1412 ou 9944-4557
domingo, 10 de janeiro de 2016
O autista não entende ou você que não sabe explicar?
Autismo não é deficiência. É um transtorno. É um modo diferente de entender, interpretar, viver este mundo. Alguns autistas podem possuir deficiência intelectual, mas é uma comorbidade, não consequência do autismo. Um exemplo mais claro: existem autistas cegos. A cegueira é um sintoma do autismo? Não. Esse indivíduo tem autismo e cegueira. O mesmo vale para a deficiência intelectual. A pessoa pode ter autismo E deficiência intelectual.
Dito isso, chegamos ao ponto que a maioria das pessoas se confundem. A pessoa com autismo, somente autismo, tem a inteligência preservada. Ou seja, ela entende tudo. O problema é COMO o assunto é apresentado. Talvez essa seja a maior barreira para um entendimento pleno do autista por um determinado assunto. A criança autista tem capacidade de aprender a ler, por exemplo, mas vai depender se o professor falará a ” mesma língua” que ela.
Por volta dos 2 anos e meio o Nic já sabia os números e o alfabeto completo. Foi a mãe superpoderosa aqui que ensinou? Não mesmo! Ele sempre gostou de música, e os vídeos infantis exploram bastante números, letras, cores, formas geométricas, etc. Foi daí que o Nic aprendeu muito, me deixando espantada quando separou os números pares e ímpares. Enquanto ele está assistindo DVD, fico tranquila porque sei o conteúdo. Quando ele está vendo vídeos no YouTube pelo tablet, a atenção tem que redobrar. Pode aparecer alguns vídeos impróprios…
O Nic é muito inteligente e tem uma ótima memória, mas não imita. Fisicamente precisa de ajuda para quase tudo: escovar dentes, comer, se vestir, ir ao banheiro, tomar banho, etc. Contarei uma experiência que acho pertinente ao tema.
Sempre que o Nic queria um brinquedo no quarto, ele me puxava para acender a luz. Eu mostrava como acendia o interruptor, mas ele só olhava e não conseguia repetir o meu movimento. Então, comecei a pegar a mão dele para ele “sentir” como era para ser feito. Fizemos isso várias vezes. Até que ele aprendeu o movimento, mas não entendia o comando. Quando pedia para apagar a luz, ele olhava o interruptor e me chamava para executar a ação. Chegou uma hora que eu falava no automático, ele não ia obedecer mesmo… Um belo dia, ele pegou o brinquedo e foi para a sala. E eu no automático: Nic, apaga a luz. Ele já estava sentado no chão da sala com o brinquedo, olhou para mim, levantou, apagou a luz do quarto e voltou para o brinquedo. FOGOS, ROJÕES, FESTA, ALEGRIA TOTAL!!! Eu o abraçava, beijava, jogava para cima, gritava PARABÉNS, MUITO BEM!!! Depois que eu consegui me acalmar, ele me olhou e deu um lindo sorriso, todo orgulhoso! Ele sabia que tinha feito a coisa certa! Agora ele é o “acendedor e apagador” de luzes oficial da casa. rsrs
Nem preciso dizer a importância desse episódio na minha vida. Por isso o estou relatando para vocês. Com o tempo e outras histórias vocês perceberão que paciência, persistência, amor e criatividade são elementos fundamentais para conseguirmos nos fazer entender por nossos anjos azuis!
Até a próxima!
Abraço azul!
Fonte: Autismor por Karine Rocha
domingo, 3 de janeiro de 2016
Personalidade antissocial
Aos 7 anos, T. convenceu seus pais, profissionais liberais de Belo Horizonte, a demitir duas empregadas domésticas. O motivo alegado: elas batiam nele. As duas negaram as agressões, mas o menino chegou a apresentar uma marca roxa no braço. Um ano depois, nova queixa sobre outra empregada. Revoltado, o casal decidiu colocar câmeras escondidas. O que viram foi uma surpresa: T. era o agressor, com pontapés e atirando brinquedos. No fim de uma semana, perguntaram se a empregada havia batido nele novamente. Choroso, T. respondeu que havia sido surrado na cozinha – onde as imagens não mostravam nada. Diante das sucessivas mentiras, foi castigado. Três anos depois, reincidiu. Com os pais já separados, adquiriu o costume de tirar dinheiro da carteira dos dois, dizendo ao pai que era a mesada da mãe, e vice-versa. Os pais só descobriram a farsa durante uma discussão sobre dinheiro. Pouco antes, uma empregada fora mandada embora da casa da mãe depois do sumiço de R$ 50. T. disse que a vira pegar a nota. Diante disso, os pais concluíram que o menino precisava de tratamento. Poucas sessões depois, o diagnóstico foi duro: ele apresentava o chamado transtorno de conduta, nome formal para a velha “índole ruim”.
“Não é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe”, diz Fábio Barbirato, chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa, no Rio de Janeiro. Ele explica que a criança ou adolescente que tem essa patologia pode se transformar, na vida adulta, em alguém com a personalidade antissocial – o termo usado hoje em dia para o que era chamado de psicopatia. “Essas crianças não têm empatia, isto é, não se importam com os sentimentos dos outros e não apresentam sofrimento psíquico pelo que fazem. Manipulam, mentem e podem até matar sem culpa”, diz Barbirato. Por volta da década de 70 do século passado, teorias sociais e psicanalíticas tentaram vincular esse comportamento perverso à educação e à sociedade. Nos últimos anos, porém, os avanços da neurologia sugerem a existência de um fenômeno físico: imagens mostram que, nas pessoas com personalidade antissocial, o sistema límbico, parte do cérebro responsável pela empatia e pela solidariedade, está desconectado do resto.
Um obstáculo para o tratamento de crianças com sinais de transtorno de conduta é o próprio tabu da maldade infantil. O senso comum afirma que as crianças são inocentes – uma crença que resulta da evolução histórica da família. Até o século XVII as crianças eram consideradas pequenos adultos e muitas nem sequer eram criadas pelos pais. No século XVIII, isso mudou. A família burguesa fechou-se em si mesma, dentro de casa. O lar virou um santuário e a criança o centro dos cuidados e das atenções. Foi o nascimento do sentimento de infância, dentro de um grupo que agora tinha como laços o afeto e o prazer da convivência. Se a criança é o eixo do sentimento moderno de família, ela não pode ser má. Eis o tabu.
As escolas costumam ser o palco diário das maldades das crianças com transtorno de conduta. A psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do best-seller Mentes perigosas, diz que crianças e adolescentes com esse distúrbio costumam estar por trás dos casos mais graves de bullying. “É típico do jovem com transtorno de conduta saber mentir e manipular para que os outros levem a culpa”, afirma. Barbirato faz uma ressalva. “Pequenas maldades e mentiras são absolutamente comuns na infância. De cada 100, cerca de 97 têm comportamento normal e, ao amadurecer, saberão diferenciar o certo do errado e desenvolverão a empatia”, diz.
Mas, e os 3% que faltam? Serão obrigatoriamente personalidades antissociais na vida adulta, seres sem empatia? Os especialistas são taxativos ao afirmar que não se cura transtorno de conduta. Ele será, no máximo, amenizado se tratado a tempo e houver sempre algum tipo de vigilância. Na maior parte dos casos, porém, isso não acontece. E o resultado de ninguém ter notado esses sinais durante a infância aparece de forma trágica. “Essa criança poderá ser um político corrupto, um fraudador, até um torturador físico ou emocional, chegando a um assassino em série”, diz Ana Beatriz.
Os especialistas afirmam que não se cura transtorno de conduta, mas ele pode ser amenizado.
Em 2010, um exemplo extremo ocorreu na Pensilvânia, Estados Unidos. Jordan Brown, de apenas 11 anos, deu um tiro na nuca da namorada do pai, grávida de oito meses. O menino chegou a conseguir enganar a polícia dizendo que uma caminhonete preta havia entrado na propriedade da família. Mas a arma foi encontrada em seu quarto. A polícia não entendeu a motivação do crime. “Há casos em que a explicação é simplesmente uma curiosidade mórbida”, afirma Ana Beatriz. “Todos nós, quando pequenos, temos essa curiosidade. Mas, por volta de 4 ou 5 anos, começamos a ter a percepção do outro. O que não acontece com quem tem o transtorno de conduta.” A falta de tratamento dessas crianças é, muitas vezes, consequência da ignorância ou da falta de recursos. Mas não só. A estrutura familiar de hoje, com pais trabalhando fora o dia todo e com tendência a dar poucos limites aos filhos, favorece o desenvolvimento do transtorno de conduta. Qualquer criança que não é repreendida pelo pais sobre seus erros tende a crescer pouco civilizada. Se ela tem uma tendência antissocial, não haverá amarras para esse comportamento.O relato de um psiquiatra do Rio Grande do Sul mostra quanto é difícil pais assumirem a necessidade de tratamento dos filhos. Em 2008, ele teve como paciente R., de 11 anos. A menina colocara fogo na mochila de uma colega de turma. Repreendida por professores e pais, teve como reação apenas rir. No ano anterior, fizera o mesmo com o rabo do cachorro de uma prima. Questionada, disse apenas que a prima não merecia ter um cachorro. Durante o tratamento, R. afirmou ao psiquiatra que não nutria nenhum sentimento especial em relação aos pais.“Ela tinha um olhar frio e uma ironia extremamente precoce para sua idade. Não sentia culpa. R. me tratava como um empregado”, diz o psiquiatra. Depois de um ano de tratamento, os pais acharam que ela estava melhor e poderia interromper as sessões. “Ela os manipulou – e disse a mim, explicitamente, que fingiria estar melhor e conteria seus atos. Contei a eles, mas não acreditaram em mim”, afirma. R. jamais voltou a seu consultório.
Suzana Cafruni
Fonte: Época
sábado, 5 de dezembro de 2015
Como saber se uma criança especial pode frequentar o ensino regular?
Você saberia dizer qual a condição para que uma criança com deficiência possa frequentar a escola regular?
Legalmente, este questionamento não existe. Qualquer criança tem esse direito, que está garantido na Lei 7.853 de 1989, regulamentada em 1999. Em alguns casos, pode ser necessário fazer adaptações na escola, ter um cuidador individual ou também equipamentos específicos.
Em 2012 surge também a lei 12.764, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, regulamentada em 2014, que considera o autismo também uma deficiência.
Apesar de ser considerado crime, ainda vemos muitas escolas recusando matrículas ou se negando a ser inclusiva.
Mas o que é necessário para que a escola seja inclusiva? Não basta apenas aceitar a sua matrícula.
Então o que é necessário? Como podemos ajudar uma criança especial a melhorar seu aprendizado e desempenho escolar?
- Turma com número reduzido de alunos, que favorece a atenção e o aprendizado da criança, além de contribuir para a atenção individual do professor.
- Investimento na formação dos professores. Existem muitos tipos de deficiência, muitas formas de lidar com cada uma delas. Mas os profissionais precisam estar preparados e ser constantemente atualizados.
- Avaliação individual diferenciada, baseada no desenvolvimento da criança e não no “padrão”da turma.
- Atendimento especializado no contraturno é um direito também. Busque informações na Secretaria de Educação local.
Ainda é difícil escolher uma boa escola que trabalhe a inclusão de crianças especiais. O que tem ajudado as famílias dessas crianças é a união dos pais que lutam constantemente pelos direitos de seus filhos, e que vemos cada vez mais fortalecida!
Fonte: clube materno
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